Massacre de operários na África do Sul

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Massacre de operários na África do Sul

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Polícia abre fogo contra milhares de operários em greve

A África do Sul foi palco em meados de agosto de um massacre de operários levado a cabo diante das câmeras de uma emissora de TV local, em um episódio que pode ser resumido da seguinte maneira: os capatazes do “presidente” Jacob Zuma, títere do imperialismo, estenderam às últimas consequencias a ordem de proteger a garantir os interesses das transnacionais das potências estrangeiras no país, a custa do suor e, como se vê, do sangue dos trabalhadores sul-africanos.

No dia 16 de agosto, uma quinta-feira, a polícia de Zuma abriu fogo contra milhares de operários em greve por melhores salários na frente da mina da transnacional britânica Lonmin PLC, a terceira maior produtora de platina do mundo, na cidade de Marikana. Trinta e quatro mineiros foram fuzilados e mortos.

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Os trabalhadores, cerca de três mil, estavam mobilizados desde o dia 10 de agosto, e a greve foi se radicalizando ao longo dos dias. Informações dão conta de que, entre o começo da greve e a chacina dos mineiros, aconteceram violentos confrontos no local. No dia 12 de agosto dois guardas, cães de guarda da companhia, teriam sido justiçados, com a multidão ateando fogo em seus carros. No dia seguinte, 13 de agosto, teria sido a vez de dois policiais serem alvo dos operários em revolta. No próprio dia do massacre, antes do acontecido, teria havido “um tiroteio entre os grevistas e a polícia”. Mas existe a suspeita de que as notícias das mortes dos guardas e dos policiais, bem como a do tiroteio, podem ter sido inventadas para tentar atenuar a violência com que se tentou pôr fim à greve e a execução dos trabalhadores.

Na segunda-feira seguinte ao massacre, dia 20 de agosto, a transnacional Lonmim anunciou que iria demitir os funcionários que permanecerem em greve a partir daquela data, com a empáfia de quem manda e desmanda nas semicolônias do mundo, a despeito de ficções como “governo”, “opinião pública” e “responsabilidade da empresa” num sistema onde a única regra é exploração do homem pelo homem.

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