Na mordomia e no Poder: 6 mil militares ocupam cargos no governo

Na mordomia e no Poder: 6 mil militares ocupam cargos no governo
Na mordomia e no Poder: 6 mil militares ocupam cargos no governo
Na mordomia e no Poder: 6 mil militares ocupam cargos no governo

Na mordomia e no Poder: 6 mil militares ocupam cargos no governo

A quantidade de militares da ativa e da reserva que ocupam cargos civis no governo federal mais do que dobrou nos dois primeiros anos do governo militar de Bolsonaro/generais, segundo coloca o levantamento do Tribunal de Contas da União (TCU), concluído no dia 17 de julho. Em 2018, havia 2.765 militares em cargos civis do governo federal. Em 2019, o número chegou a 3.515 cargos, e em 2020, o total chegou a 6.157: um aumento de 122%.

Na mordomia e no Poder: 6 mil militares  ocupam cargos no governo

Além disso, os dados mostram que já atuam no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) 1.969 militares da reserva. Eles têm contratos temporários, alegando que seria uma “estratégia definida para tentar reduzir a fila de processos de aposentadoria e outros benefícios à espera de uma deliberação do órgão”. Antes de 2020, no período levado em conta para a comparação, não havia esse tipo de contrato destinado a militares da reserva.

Um dos aumentos mais gritantes foi o de militares que passaram a ocupar cargos comissionados. Eram 1.965 em 2016, em 2018, 1.934 (tendo diminuído em apenas 31 pessoas). Já no primeiro ano do governo militar de Bolsonaro/generais, a quantidade subiu para 2.324, um aumento de 20%. Nesse ano, são 2.643 militares ocupando esses cargos, 34,5% a mais.

Já a quantidade de cargos de profissionais da saúde na esfera civil que passaram a ser ocupados por militares quase dobrou entre 2016 e 2020: de 642 para 1.249.

Os números levantados pelo TCU, referentes aos últimos cinco anos, escancararam a presença atual de militares em conselhos de administração de estatais, função pela qual recebem pagamentos adicionais, e em “cargos na alta administração do Poder Executivo”. Oito militares estão nessas posições, conforme o TCU, enquanto que em 2016, 2017, 2018 e 2019, nenhum o fazia.

No fim de semana, um figurão da política, Gilmar Mendes, chegou a dizer que “o Exército está se associando a um genocídio”, numa referência à incapacidade do Ministério da Saúde, sob comando dos militares, em frear o avanço do novo coronavírus e as mortes provocadas pela doença, assim como sua anuência com a posição anticientífica de Bolsonaro, que conduziu à morte mais de 80 mil brasileiros. Em resposta, o Ministério da Defesa anunciou uma representação contra Mendes à Procuradoria-Geral da República (PGR).

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