Lutas de Libertação Nacional

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Lutas de Libertação Nacional

Afeganistão

Governo afegão consegue prender grupo que planejava executar o presidente

Com informações do portal IG

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Washington: protesto contra a agressão ao Afeganistão e Iraque

No dia cinco de outubro a agência de inteligência do Afeganistão divulgou ter prendido seis pessoas que planejavam aniquilar o presidente fantoche Hamid Karzai, que foi colocado no governo pelas tropas da Otan logo depois da ocupação. Se não bastasse isso, seu governo está atolado em um pântano de corrupção.

O grupo incluía estudantes universitários e um professor de medicina, que supostamente haviam recrutado um segurança de Karzai e pretendiam agir em uma das viagens dele para fora da capital.

Um fracasso retumbante

Pesquisa feita pelo instituto YouGov para uma agência de noticias alemã revela que 70% dos participantes duvidam do sucesso da missão no Afeganistão e que 44,2% são favoráveis à retirada imediata e incondicional das tropas germânicas do país invadido.

Entre os políticos alemães, existem aqueles que, inclusive, afirmam que a guerra está perdida.

Desde a morte de três de seus soldados em uma emboscada em 2010, o governo alemão reconhece que seu exército está envolvido em uma guerra e não em um simples “confronto armado”, como se dizia até então. Ao todo, 52 soldados alemães já foram aniquilados pela resistência afegã.

Manifestação no USA exige fim da ocupação

No dia 7 de outubro, manifestantes do movimento “Ocupe Wall Street” se unificaram em torno da palavra de ordem “Trazer as tropas de volta do Iraque e do Afeganistão”. John Cortez, veterano de guerra, declarou que estas guerras são travadas apenas pelo petróleo e que as tropas devem ser trazidas de volta.

Em Washington, manifestantes fizeram uma passeata em frente à Casa Branca exigindo o fim da guerra. “Drones (aviões sem piloto) voando, crianças morrendo: parem com a guerra agora”, gritavam os manifestantes, enquanto cartazes reforçavam a exigência da retirada das tropas.

Tais manifestações são de grande importância, pois quebram a falsa unidade conseguida através da patranha do 11 de setembro. Não custa lembrar o papel que esse tipo de ato teve para por fim à agressão ianque ao Vietnã.

Um terço dos veteranos das guerras de agressão impetadas pelos ianques desde 2001 no Iraque e Afeganistão afirmam que elas não valeram à pena e que o USA faria melhor se cuidasse de seus assuntos internos e deixasse os povos do mundo resolverem seus próprios problemas.

Burro-bomba mata dois policiais

Além de carros, motos e caminhões recheados de explosivos, a resistência afegã tem usado, com menos frequência, burros-bomba. No dia 9 de outubro um deles foi usado para aniquilar dois policiais e ferir outros 3, apesar de o governo dizer que o ataque foi um fracasso.

No sul do país, uma mina terrestre foi acionada por um caminhão entre Kandahar e Zhari, aniquilando seis soldados e um líder tribal afegãos no dia 12 de outubro. Segundo fontes oficiais, a bomba foi acionada a distância e o alvo principal era o líder tribal Abdul Wali Khan.

Já na região central, no dia 14 de outubro, por volta das cindo horas, quatro membros da resistência atacaram a base da Otan em Panjshir, matando 3 funcionários e ferindo um soldado ianque e dois mercenários afegãos. Os militantes foram mortos no confronto.

“Voltaria para a prisão com prazer”,  afirma veterano britânico

Informações Lusa

Joe Glenton, soldado britânico que foi preso por se recusar a participar de uma segunda missão no Afeganistão, afirmou que “Ficaria de bom grado mais cinco meses na prisão pela forma como isso mudou e moldou a minha consciência“.

Glenton, que se tornou um destacado militante contra a guerra do Afeganistão, disse ainda que, quando foi pela primeira vez, achava que “iria ajudar as pessoas a melhorar sua condição de vida”. Mas, quando desembarcou, percebeu rapidamente que os afegãos “não faziam parte da agenda”, se chocando com a “sensação de cruzada”, sobretudo entre os ianques.

Regressando à Inglaterra, investigou e concluiu que os argumentos contra a guerra eram mais fortes. O ex-soldado afirma ainda que, “na prática, o 11 de setembro foi um cabide para pendurar um casaco” e que o USA já planejava invadir a região antes.

Paquistão

Obama ameaça Paquistão

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Drone: avião não tripulado

No dia 7 de outubro, Obama afirmou sobre o Paquistão: “Estão fazendo apostas perigosas sobre o futuro do Afeganistão e parte dessas apostas é ter conexões com pessoas não recomendáveis, que acreditam que poderiam recuperar o poder no Afeganistão logo que as forças de coalizão partirem”.

Obama passa então às ameaças ainda veladas. Mas em diplomacia, pingo é letra. Primeiro afirma que o USA continua comprometido a ajudar o Paquistão a lidar com seus próprios problemas, apesar da preocupação com as relações entre a inteligência paquistanesa e a resistência afegã. Depois alerta: “Não há dúvida de que não vamos nos sentir confortáveis em uma relação estratégica de longo prazo com o Paquistão se não acharmos que eles também estão preocupados com nossos interesses“.

A relação do USA e seus títeres sempre foi recheada de contradições, particularmente no chamado mundo árabe. Até o mais sabujo dos governantes, como o rei Abdula da Arábia Saudita, sabe que é peão descartável no tabuleiro do imperialismo. Todos vimos o que aconteceu com Mubarak, Ben Ali, Kadaffi e outros mais. Por outro lado, também não é raro antigos aliados se voltarem contra seu antigo amo, como foi o caso de Saddam e Bin Ladem. Portanto, a relação pode esquentar e pode ser que os aviões não tripulados — que já fazem uma “ocupação branca” da região fronteiriça — não sejam mais o suficiente.

Os aviões não tripulados têm sido usados regularmente na fronteira do Paquistão com o Afeganistão para assassinar membros da resistência e a população civil. Dotadas de mísseis e controlados remotamente por um console semelhante a um video game, as aeronaves eliminam o risco para as forças agressoras e são armas mortais.

No dia 13 de outubro, foram massacradas nove pessoas em um bombardeio que atingiu a aldeia de Dande Dapakhel, no Waziristão do Norte. No dia 15, mais 3 afegãos foram mortos por esse tipo de dispositivo.

Iraque

Policial aniquilado em ação em Bagdá

No dia 7 de outubro, um ataque em Bagdá aniquilou um policial, executado com tiros de pistola com silenciador, no sudeste da capital iraquiana.

Três dias depois, a resistência iraquiana explodiu uma bomba em instalações dos serviços de segurança, no bairro de Al Wishhish, também em Bagdá. Quando a polícia e o exército foram investigar a explosão, uma segunda bomba eliminou dois policiais e um soldado. Vários funcionários civis ficaram feridos e pelo menos 10 morreram.

No dia 12 de outubro, 4 ataques simultâneos atingiram delegacias de polícia e uma viatura, matando pelo menos 14 pessoas.

Em uma delegacia, cinco pessoas morreram, entre elas um membro da resistência e 3 agentes policiais. No nordeste da capital, na delegacia de Al Huiya, mais 3 agentes foram eliminados e outros 3 ficaram feridos. Na delegacia de All iLan, 3 policiais ficaram feridos. Uma viatura da polícia foi atingida por outra bomba que deixou seus três ocupantes feridos.

Curdistão

Parlamento turco aprova prorrogação de ataques

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Tanques turcos invadem o território curdo e atacam PKK

O parlamento turco aprovou, no dia 6 de outubro, a renovação da medida que permite realizar ataques aéreos e terrestres no território curdo hoje sob jurisdição iraquiana.

No encaminhamento desta resolução, os tanques turcos entraram no dito território iraquiano para perseguir curdos e, em 20 de outubro, a força aérea bombardeou as regiões de Hafatin, Zap e Hakurk. O objetivo é atingir a direção do PKK.

O Curdistão é um território que fica entre a Turquia, Iraque, Irã, Síria, Armênia e Azerbaijão e seu povo, liderado pelo Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK), trava heroica luta de libertação nacional.

Ação mata 3 e fere seis soldados turcos

No dia 23 de outubro, na província de Hakkari, leste do Curdistão, região sob domínio turco, uma unidade do PKK aniquilou 3 soldados turcos e feriu outros seis. O ataque aconteceu durante uma missão do exército turco no vale de Kazam motivada pela morte de 24 militares turcos em outra ação, realizada cinco dias antes.

Em outro ataque na mesma província, dois soldados morreram na explosão, por controle remoto, de um veículo. Esses ataques são respostas à política fascista anunciada pelo Estado turco de intensificar as perseguições contra o PKK, tanto no território controlado pela Turquia, quanto na parte sob domínio iraquiano.

Durante uma manifestação de apoio ao PKK na cidade de Shedan, província de Adana, no sul da Turquia, uma bomba de fabricação caseira explodiu em uma lixeira ferindo quatro policiais. Dois deles estão em estado grave. A polícia intervia para impedir a manifestação.

Desde junho, o PKK aniquilou 60 soldados turcos. Em resposta, o exército da Turquia atacou o pretenso território iraquiano, onde existem bases do PKK. O Estado iraquiano acolheu estes ataques e até mesmo os estimula, pois está mais preocupado com a resistência em seu próprio país.

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