Villas Boas, ex-comandante do exército, foi quem falou pela primeira vez que as Forças Armadas devem guiar o Brasil através da “legalidade, estabilidade e legitimidade”, como uma diretriz de intervenção militar. No dia do Soldado, o atual comandante, Freire Gomes, repetiu a consigna. Lula, por sua vez, a adaptou. Defendendo que seu futuro governo se pautará por “credibilidade, previsibilidade e estabilidade”, Luiz Inácio acena aos generais golpistas – os mesmos que o mantiveram preso em 2018. Um “acordo pela estabilidade” pode até garantir a posse, mas dará continuidade a um governo repleto de militares, agora com Lula como máscara de proa. Já demonstrando o que será o futuro governo, Luiz Inácio disse que não vai mexer na reforma trabalhista.