A agressão sofrida por banhista provocou revolta contra a Guarda
No dia 9 de outubro, cerca de 80 guardas municipais tomaram as areias da tradicional praia de Ipanema, na zona sul do Rio de Janeiro, supostamente para reprimir um homem com um cachorro. Quando chegaram ao posto 9 do grupamento marítimo do corpo de Bombeiros, os guardas reprimiram um grupo de jovens que jogava futebol na areia. Revoltados, banhistas protestaram e foram atacados com golpes de cassetete. Aos poucos, a multidão foi se levantando contra as tropas do choque de ordem do prefeito Eduardo Paes, declarado inimigo do povo.
Cocos e cadeiras de praia foram atirados nos guardas que tiveram que correr das areias da praia. Cinco agentes de repressão ficaram feridos no confronto. Na internet, videos foram publicados com imagens de banhistas sendo covardemente agredidos pelos guardas. Um jovem foi preso por desacato à autoridade.
— Pegaram um homem e começaram a bater. A praia se levantou, vaiando, xingando. Depois, bateram mesmo em todo mundo que estava ali. Vieram derrubando as pessoas, batendo. Eu mesmo fui atropelado por um boi da guarda municipal. Todos viram como a guarda do choque de ordem é truculenta. Disseram que esses homens foram chamados para tirar um pitbull que estava na praia. Acho essa versão pouco provável, pois para um cão, 80 homens era muito. O que aconteceu foi uma violência sem tamanho, uma forma de se colocar como na ditadura. Vi muita gente levando porrada. Gente que estava quieta, na praia, aproveitando o cenário que temos. Enquanto isso, muita coisa está acontecendo aí fora, muitos crimes, inclusive os promovidos pelos políticos. Foi desproporcional a agressão. O povo reagiu, mesmo sem cacetetes. Todos gritavam “Fora Eduardo Paes”, “Essa é a política de agressão do choque de ordem — disse o banhista Marcelo Azevedo Asth nas redes sociais.