Imperialismo acuado pelas resistências populares

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Imperialismo acuado pelas resistências populares

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Paquistão: base aérea de Karaci foi tomada, tendo hangares e aviões destruídos

Vários acontecimentos no Paquistão e no Afeganistão subsequentes ao assassinato de Osama bin Laden pelo USA comprovam que, longe de deixar o imperialismo mais forte, a morte do “terrorista número um” representa na verdade mais um prego no caixão do imperialismo moribundo. Neste curto período após a execução de Bin Laden, desnudou-se de uma vez a verdade de que as justas lutas de libertação nacional nos países ocupados pelos ianques e seus comparsas nada têm a ver com um “cabeça” de uma organização secundária que um dia já havia sido financiado por Washington.

Ao contrário. A resistência armada dos povos do Afeganistão, do Iraque e até do Paquistão – país sob ocupação branca dos ianques – intensificou suas ações contra o inimigo comum após o anúncio da morte de Osama bin Laden. Ações essas que vão muito além de meras represálias pela morte de um indivíduo cujo destino interessava muito mais para questões internas – eleitoreiras – da administração do USA do que propriamente para os povos agredidos pelo imperialismo.

Ao longo do mês de maio, sucederam-se os ataques no Afeganistão invadido contra as forças da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan). No dia 7 de maio, houve assaltos a vários alvos do governo títere afegão na cidade de Kandahar, quando a resistência assumiu o controle de alguns prédios públicos, de onde foram disparados tiros e foguetes contra o aparato repressivo, e atacou o gabinete do governador da província. No dia 16 de maio, quatro soldados da Força Internacional de Assistência à Segurança (Isaf) tombaram mortos no sul do país.

O inimigo revidou: no dia 18 de maio, os invasores promoveram uma chacina de 11 manifestantes que participavam de uma marcha no nordeste do Afeganistão contra uma operação da Otan que resultara na execução de quatro civis. Outras 50 pessoas que participavam do protesto foram hospitalizadas. No dia seguinte, 19 de maio, houve uma retumbante ação contra uma empreiteira na província de Paktia. No dia 22, seis baixas nas forças de repressão em um ataque contra um quartel de polícia.

No Iraque, sucessivas ações contra a polícia do regime

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Explosão de carro manda militares ianques pelos ares

As ações da resistência ao imperialismo foram notórias também no Paquistão. No dia 12 de maio, uma vigorosa ação contra um forte do exército paquistanês impôs 90 baixas às forças de repressão do governo títere de Islamabad, chefiado pelo “presidente” Asif Ali Zardari.

No dia 21 de maio, 12 caminhões-tanque da Otan foram destruídos em dois pontos do território do Paquistão. Explodir caminhões-tanque tem sido uma tática recorrente da resistência local. Só em 2010 foram mandados pelos ares mais de 200 desses caminhões nas estradas paquistanesas. Esses veículos são peças importantes para os invasores na logística dos mais de 140 mil soldados da Otan estacionados no país. No dia 22, uma base aérea na cidade de Karachi foi tomada pela resistência, que destruiu hangares e aviões inimigos.

No Iraque, sucessivas ações contra a polícia justiçaram vários integrantes das forças repressivas e a resistência atentou contra a vida de um coronel do Ministério do Interior, que acabou escapando da emboscada. Ainda utilizaram um carro que explodiu no momento em que passava por uma patrulha formada por soldados ianques, mandando vários deles pelos ares (o número não foi informado pelas fontes oficiais). As manifestações populares se generalizam em todo o país contra a incapacidade do gerenciamento títere de Nouri al Maliki de prover serviços básicos à população, preocupando-se apenas em azeitar a rapina dos monopólios nas jazidas de recursos energéticos da nação iraquiana.

Em meio a tudo isso, um estudo encomendado pelo Congresso do USA mostrou que os ianques gastaram nada menos do que US$ 1,3 trilhão desde o 11 de setembro de 2001 nas suas criminosas agressões ao Iraque e ao Afeganistão e em outras operações ilegais da chamada “guerra contra o terror” de Bush e Obama ao redor do mundo. É o montante gasto pelo imperialismo em seu desesperado esforço para salvar os monopólios da grave e prolongada crise geral de superprodução, em uma sanha irracional e mortífera cujo resultado tem sido o aprofundamento da sua própria cova.

Ao longo das últimas duas décadas, o jornal A Nova Democracia tem se sustentado nos leitores operários, camponeses, estudantes e na intelectualidade progressista. Assim tem mantido inalterada sua linha editorial radicalmente antagônica à imprensa reacionária e vendida aos interesses das classes dominantes e do imperialismo.
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