Govindan Kutty, redator e editor da revista People’s March (marcha popular), foi preso pela polícia do estado indiano de Kerala em 19 de dezembro de 2007. Ele é acusado de propagar a revolta e de estar envolvido em atividades ilícitas.
Seus advogados relatam que Govindan sofreu torturas por um dia antes que fosse entregue à custódia judicial. Toda sua documentação e o disco rígido de seu computador foram apreendidos. O Estado fascista indiano tenta incriminá-lo com base numa Lei de Prevenção das Atividades Ilícitas, mas está claro que se trata de uma prisão política. Govindan está em greve de fome desde a sua prisão em protesto contra os atropelos aos seus direitos à liberdade de expressão e à liberdade de imprensa.
Ainda segundo informação de seu advogado, seu estado de saúde é grave por causa de sua idade (65 anos) e problemas crônicos de saúde.
A revista People’s March é uma publicação democrática e revolucionária que existe há nove anos na Índia. Está registrada no Registro de Jornais do Governo da Índia, é encontrada em bancas de todo o país e na Internet, no endereço peoplesmarch.googlepages.com. É um órgão da imprensa popular e revolucionária da Índia e publica sempre coberturas dos mais importantes eventos da Guerra Popular na Índia, denuncia as ações repressivas do Estado indiano e divulga também as revoluções de outros países, como as Filipinas, Nepal, Turquia e outros.
Está claro que essa é uma flagrante violação da liberdade de imprensa pelo Estado indiano, que vem empreendendo uma grande repressão aos movimentos populares daquele país, a exemplo do que denunciou a Associação Internacional dos Advogados do Povo — IAPL, em relatório publicado por A Nova Democracia nº 38.
Várias manifestações de repúdio a sua prisão estão sendo enviadas à Índia, exigindo sua libertação imediata e incondicional.