Grécia
Segundo a Agência EFE, a capital grega, Atenas, ficou completamente paralisada no último dia 20 de dezembro.
O governo anunciou uma redução salarial para todos os trabalhadores das companhias de metrô e bonde do país. A redução faz parte de mais uma medida de austeridade imposta pelos “credores internacionais”. Já é o sexto ano consecutivo de recessão no país. O desemprego em Atenas é de 26%.
Atenas e as cidades do entorno ficaram engarrafadas. À greve dos trabalhadores de metrôs e bondes somou-se a greve dos trabalhadores da companhia pública de trens, que havia iniciado no dia anterior. Também no dia 19 havia sido convocada uma greve geral pelas centrais de trabalhadores. Escolas, hospitais, serviços fiscais e transportes aderiram à paralisação. Um marcha com 2 mil pessoas fechou o centro de Atenas. Os protestos só não foram maiores devido ao frio que atinge o país.
Além de protestar contra a redução salarial, os trabalhadores também reprovam a privatização do serviço de manutenção das vias.
Espanha
O ministro da Indústria, Energia e Turismo já anunciou que cortará subsídios à energia elétrica e que a conta pesará mais nos bolsos dos espanhóis em 2013. O aumento pode ser de 5% e ser multiplicado para os consumidores que aumentem seus consumos.
Mas os espanhóis também reservaram seu presente de natal para o governo: mais protestos.
No mesmo dia em que o aumento foi anunciado, o governo também aprovava o orçamento para 2013, que deverá ser o mais apertado dos últimos anos. Por isso, membros da chamada “Coordenadora 25-S”, que reúne manifestantes presos no protesto do último dia 25 de setembro, convocaram uma marcha fúnebre com o lema “Estamos de luto”. Eles também protocolaram uma ação judicial contra a polícia nacional em virtude da repressão sofrida em setembro, quando 64 pessoas foram feridas e 35, presas.
Também no dia 20, os médicos de 270 centros de saúde de Madrid saíram às ruas em protesto à privatização de seis hospitais e 27 centros de saúde. Foi a 15° greve do setor neste ano. No dia anterior, um médico e uma enfermeira entraram em greve de fome. O governo afima que economizaria 200 milhões de euros com a privatização dos centros de saúde e hospitais.
Até o fechamento dessa edição, mais de 100 equipes completas (médicos, enfermeiros e administrativos) haviam aderido à demissão em massa como forma de protesto. Os trabalhadores querem pressionar o governo a reverter as privatizações já realizadas e impedir que outros centros de saúde tenham o mesmo destino.