A juventude estudantil e as classes trabalhadoras da Itália saíram às ruas para protestar e dizer que não aceitam o “governo dos banqueiros” que a União Europeia e o FMI impuseram aos italianos com a figura do economista e professor Mario Monti à frente.
Nada menos do que 60 cidades do país foram palco de significativos protestos na sequência da nomeação do novo primeiro-ministro. Milhares de pessoas vêm participando de mobilizações contra a intervenção da UE e do FMI no país, bem como contra as “medidas de austeridade” requisitadas por Berlusconi e Monti.
Em cidades como Milão, Bari, Palermo, Turim e na capital Roma os manifestantes enfrentam muita violência policial. O aparato repressivo interviu com maior ferocidade quando a juventude tentou em Milão ocupar a sede do Instituto San Paolo, associação italiana de banqueiros, e quando populares tentaram ocupar a sede do Banco da Itália em Turim. Em Florença, manifestantes exibiram cartazes com dizeres como “Nem Berlusconi, nem Monti”, “Monti porco, um escravo do capitalismo” e “Contra os banqueiros e patrões”.
Nem bem assumiu, Monti apresentou seu programa draconiano de “ajustes” da economia em um encontro com Sarkozy, da França, e Angela Merkel, da Alemanha, os principais credores da dívida italiana.