Marrocos / Povo saharaui: prisioneiros políticos protestam
A administração da “Prisão Negra”, localizada na região ocupada de El Aaiun, realizou um violento ataque no dia 1º de outubro contra os presos políticos saharauis, povo que luta pela sua independência. Quatorze prisioneiros que protestavam em uma greve de fome foram condenados a duras penas que variam de oito meses a três anos de prisão.
No dia 3 de outubro, presos políticos saharauis detidos na prisão marroquina de Salé 2 deflagraram, em solidariedade aos seus companheiros e em protesto contra as péssimas condições carcerárias e maus tratos, uma greve de fome de 24 horas. Os 23 presos políticos de Salé 2 foram presos em novembro de 2010, após uma onda de protestos no acampamento Gdeim Izik. Eles, que são conhecidos como o “Grupo de Gdeim Izik”, denunciam torturas físicas e psicológicas infringidas pela administração e agentes carcerários de Salé 2 contra os presos e exigem que seja aberta uma investigação sobre essas denúncias.
Resistência contra despejo
Na manhã de 3 de outubro, as forças de repressão do velho Estado marroquino tentaram realizar o despejo violento de uma família em Tânger. Os vizinhos da família, que se recusou a sair, se solidarizaram e tomaram as ruas em protesto.
Os manifestantes atacaram a polícia com paus e pedras e não recuaram frente às bombas atiradas pelas forças de repressão, que tiveram que se retirar sem expulsar a família. Vários manifestantes foram feridos e presos. Diversos policiais também ficaram feridos.
Curdistão – Turquia: bombardeios do exército assassino turco
Na madrugada de 8 de outubro, aviões F-16 saíram de uma base militar em Diyarbakir (Turquia) e bombardearam quatro alvos nas montanhas Kandil, no Norte do Iraque, onde estariam lideranças do Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK).
Na semana anterior, as “autoridades” da Turquia tinham solicitado ao parlamento que renovasse a autorização para o exército turco atacar bases aéreas curdas no Iraque. Mas, em 2 de outubro, o governo iraquiano declarou querer o fim da presença de soldados turcos no Curdistão e a revogação dos acordos assinados entre os dois países em 1995, que prevêem a instalação de bases militares turcas no norte do Iraque, numa das quatro províncias da região autônoma do Curdistão Iraquiano. O Estado turco justifica sua presença sob o pretexto de combate ao PKK.
Iraque: resistência ataca
Pelo menos três agentes das forças de repressão mercenárias do Iraque foram aniquilados no dia 9 de outubro após ataques da resistência em vários pontos do país.
Um oficial e um soldado do exército iraquiano foram aniquilados e outros dois soldados ficaram feridos pela explosão simultânea de duas bombas na passagem de uma patrulha militar em Abu Ghraib, 25 quilômetros ao oeste da capital Bagdá.
Segundo fontes policiais, também foram aniquilados dois membros da União Patriótica do Curdistão (UPK), partido reacionário dirigido pelo presidente títere iraquiano, Jalal Talabani, na explosão de uma bomba contra o veículo que viajava a oeste de Mossul, 400 km ao norte de Bagdá.
Paquistão: drones ianques promovem novo massacre
Com informações de AFP
No dia 10 de outubro, um ataque de drones (aviões não tripulados) ianques assassinou cinco pessoas em uma região tribal do Paquistão, próximo à fronteira com o Afeganistão, nos arredores de Hurmuz, a leste de Miranshah, capital do Waziristão do Norte. Uma semana antes, a população havia organizado um grande protesto contra as missões de drones ianques no Paquistão.
“Vários drones americanos sobrevoaram a zona antes do amanhecer e dispararam quatro mísseis contra um prédio, matando cinco militantes”, disse um oficial paquistanês.
Palestina: povo repele polícia israelense
Em 1º de outubro ocorreram protestos radicalizados e confrontos entre palestinos e agentes das forças policiais de fronteiras de Israel no bairro de Ras al-Amud (Jerusalém Oriental). Dezenas de jovens vanguardearam a resistência contra os agentes israelenses que faziam uma incursão visando prender pessoas que participaram de um protesto alguns dias antes. Dois policiais israelenses foram feridos por pedras e barras de ferro.