Uma vez mais, o Presidente Gonzalo derrota a reação que, na tentativa de liquidar a Guerra Popular, levou 29 anos para aniquilá-lo fisicamente
O Presidente Gonzalo vive!
Gonzalo las masas rugen
(canção revolucionária peruana)
Gonzalo las masas rugen
y los andes se estremecen
expresan pasión ardiente
fe segura y acerada
y el pueblo que escucha atento
aceleró su jornada
¿Qué es Gonzalo?
canta el fuego
Gonzalo es lucha armada
¿Qué es Gonzalo?
canta el fuego
Partido es lucha armada
O dia 11 de setembro de 2021 está gravado na mente dos comunistas, do proletariado internacional e demais massas populares de todo o mundo, em especial no Peru, como motivo de grande tristeza e dor. Após 29 anos de isolamento absoluto, soterrado vivo na prisão de segurança máxima da base da Marinha de Guerra, em Callao, Lima, Peru, nas condições mais inumanas de tortura e total falta de cuidados à sua saúde que o levaram a um câncer de pele transformar em metástase, o aniquilamento físico do Presidente Gonzalo pela reação se concretizou. O Presidente Gonzalo é grande Chefe do proletariado peruano, mestre de mestres, maior marxista-leninista-maoista até então vivente sobre a face da terra, continuador de Marx, Lenin e do Presidente Mao, e Chefe da Revolução Proletária Mundial; o Presidente Gonzalo vive e seguirá vivendo no pensamento gonzalo que, cada dia mais, é desfraldado, encarnado e aplicado pelos comunistas de todo o mundo.
O Presidente Gonzalo é Chefatura do Partido Comunista do Peru (PCP) e da Revolução Peruana, forjando-se como tal em um longo período de tempestuosas lutas contra o revisionismo e todo o oportunismo, para reconstituir o PCP como autêntico partido comunista marxista-leninista-maoista, para iniciar e levar ao triunfo a Guerra Popular Prolongada, via da Revolução de Nova Democracia ininterrupta ao Socialismo, como parte e a serviço da Revolução Proletária Mundial.
Ainda no alvorecer de sua juventude, Abimael Guzmán inicia seu interesse por política no término dos estudos secundaristas, idos de 1950, mas foi na universidade, em meio às lutas estudantis, que se interessou pelo marxismo. Grande admirador do camarada Stalin, cuja figura o marcou profundamente, estudou sua vida e iniciou seus estudos detidos do leninismo. Ingressou no Partido Comunista e participou da defesa do camarada Stalin quando foi desatada a campanha difamatória e contrarrevolucionária do revisionismo moderno contra o mesmo.
Por razões de trabalho, em 1962, viajou a Ayacucho (cidade principalmente agrária nos Andes peruanos), e acabou lá permanecendo por anos, onde notou o peso do campesinato no Peru e passou a compreender o Presidente Mao e sua importância na luta antirrevisionista. Passa então a desfraldar o pensamento mao tsetung (maoismo compreendido à época).
A partir daí, dedicou-se exclusivamente à militância no Partido e focou-se na luta contra o revisionismo, forjando e dirigindo a fração vermelha marxista-leninista pensamento mao tsetung e retomando a José Carlos Mariátegui por reconstituir o PCP, tarefa que culminou após 17 anos (1979), intervindo na luta de classes através da única tática marxista por forjar o Partido e massas na violência revolucionária e na luta implacável contra o oportunismo e de dura luta de duas linhas. Nasce aí o camarada Gonzalo, que mais tarde viria a converter-se na Chefatura inconteste, Presidente Gonzalo, garantia de triunfo da Revolução e centro de unificação partidária.
Em 17 de maio de 1980, sob sua direção magistral, à cabeça do Comitê Central (CC) do PCP, se desata a Guerra Popular que chega ao equilíbrio estratégico já no início dos anos de 1990. Na direção da Guerra Popular, aplicando as verdades universais do marxismo-leninismo pensamento mao tsetung à realidade do Peru, integrando-as com a prática da Revolução Peruana compreende que a ideologia do proletariado havia saltado a uma nova etapa, concluindo não se tratar apenas de “pensamento mao tsetung” e sim do maoismo. Assim o Presidente Gonzalo vai definir o maoismo elevando-o à terceira, nova e superior etapa do marxismo. Desenvolveu, nesse processo, o pensamento-guia da Revolução Peruana como pensamento gonzalo. Como Chefatura do PCP e da Revolução Peruana, através da Guerra Popular dará ainda outros aportes de validez universal à Revolução Proletária Mundial.
Entre eles, a necessidade de se militarizar os Partidos comunistas para enfrentar a reação, que cada vez militariza mais a sociedade para a contrarrevolução. A militarização do Partido serve também para alcançar o armamento geral do povo para sustentar o Novo Poder, e garante a direção do Partido nos três instrumentos da revolução (Partido Comunista, Exército Popular e Frente Única) – o que conjura também a restauração capitalista após a conquista do Poder.
Foi o Presidente Gonzalo quem sistematizou a experiência do proletariado e dos Partidos comunistas e aportou a tese universal da Chefatura e do pensamento-guia. Em toda revolução são gerados militantes, quadros, dirigentes e chefes, mas principalmente uma Chefatura – por necessidade e casualidade históricas –, que é quem destacada e comprovadamente conduz, durante um longo tempo, teórica e praticamente, a aplicação da ideologia universal à revolução no país, resolvendo os problemas particulares. Chefatura que é a materialização e se sustenta em um pensamento-guia, que é a especificação da ideologia universal a cada país, de onde saem o programa e a linha política geral de cada revolução.
Aportes cuja assimilação e aplicação são questões de maior importância para avançar as revoluções que se gestam e as que estão em curso no campo do Movimento Comunista Internacional (MCI).
Com a queda do CC em 1992, o Presidente Gonzalo foi posto em isolamento e sobre seu titânico trabalho teórico-prático foi lançado um colossal montão de lixo revisionista, tentando-lhe imputar participação em “acordos de paz” e apresentá-lo como um reles capitulador, posição, na verdade, assumida pela ex-dirigente Miriam e seu Movimento pela Anistia e Direitos Fundamentais (Movadef).
A figura imarcescível do Presidente Gonzalo foi, é e seguirá sendo, para as massas populares do Peru e de todo o orbe, uma enorme fogueira que conclama à rebelião geral contra a exploração e a opressão; foi, é e seguirá sendo um contundente brado de guerra contra toda a reação mundial; mesmo no luminoso Comunismo, seguirá sendo recordado como um dos grandes Chefes que abriram o caminho para a emancipação total e cabal de toda a Humanidade.
Assassinato do Presidente Gonzalo
No dia 11/09, diversos órgãos da imprensa reacionária peruana noticiaram com frenesi histérica a morte física do Presidente Gonzalo. Abimael Guzmán vinha sofrendo privações de todo tipo e sem qualquer cuidado médico, mesmo com sua idade, 82 anos, e seu grave quadro de saúde.
Desde 12 de setembro de 1992, o Presidente Gonzalo estava isolado numa cela subterrânea abaixo do nível do mar localizada na base naval de Callao, em Lima. As semanas que antecederam a sua morte foram marcadas por uma série de graves denúncias de que o velho Estado peruano estava negando atendimento médico adequado.
A morte do Presidente Gonzalo foi divulgada nas primeiras horas da manhã do dia 11/09 e foi confirmada pelo advogado, que afirmou que a Marinha deu o informe de sua morte. Uma funcionária do sistema prisional do Peru disse à rádio peruana RPP que o Presidente Gonzalo esteve doente nos últimos meses, recebeu alta de um hospital no início de agosto e teve uma piora nos últimos dias.
Uma funcionária do sistema prisional da Marinha peruana afirmou em nota que a morte do Presidente Gonzalo ocorreu no dia 11/09 aproximadamente às 6h40 (8h40 no horário de Brasília) no Centro de Detenção de Segurança Máxima da Base Naval de Callao. O motivo indicado fora “complicações em seu estado de saúde”.
A partir de julho, as Forças Armadas reacionárias peruanas (que controlam todo o complexo prisional no qual o Presidente Gonzalo esteve preso durante 29 anos ininterruptos) começaram a divulgar uma série de comunicados acerca de sua saúde. Em um deles, afirmava-se que o Presidente Gonzalo estava com metástase, decorrente do não tratamento de um câncer de pele que o acometera. A partir de então, uma série de ações exigindo a sua soltura imediata no objetivo de possibilitar o adequado tratamento médico para a doença foram realizados por revolucionários de diversos países.
O comunista mais odiado pela reação
Os políticos reacionários, grandes burgueses e latifundiários também seguiram o caminho de sempre: difamar o maior Chefe proletário de nossa época. Hernando de Soto, economista burguês que assessorou a presidência de Alan Garcia e de Fujimori, durante os primeiros anos da Guerra Popular no Peru, afirmou que “me encarregarei que o Pensamento Gonzalo morra com ele”, em seu vão desejo de hiena sanguinária de impedir que o proletariado e o povo peruano lutem contra a velha ordem de opressão e exploração. Na mesma linha, o ex-ministro Carlos Morán afirmou que “esperamos que com sua morte acabe esta macabra ideologia”.
Presidente Gonzalo derrota a reação!
Os monopólios de imprensa reacionários se apressaram em dar a notícia unindo a ela uma série de infames insultos contra a memória do grande Chefe do proletariado internacional. E mesmo os mais reacionários entre os jornalistas dos monopólios peruanos admitiram que há uma série de questões que o velho Estado peruano fez questão de manter em segredo, como onde estava o corpo do Presidente Gonzalo, onde passou os últimos dias de vida e por que razão não foi informado para que outra base militar fora levado o Chefe da Revolução Peruana.
Tudo isso nada mais é do que confirmação que aparece pela boca dos reacionários daquilo que a campanha internacional movida por uma série de Partidos e Organizações comunistas do MCI afirma desde que veio à tona as mais recentes notícias acerca do grave estado de saúde do Presidente Gonzalo. As mais recentes ações movidas pelos reacionários que vieram à tona nos últimos dias foi caracterizado pelos marxistas-leninistas-maoistas como uma nova patranha movida pelo velho Estado peruano a serviço da CIA-ianque (Estados Unidos, USA) no objetivo de aniquilar a vida do principal prisioneiro de guerra do mundo.
Segundo comunicado do Movimento Popular Peru (MPP), na Europa (organismo do PCP para o trabalho internacional) de julho deste ano, o objetivo do velho Estado peruano foi de, com a aplicação de táticas de Guerra de Baixa Intensidade (GBI), assassinar o Presidente Gonzalo. Para tanto, valeram-se da manutenção do seu isolamento absoluto e perpétuo na Base da Marinha de Guerra, em uma cela individual subterrânea e só tendo contato com o mundo exterior por intermédio de seus algozes, passível a manipulações e a toda sorte de torturas psicológicas. Nesse objetivo, os ex-membros da direção do PCP, capituladores contrários a continuação da guerra popular, cabeças da Linha Oportunista de Direita (LOD) que se estruturou nas prisões e para levar seus planos de destruir o partido criaram o Movadef, a reação peruana e os serviços de inteligência do imperialismo ianque (CIA) e do Peru convergiram no objetivo de assassiná-lo e tentar transformá-lo num vulgar capitulador.