Marcados por protestos massivos e radicalizados, os primeiros dias do mês de novembro na Grécia foram de intensas lutas e mais sofrimento para o povo com a aprovação de mais um pacote de austeridade. A população recebeu a notícia de que a taxa de desemprego subiu pelo 39º mês consecutivo, sendo que a marca recorde de 25,4% foi atingida no mês de agosto, mais que o dobro da média de 11,5% da Zona do Euro. O desemprego mais que triplicou desde 2008. Há quatro anos, atingia cerca de 20% da população entre 15 e 24 anos, hoje atinge 58%.
O confronto mais violento (inclusive um dos mais violentos deste ano) entre manifestantes e a polícia aconteceu no dia 7 de novembro, quando o parlamento aprovou o pacote de austeridade. Uma chuva de coquetéis molotov, morteiros, pedras e pedaços de madeira foram lançados contra a tropa de choque. Mais de 100 mil pessoas participaram das manifestações.
Mais de 150 deputados, incluindo os da canalha oportunista que se intitulam “socialistas”, da coalizão governamental tripartidária grega votaram pelas medidas que reduzirão em 18,5 bilhões de euros (23,6 bilhões de dólares) até 2016 os gastos orçamentários.
No dia 6 teve início uma greve geral de 48 horas convocada pelos dois principais sindicatos da Grécia. Diversos setores, incluindo os serviços públicos e os transportes, foram paralisados.