Iraque
Resistência faz ataques múltiplos
Com imformações da AFP, Agência Estado e abola.pt
Série de ataques no dia mais violento do ano
No dia 13 de agosto, além de bombas em Bagdá, uma explosão em Al-Baghddi, na província de Anbar, matou um soldado e um policial, deixando outro soldado ferido.
Dois dias depois ataques em 10 cidades, num total de 42 ações, deixaram 89 mortos, sendo que em Kut (sul do país) foram 40. Além dos mortos, 230 ficaram feridos.
Em Najaf (150 km ao sul de Bagdá), dois carros-bomba explodiram perto de uma delegacia e deixaram sete mortos e 60 feridos, a maioria policiais.
Em Trikit, cidade natal de Sadam Hussein, três policiais foram mortos enquanto que na província de Diyala ocorreram ataques em diversas cidades.
Em Baaquba (60 km ao norte de Bagdá) quatro homens abriram fogo contra um posto de controle matando quatro soldados.
Na mesma cidade ocorreram ainda explosões em prédios do governo.
O primeiro-ministro fantoche Nuri al-Maliki afirmou que “Matar iraquianos durante este mês [do Ramadã] mostra que aqueles que cometeram [os ataques] não têm nem religião nem senso de comunidade”. No entanto, isso vale apenas para a resistência, pois sobre os que foram mortos pelas tropas ocupantes, os que foram presos e que são torturados, nenhuma palavra.
A imprensa reacionária anuncia uma pretensa campanha da Al Quaeda de realizar cem ataques para vingar a morte de Bin Laden. No entanto, tais ataques ocorrem em um momento em que as forças reacionárias do Iraque “negociam” a permanência das tropas ianques no país. Os ianques participam do jogo de cena e o monopólio dos meios de comunicação gasta rios de tinta falando da tal negociação. O que vai definir quantos militares ianques ficarão no Iraque é a necessidade de combater a resistência e a capacidade das tropas fantoches para fazê-lo.
A reação a essa permanência vem se dando de todas as formas. O líder xiita Moqtada al-Sadr afirmou numa carta divulgada em 7 de agosto que “Consideraremos quem quer que seja que fique no Iraque um ocupante opressor, contra o qual será necessário resistir por meios militares”.
Afeganistão
Número de ocupantes mortos já passa dos 400 este ano
Com informações da AFP e do portal icasualites.org
Nos dias 12 e 14 de agosto foram anunciadas as mortes de um soldado britânico em Shaparack, sul do Afeganistão, e um francês em Kapisa, no nordeste do país. O primeiro pela explosão de uma bomba de fabricação caseira e o segundo em uma operação conjunta com o exército títere. Eles se somam as estatísticas que já ultrapassam 400 soldados da Otan mortos esse ano no Afeganistão. Destes, 300 são ianques, 31 britânicos e 73 de outras nacionalidades (números anunciados na última semana de agosto). Obviamente não entram nas estatísticas os soldados do exército fantoche que servem apenas como bucha de canhão para as forças ocupantes.
Mercenários atacados no sul do país
Com informações de elpais.com
No dia 15 de agosto a sede da companhia Supreme Group, que presta apoio logístico as tropas invasoras, foi atacada por uma unidade da resistência que eliminou 4 mercenários (o eufemismo usado pelo monopólio dos meios de comunicação é de ‘seguranças’) e feriu outros oito.
O ataque ocorreu na província de Kandahar, no sul do país, e foi iniciado com uma carga explosiva na porta, sucedida por intenso tiroteio que durou cerca de 45 minutos.
Na capital da província uma funcionária do Ministério do Trabalho foi executada quando saía do serviço.
Ataque conta base ianque fere 3
Com informações de estadao.com.br
No dia 18 de agosto, em Gardez, capital da província de Paktia, na fronteira com o Paquistão, um caminhão foi explodido na entrada de uma base do USA ferindo três guardas. Segundo a polícia fantoche o motorista tentou invadir a base com o caminhão e, como foi contido pelos guardas, detonou os explosivos ali mesmo. Vale ressaltar que este primeiro portão é vigiado por afegãos e sua distância do portão principal é de aproximadamente cem metros. Segundo o chefe de segurança, essa é uma “boa medida” que inclui blocos de concreto e evitam “um número muito maior de baixas”, ianques é claro.
Ataque contra agência “cultural” britânica mata nove
Com informações da AFP
No dia 19 de agosto um ataque conta o British Council, em Cabul, matou nove pessoas, entre as quais um militar neozelandês, e deixou a secretária de estado ianque, Hilary Clinton, irritada.
“O USA condena firmemente o covarde e brutal ataque contra o British Council em Cabul, uma organização dedicada a melhorar as condições de vida no Afeganistão”.
E mais além: “Estes ataques brutais não alteram nosso compromisso no Afeganistão e na região”, afirmou.
“Os USA continuarão apoiando o povo afegão e ajudando o governo afegão, as forças de segurança e a sociedade civil em momentos em que reconstroem o Afeganistão após três anos de guerra”, completou.
Hillary só não menciona quem começou a guerra ou quem destruiu o que precisa ser reconstruído, ou como uma agência “cultural” imperialista “se dedica a melhorar as condições de vida” de um país dominado.