Luta pela terra

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Luta pela terra

Paraná

Camponeses se revoltam contra reintegrações de posse

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Camponeses ocupam a prefeitura

No dia 26 de agosto último, camponeses protestavam contra as reintegrações de posse dos latifúndios Santa Lina, Canaã e Palheta, todos reclamados pela Usina Central do Paraná, do Grupo Atala, na região de Porecatu.

Em resposta à reintegração, um grupo de camponeses ocupou a sede da prefeitura de Alvorada do Sul, no norte do Paraná. Os camponeses estavam munidos dos seus instrumentos de trabalho: foices e enxadas, e foram brutalmente reprimidos pela PM com disparos de balas de borracha a queima-roupa.

Durante o protesto, três policiais ficaram feridos e quatro viaturas foram apedrejadas pelos camponeses revoltados. Sete camponeses ficaram feridos pelos disparos de balas de borracha.

Pará

Camponês assassinado

Extraído de resistenciacamponesa.com

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Ronaldo Verá foi assassinado por pistoleiros no MS

No dia 3 de setembro, pistoleiros assassinaram um camponês próximo ao município de Bragança/PA. Segundo lideranças do MST no Pará, o bando armado seria organizado e financiado pelo latifundiário e ex-deputado federal Josué Bengstson (PTB) e seu filho Marcos Bengstson.

A ação dos pistoleiros se iniciou com o sequestro dos camponeses João Batista Galdino de Souza e José Valmeristo Soares (o Caribé) que se dirigiam ao município de Santa Luzia (PA). Por volta das 9 horas da manhã, os dois foram obrigados a entrar em um carro no ramal do Pitoró.

No ramal Cacoal, foram obrigados a descer. Armados de pistolas e revolveres, os pistoleiros efetuaram diversos disparos na direção dos camponeses. João Batista Galdino conseguiu escapar, correndo para a mata, mas Caribé não teve a mesma sorte.

Segundo informações de Galdino, a polícia foi informada dos fatos, mas se negou a comparecer ao local alegando que “estavam cansados”. Familiares e amigos de Caribé se juntaram e fizeram buscas pelo corpo que foi encontrado já sem vida às 10 horas da manhã do dia seguinte.

Jose Valmeristo era uma das lideranças do acampamento Quintino Lira (localizado a 40 km de Santa Luzia do Pará). Segundo lideranças do MST no Pará, há três anos que Caribé e outras quatro lideranças do acampamento vinham sofrendo ameaças dos que se dizem donos da fazenda Cambará, Bengstson e seu filho.

Os camponeses já haviam denunciado a diversos órgãos do governo, mas como sempre, os agentes estatais continuaram se fazendo de surdos.

Os camponeses do acampamento Quintino Lira exigem a punição imediata dos pistoleiros que assassinaram José Valmeristo Soares, assim como os mandantes do crime, e também exigem a desapropriação imediata da fazenda Cambará.

Mato Grosso do Sul

Povo Caiuá  exige suas terras

Com informações do midiamax.com

Cerca de oitenta índios Caiuá da tribo Itay Kaaguyrusu tomaram um lote de terra em Douradinha, a 194 quilômetros ao sul da capital Campo Grande, e entraram em confronto com pistoleiros contratados por latifundiários da região. No dia 8 de setembro os pistoleiros atearam fogo no acampamento indígena e forçaram a retirada dos Caiuá da área.

As terras tomadas pelos indígenas fazem parte de uma área de 2 mil hectares da antiga Colônia Agrícola de Dourados, estabelecida por Getúlio Vargas, e que depois de décadas de polêmica havia sido transformada em área indígena.

Decididos a retomar suas terras, os índios montaram novo acampamento em uma área próxima.

No dia 21 de setembro os indígenas enfrentaram novamente bandos de pistoleiros na região chamada Lagoa Rica, em Douradina. Dois índios ficaram feridos. Os índios denunciam que veículos tem chegado à região transportando pistoleiros e armas e há indícios de nova tentativa de despejo violento.

Guaranis Kaiowá denunciam assassinato de professores

Com informações do Conselho Indigenista Missionário – Cimi

Os professores Rolindo Verá e Genivaldo Cruz, da tripo Guarani Kaiowá, foram assassinados após os integrantes de sua tribo terem sido expulsos do latifúndio São Luiz, localizado no município de Paranhos, próximo à fronteira com o Paraguai, em outubro do ano passado.

O corpo do Genivaldo foi encontrado dentro de um rio em 7 de novembro de 2009. O corpo de Rolindo Verá continua sendo procurado pelos Guarani Kaiowá.

No dia 17 de agosto último os índios se retiraram das terras e, durante todo o mês de setembro, os Kaiowá denunciaram estarem sendo perseguidos por pistoleiros fortemente armados.

Egon Heck, representante regional do Cimi, denunciou que “não tem mais condições de chegar no local e prestar atendimento aos indígenas. Ele diz que as ameaças são feitas por fazendeiros e deixam os servidores (da Funai) inseguros. Há informação de que haveria no local crianças que estão doentes devido às condições que enfrentam”. [midiamax.com]

Rondônia

Professora é condenada por apoiar a luta pela terra

Com informações de resistenciacamponesa.com

Yara Nogueira, professora da Escola Popular empenhada na educação de crianças e adultos em áreas camponesas em Rondônia, foi condenada ao pagamento de um salário mínimo ou ao trabalho comunitário (8 horas semanais por 3 meses) acusada do “crime de poluição ambiental”.  Esta foi a acusação encontrada pela justiça do estado de Rondônia para justificar uma condenação política.

Yara foi presa no ano de 2007 junto a ativistas camponeses quando colavam cartazes pelas ruas de Jaru denunciando o julgamento do camponês Wenderson, conhecido como Ruço, quando foram presos e interrogados pela Polícia Militar.

O camponês Ruço foi preso político do estado de Rondônia durante quase quatro anos no famigerado presídio Urso Branco, na capital Porto Velho. Ele foi acusado pela morte de um pistoleiro do latifundiário Antônio Martins dos Santos, conhecido como Galo Velho, apontado como um dos maiores grileiros de terras públicas da região. Uma campanha internacional mobilizou organizações democráticas em torno de uma carta aberta pela libertação de Ruço, assinada por centenas de entidades e personalidades. Ruço foi libertado após ser absolvido por um Juri Popular.

Ao longo das últimas duas décadas, o jornal A Nova Democracia tem se sustentado nos leitores operários, camponeses, estudantes e na intelectualidade progressista. Assim tem mantido inalterada sua linha editorial radicalmente antagônica à imprensa reacionária e vendida aos interesses das classes dominantes e do imperialismo.
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