Luta pela terra

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Minas Gerais

Latifundiária, PMs e pistoleiros atacam camponeses

Com informações da LCP do Norte de Minas e Sul da Bahia

Camponeses denunciaram que, na manhã de 30 de outubro, “policiais militares chefiados pelo tenente Jomar, acompanhados da latifundiária Iracema, pistoleiros chefiados por seu filho Henrique e o oficial de Justiça “Tonho” invadiram o acampamento Santa Catarina, localizado na fazenda Pau D`arco”, abriram fogo contra as famílias, incendiaram e destruíram barracos, pertences e documentos dos camponeses.

As famílias do acampamento Santa Catarina afirmam que esse ataque criminoso foi precedido por uma série de ameaças e que o tenente Jomar teria ido inúmeras vezes à área “sem qualquer mandado judicial, afirmando que traria o Batalhão de Januária para retirar as famílias a força e destruir todo o acampamento”.

Segundo nota publicada pela Liga dos Camponeses Pobres – LCP, “os próprios camponeses ouviram Iracema combinar o pagamento de propina para os policiais militares enquanto queimavam os barracos”.

Mais de 50 famílias vivem no acampamento Santa há cerca de oito meses. Muitas já preparavam as roças para as próximas chuvas.

As famílias da área Santa Catarina alertam para o fado de que bandos de pistoleiros e forças policiais têm realizado várias ações como essa em toda a região, buscando aterrorizar os camponeses em luta pela terra. Os camponeses reafirmaram que permanecerão em suas terra resistindo, lutando e produzindo.

Maranhão

Ataque de pistoleiros contra acampados da Fazenda Cipó Cortado

Famílias camponesas que vivem a seis anos na Fazenda Cipó Cortado, município de Senador La Roque/Amarante – MA, denunciaram que, após várias audiências com a Ouvidoria Agrária Nacional, Incra, Ministério Público, Defensoria Pública, Procuradoria Geral da União, Programa Terra Legal e o Comando da Polícia Militar, haverem alertado para as ameaças de pistoleiros e policiais contra a área, essas ameaças se efetivaram e podem ter um desfecho sangrento.

Segundo os camponeses, em 25 de outubro, oito pistoleiros fortemente armados estiveram no acampamento numa caminhonete preta e intimaram as famílias a se retirarem dando um prazo de 24 horas. Uma delegação de camponeses foi até a cidade de Imperatriz e fez nova denúncia, inclusive para o comando da polícia, mas isso de nada adiantou.

No dia 27 de outubro, 12 pistoleiros invadiram o acampamento atirando e ferindo o Edmilson Tomáz dos Santos, de 26 anos, casado e pai de 2 filhos.

Os camponeses também denunciam que até o momento o crime cometido contra as famílias não foi apurado. Mandantes e executores continuam impunes.

Em nota as famílias reafirmaram:

“Resistiremos até o último minutos de nossas vidas para garantir a legalização de nossas terras, para que possamos em paz continuarmos produzindo o milho, o feijão, o arroz, a mandioca que nos alimenta e alimenta muitos trabalhadores, empresários, estudantes que estão na cidade” [fonte da declaração: viasdefato.jor.br].

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