Caxemira.
“Fora Índia, queremos liberdade!”
Caxemires participam de protesto em Srinagar, no dia 13 de setembro
Na Caxemira, região ocupada pelo Estado fascista indiano desde 1949, turbulentos protestos pela libertação nacional tm convulsionado a região com milhares de massas nas ruas. Desde junho mais de cem pessoas foram mortas em choques entre as forças de repressão – comandadas pelo exército reacionário indiano – e manifestantes.
No dia 13 de setembro pelo menos 14 manifestantes morreram em choques com as tropas do exército indiano. Um policial também morreu nesses confrontos que envolveram milhares de manifestantes que enfrentaram o toque de recolher imposto pelo velho Estado indiano e incendiaram edifícios do governo e postos policiais.
Agitando a palavra de ordem “Fora Índia, queremos liberdade!”, milhares de caxemires tomavam as ruas da cidade de Anantnag quando as tropas reacionárias indianas abriram fogo contra a multidão e assassinaram um adolescente, o que gerou protestos radicalizados em toda a Caxemira.
No dia 15 de setembro ocorreram diversos protestos, dessa vez em repúdio à cruzada antiislâmica comandada pelo imperialismo ianque em todo o mundo, particularmente contra o fato de um pastor ianque ameaçar queimar exemplares do Corão (livro sagrado islâmico, religião professada pela maioria da população da Caxemira).
No dia 16, dois manifestante morreram e dezenas de outros ficaram feridos em novos confrontos com as forças de repressão. Mais uma vez os manifestantes enfrentaram o toque de recolher e atacaram prédios públicos com pedras e paus no distrito de Budgam, centro da Caxemira. Os confrontos se estenderam aos distritos de Bugdam e Baramulla. Na periferia da cidade de Srinagar, um grupo de jovens atacou com pedras um veículo de militares que capotou, ferindo cinco soldados.
No dia 19 de setembro morreram três pessoas que haviam ficado gravemente feridas nos protestos do dia 16. O Estado reacionário indiano enviou mais tropas para reprimir os protestos que se multiplicam em toda a região.
Afeganistão.
83% de boicote à farsa eleitoral
Nem bem empurrou-se goela abaixo o processo eleitoral no Afeganistão, realizado no último 20 de agosto, o governo títere pró-ianque se apressou em afirmar que as eleições haviam sido uma vitória. A desfaçatez, no entanto, foi tão grande, que até o porta-voz da ONU afirmou que é cedo para julgar se as eleições foram um sucesso, isso sob os retumbar de dezenas de ataques realizados pela resistência ao longo do dia.
Mesmo com toda a pressão para obrigar o povo a comparecer às urnas (houve pelo menos 300 casos registrados de paramilitares intimidando a população) apenas 27% das pessoas cadastradas como possíveis eleitores, compareceram às urnas.
O número de denúncias de fraudes foi estrondoso, só perdendo para o número de ações da resistência ocorridos no dia das eleições.
As forças invasoras da Otan registraram 445 ações da resistência espalhadas pelo país, praticamente o mesmo número (479) ocorridos nas eleições presidenciais de 2009. O resultado foi de 42 mortos e 172 feridos, entre eles, dez membros das forças de repressão afegãs, grande parte delas compostas por mercenários, foram mortos e 31 feridos. Somam-se a estes números outros 39 soldados da Otan, também feridos. Pelo menos 50 ataques foram feitos com bombas caseiras.
O total de votantes divulgado pelo gerenciamento títere foi de 3,6 milhões dos 9,2 milhões registrados e o número de queixas de fraudes se aproxima dos três mil.
Jornalistas estrangeiros que acompanharam o fajuto processo eleitoral deram notícia de dezenas de seções eleitorais completamente desertas durante todo o processo de votação. A cidade de Kandahar, a exemplo de tantas outras, foi tomada pelas forças invasoras comandadas pelos ianques com tanques e veículos blindados da Otan.
Sangin: vida impossível para invasores
No dia 20 de setembro as tropas invasoras britânicas anunciaram oficialmente a sua retirada do distrito de Sangin, no sul do Afeganistão, dando lugar aos marines ianques.
Os ingleses se retiraram de Sangin, considerada uma das áreas “mais perigosas” do Afeganistão, após quatro anos sob ininterrupto fogo da resistência. Os combates na valente Sangin são responsáveis pelo maior número de baixas do exército britânico. Foram 106 ingleses mortos desde 2006.
Resistência afegã derruba helicóptero em Daychopan
Mais de 500 invasores mortos desde janeiro de 2010 no Afeganistão
Nove militares ianques morreram em mais uma ousada ação da resistência afegã que derrubou um helicóptero no distrito de Daychopan, província de Zabul, na terça-feira, 21 de setembro. A derrubada da aeronave também feriu levemente três pessoas entre as quais mais um militar ianque.
Apesar da resistência assumir a ação, o comando da OTAN mais uma vez requenta a história de acidentes aéreos e afirma que não houve registro de “fogo inimigo” na região.
A resistência não poupa invasores
529 soldados invasores estrangeiros morreram desde 1º de janeiro no Afeganistão. Com esta cifra, ainda em meados de setembro, o ano de 2010 passou a ser o mais mortal para as tropas invasoras.
Em 2009, 521 soldados invasores foram mortos pela resistência, demonstração de sua capacidade e vigor após 9 anos de invasão.
2.097 militares ianques foram mortos no Afeganistão nos últimos nove anos.
Iraque
Emboscada e ataque em Mossul e Faluja
Iraque: ataques na capital deixaram militares ianques mortos
Um ataque da resistência em Mossul e um enfrentamento em Faluja entre a resistência iraquiana e o governo títere pró-ianque resultaram em 18 mortos.
Em Faluja, à 60 quilômetros da capital Badgá, ocorreu um forte enfrentamento entre a resistência, militares ianques e mercenários iraquianos a serviço dos ianques.
Em Mossul a explosão de uma bomba atingiu três veículos que transportavam soldados da terceira divisão iraquiana. Nessa emboscada os militares que retornavam de férias foram surpreendidos por um ataque com bombas e disparos em uma estrada a 400 quilômetros ao norte de Bagdá.
A resistência só cessará com a expulsão dos invasores
Em 18 de setembro, em Bagdá, uma bicicleta-bomba foi lançada contra uma patrulha policial. Em outro ataque, um oficial do Exército reacionário, o comandante Jihad Ghazi, morreu após a explosão de uma bomba presa ao seu carro, no bairro de Mansur, região oeste da capital.
A resistência iraquiana segue empreendendo uma série de ações. De acordo com o Ministério do Interior iraquiano, os meses de julho e agosto de 2010 foram os que registraram maior número de mortos em ataques e enfrentamentos desde 2008.
Explosões e vários outros ataques ocorreram em Bagdá no dia 19 de setembro: o dia mais violento desde o anúncio do “fim da missão de combate” feito pelos ianques em 31 de agosto. Dois carros-bomba explodiram quase simultaneamente na localidade de Aden (norte da capital) e no bairro de Mansur (a oeste). Uma grande explosão deixou uma cratera de três metros de diâmetro na calçada em Aden próximo ao prédio do departamento de segurança nacional, que desabou.