Metroviários decidem, por unanimidade, pela greve
Os trabalhadores metroviários de São Paulo realizaram, no último dia 26 de maio, uma massiva assembleia geral.
Em uma assembleia anterior, realizada no dia 19, a diretoria do sindicato apresentou a contraproposta do gerenciamento Alckmin de irrisórios 6,39% de aumento, enquanto a categoria reivindica 10,79%.
A quadra poliesportiva do sindicato ficou tomada por 1.300 metroviários que debateram a mobilização da categoria, a organização da luta. Antes mesmo da diretoria do sindicato colocar a proposta de greve em votação, a categoria já agitava palavras de ordem de paralisação.
Os trabalhadores aprovaram, por unanimidade, a deflagração da greve em 1º de Junho, caso o governo não atenda as reivindicações dos trabalhadores até às 18hs do dia 31 de Maio.
A luta por uma direção classista
No ano passado o Sindicato dos Metroviários de São Paulo vivenciou um processo eleitoral que pôs fim em mais de 20 anos de oportunismo do pecedobê/PT (CTB/CUT) em sua diretoria. Desde então, busca desenvolver uma direção classista para a sua luta.
Com a aprovação da greve, a categoria vem se mobilizando e mantém comunicação direta com a população através de cartas abertas explicando as razões e a necessidade da paralisação do setor, que a luta dos metroviários não é só por salário, mas por um transporte de qualidade para a imensa massa de trabalhadores e estudantes que o utilizam diariamente.
À meia noite do dia 1 de junho, os trabalhadores da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos – CPTM cumpriram a decisão da assembleia geral da categoria e aderiram maciçamente ao movimento grevista. Juntamente com a paralisação dos trabalhadores metroviários, foi desencadeado o movimento grevista dos trabalhadores rodoviários do ABC paulista. Os motoristas e cobradores de ônibus de Santo André, São Bernardo do Campo, São Caetano do Sul, Diadema, Mauá, Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra, reivindicam 15% de reajuste salarial.
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