O governador de Minas Gerais, Aécio Neves, com o apoio dos partidos que compuseram a frente eleitoreira que elegeu Luis Inácio para a gerência do Brasil, tem feito aprovar as reformas administrativas no estado.
A educação, a despeito de toda demagogia eleitoral, está sendo atacada de todos os lados no intento de se cortar gastos no setor. Claro que a maneira mais simples de se cortar gastos é demitindo professores e demais servidores da educação, assim como solapando os direitos históricos dos servidores públicos estaduais.
Outra medida tomada é fundir turmas, provocando uma superlotação de alunos nas salas de aula, acarretado ainda mais dificuldades para lecionar.
A primeira medida tomada pelo governo do estado foi a Resolução 428, que impôs o remanejamento dos professores com formação para lecionar de 1ª a 4ª séries para as aulas de 5ª a 8ª séries, o que implicaria, além da demissão de cerca de 7 mil professores designados, segundo informações do próprio sind-UTE MG (Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais), em que professores sem habilitação assumissem as aulas de 5ª a 8ª séries.
Muitos professores acusam a diretoria do sindicato, composta por membros do PT e PCdoB, de tentar refrear a luta da categoria, dizendo que estão contra as reformas, mas aprovando as mesmas na Assembléia Legislativa estadual, conforme a tática da frente eleitoreira no plano nacional.
No dia 20 de agosto, professores excedentes e designados, unidos contra esses abusos do governo, obrigaram o sind-UTE a organizar uma manifestação na SEE (Secretaria Estadual de Educação), o que levou a uma reunião de manifestantes com representantes de SEE. Isso levou a uma nova orientação: “Assumirá aulas no ensino fundamental (5ª a 8ª séries) e no ensino médio, o professor excedente com habilitação ou qualificação igual ou maior àquela apresentada pelo professor designado a ser dispensado”.
“Essa vitória parcial, entretanto, só foi conseguida graças à luta decidida da categoria, independente dos pelegos que dirigem o sindicato”, disse o informe do Movimento pela Educação Popular (MEP), que tem, entre seus integrantes, professores estaduais.