Iraque
Resistência ataca e fere um general
Com informações da agência EFE
Ataques deixam dez mortos no Iraque
Pelo menos dez pessoas morreram entre os dias 10 e 11 de outubro e outras cinco ficaram feridas em diferentes ataques e confrontos entre a resistência iraquiana e as tropas invasoras.
No ataque mais contundente, o chefe do departamento de Provas Penais do Ministério do Interior iraquiano, general Abdel Monem, foi ferido durante um ataque na zona de Zayuna, leste de Bagdá, que matou o seu motorista e feriu outras duas pessoas.
Guerra injusta leva militares ianques ao suicídio
Com informações de agências de notícias e de democracynow.org
Entre o final de setembro e os primeiros dias de outubro, foram registrados mais quatro suicídios em Fort Hood, no Texas, base com mais de 30 mil soldados, uma das maiores do exército ianque. Com esse número, chegam a 14 os suicídios confirmados apenas nessa base em 2010, segundo a Força Tarefa de Prevenção de Suicídios do Exército.
Primeiramente foi encontrado o corpo do militar ianque Antonio Heath, de 24 anos, que compunha as tropas invasoras no Iraque em 2009, em Tample – Texas. Um dia depois, foi encontrado morto o sargento Baldemar González, de 39 anos. González havia participado das campanhas genocidas batizadas de “Tempestade no Deserto” e “Liberdade Iraquiana”. No mesmo dia, foi achado o cadáver de Timothy Ryan Rinella, de 29 anos, nos arredores de Fort Hood. Rinella tinha prestado serviço em três turnos no Iraque e um no Afeganistão. Depois, foram encontrados mortos o sargento Michael Franklin e sua esposa Jessie. Investigadores do USA trabalham com a hipótese de homicídio seguido de suicídio.
Até o momento, mais de 5.700 militares ianques foram mortos no Iraque e Afeganistão. Esse número não inclui os veteranos que se suicidaram ou que morreram por circunstâncias derivadas da guerra ao regressar ao USA após as missões genocidas. Uma nova investigação sobre os veteranos e membros ativos do exército no estado da Califórnia revela que morrem três vezes mais soldados logo após regressarem das campanhas do que os que perdem a vida durante as agressões do Iraque e Afeganistão juntas. Segundo o informe publicado no Bay Citizen e no New York Times, mais de mil veteranos da Califórnia com menos de 35 anos de idade morreram entre 2005 e 2008.
Afeganistão
O ano mais mortífero para invasores
Seis soldados das forças invasoras morreram no dia 13 de outubro no Afeganistão, quatro deles na explosão de uma bomba de fabricação caseira.
Um soldado da Otan morreu em um ataque da resistência no leste do país e outro na explosão de uma bomba também na região sul.
Essas mortes elevam a 581 o número de militares invasores mortos em 2010 no Afeganistão. Em nove meses e meio, 2010 se tornou o ano mais mortífero paras as tropas invasoras.
Aumenta o número de feridos e mutilados
Em sessão do congresso ianque realizada no mês de outubro, passados nove anos da invasão do Afeganistão, Barack Obama reiterou que manterá os planos de envio de mais 30 mil soldados para engrossar as tropas agressoras no Afeganistão. Em uma videoconferência realizada no dia 4 de outubro com o gerente títere no Afeganistão, Hamid Karzai, Obama acertou a manutenção do comando ianque das tropas agressoras até 2014.
A Cruz Vermelha denunciou em comunicado publicado no mês de outubro que o número de feridos pela guerra de agressão contra o Afeganistão alcançou “níveis recordes” e que a quantidade de pacientes atendidos em agosto e setembro deste ano no hospital da cidade de Kandahar dobrou em relação ao mesmo período de 2009.
“A cada dia, há mães que trazem suas crianças doentes ao hospital tarde demais porque têm medo de se deslocar ou de viajar e o resultado é que morrem crianças de tétano, sarampo e tuberculose, que são facilmente evitáveis com vacinas”, lamentou o chefe da delegação da Cruz Vermelha em Cabul, Reto Stocker, em entrevista publicada na agência EFE.
Paquistão
Ianques invadem território e provocam o Paquistão
No dia 30 de setembro, vários helicópteros ianques invadiram o território paquistanês para atacar “supostos rebeldes afegãos”.
Em um dos ataques, morreram três soldados paquistaneses, o que provocou fortes protestos. Em resposta à invasão ianque, o governo paquistanês, em represália, fechou durante 10 dias a rota de fornecimentos da Otan através de seu território.
Descumprindo as ordens do governo paquistanês, a Otan forçou a entrada de caminhões tanque que transportavam petróleo para abastecer as tropas ianques no Afeganistão e, no dia 4 de outubro, mais de 20 desses caminhões foram atacados por homens armados que, segundo informações das agências de notícias, pertenceriam ao Talibã, organização que compõe a resistência afegã.
No dia 13 de outubro, helicópteros da OTAN voltaram, de forma provocativa, a invadir o espaço aéreo do Paquistão para ingressar no Afeganistão.
Caxemira
Um povo em luta por liberdade
Depoimento da dra. Radha D’Souza ao AND
Indianos protestam em solidariedade a Caxemira
A situação na Caxemira, que se agravou nos últimos meses, já vem de sérios enfrentamentos desde os anos de 1990. Em 1991 foi montado um grupo de investigação dos direitos democráticos que constatou que havia trincheiras do exército em todo o território da Caxemira. Lá imperava um estado de sítio no qual as pessoas tinham apenas uma hora para circular nas ruas e às vezes eram sequestradas nos hospitais pela polícia. Até os médicos eram ameaçados.
Mas a situação continua a mesma. O que parece que foi afetado é a memória da imprensa imperialista que faz parecer novidade algo que ocorre há décadas.
O número de tropas do Estado indiano que ocupam hoje a Caxemira com o pretexto de restabelecer a “lei e a ordem” é maior que o efetivo de tropas indianas enviado contra o Iraque.
A história do povo da região contém aspectos que muito poucos conhecem, por exemplo: quando os soldados caxemires regressaram da segunda grande guerra imperialista, eles fundaram o Partido de Camponeses e Operários para lutar pela reforma agrária. Eles quiseram fazer da Caxemira um estado livre e progressista. Se houve reforma agrária na Caxemira, foi porque lá ocorreu de fato a luta pela reforma agrária. Após 1949, com a invasão do Estado indiano, os caxemires seguiram travando brava luta de libertação e mantém alta essa bandeira até os dias atuais.
Faixa de Gaza
Sionistas assassinam dirigentes do Hamas
No dia 8 de outubro, soldados do exército israelense assassinaram Nashat al-Karmi e Mamoun al-Natshi, comandantes do Hamas, partido que governa a Palestina, na Cisjordânia.
As forças de repressão do Estado sionista de Israel fizeram uma incursão na cidade de Hebron e mataram friamente os dirigentes do Hamas.
Buscando justificar o assassinato dos dirigentes palestinos, o ministro da defesa israelense acusou os dois de terem matado quatro israelenses em uma estrada próxima a Hebron, em 31 de agosto.
O Estado fascista de Israel mantém a Faixa de Gaza há mais de três anos sob completo bloqueio, provocando a falta de alimentos, remédios e outros produtos básicos e, apesar de encenar “negociações de paz”, não cessa as provocações e ações genocidas contra o povo palestino.