Resistência contra ataques de pistoleiros
Guerreiros indígenas do MS: resistência!
Na última semana de 2014 foram veiculadas notícias de novos ataques de pistoleiros a mando de latifundiários contra lideranças e comunidades Guarani Kaiowá no sul do Mato Grosso do Sul.
De acordo com denúncia dos indígenas, no tekohá (aldeia) Guaiviry-Aral Moreira, próximo a Ponta Porã, o filho do cacique Nísio Gomes, Genito Gomes, e o professor indígena Daniel sofreram cerco e ameaça de morte por fazendeiros. Um carro com dois pistoleiros armados percorreu as fazendas Maranatá, Querência Nativa, Chimarrão e Água Branca e parou na entrada da área indígena, onde o professor Daniel foi ameaçado e tentaram forçá-lo a subir no carro.
Genito e Daniel reagiram e resistiram. Guerreiros e guerreiras Kaiowá cercaram o veículo e obrigaram os pistoleiros a fugir.
Os indígenas denunciam que, do mesmo modo, a aldeia Kurusu Amba, no município de Coronel Sapucaia, sofre cerco e a ameaça de pistoleiros. Há relatos de enfrentamentos entre os bandos armados do latifúndio e os guerreiros e guerreiras da tribo.
No dia 16/12/2014, denunciam as lideranças Kaiowá, quatro “seguranças particulares” do latifúndio atacaram as comunidades indígenas de tekohá Tey’i Juçu-Caarapó. Os guerreiros da tribo prenderam e desarmaram pistoleiros e os entregaram à Polícia Federal. Eles relatam ter ouvido vários disparos feitos pelos pistoleiros contra as aldeias no final de dezembro.
“Diante desses fatos, comunicamos a todas as autoridades federais que há risco iminente de acontecer pior confronto no sul de Mato Grosso do Sul, visto que os indígenas decidem em se proteger do ataque e das ações dos pistoleiros das fazendas”, alertam os Guarani Kaiowá em nota datada de 30 de dezembro de 2014 [fonte: entrefronteiras.com.br].