USA renova esforços contra-revolucionários nas Filipinas
O secretário de Defesa da administração Bush mantido por Obama no cargo, Robert Gates, anunciou que os 600 soldados de elite da Força-Tarefa de Operações Especiais Conjuntas radicados nas Filipinas permanecerão por lá para tentarem suplantar a vigorosa guerra popular liderada pelo Novo Exército do Povo, que há 40 anos enche as massas filipinas de ânimo revolucionário. A "tropa de elite" ianque continuará presente neste arquipélago do Pacífico, onde há sete anos está caçando insurgentes e treinando forças anti-povo recrutadas pelas classes reacionários locais, ainda que os generais ianques em apuros no Iraque e no Afeganistão tenham requisitado seu reforço. Em uma outra nuance do esforço contra-revolucionário — e antecipando as determinações do novo manual anti-resistência do Pentágono — os militares ianques se gabam de ter participado da construção de estradas, escolas, e postos de saúde, inclusive ajudando a fazer exames médicos e a administrar vacinas junto ao povo. Como A Nova Democracia mostrou na edição 56, a orientação dos cabeças do imperialismo é valorizar mais as tentativas de comprar o apoio das massas mediante o financiamento de pequenos melhoramentos na infra-estrutura e até da participação de fuzileiros-navais em campanhas de vacinação infantil em áreas urbanas, bem à moda dos políticos demagogos que tentam colher simpatia beijando criancinhas nas ruas.
Desenha-se a perpetuação de Uribe no poder
Vem da Colômbia do gerentão Álvaro Uribe, capacho-mor do imperialismo ianque na América do Sul, o exemplo mais recente de que as instituições da democracia burguesa, aquela do tipo fraudulento, servem apenas para viabilizar seus golpes, chantagens e crimes contra o povo, quando assim o império requisita aos vende-pátrias de plantão. No dia 19 de agosto, o senado colombiano aprovou o projeto de referendo para dar a Uribe o direito de concorrer a um terceiro mandato em mais um processo eleitoral viciado na América do Sul, como os demais sufrágios burgueses o são, controlados e determinados pelos interesses das classes dominantes e do imperialismo. O USA confia em Uribe, precisa dele e o remunera muito bem para fazer da Colômbia dos bravos colombianos um Cavalo de Tróia para seu exército na região, ainda mais agora, quando o chefe colombiano dedica dias e noites a consolidar seu país como verdadeira base de apoio para as políticas de rapina e controle do imperialismo ianque em nosso continente. O projeto de prolongamento da gerência Uribe ainda passará por outras instituições dos poderes Legislativo e Judiciário da Colômbia, mas tudo indica que o servilismo generalizado realmente o levará a mais um referendamento farsesco. Quando um golpe desta estirpe é articulado por fanfarrões de discurso anti-USA, como Hugo Chávez, fala-se em ditadura; quando é levado a cabo pelos amigos do império, não se fala nada.
Consultoria ianque dá as cartas no Estado somali
Na Somália, secularmente saqueada pelo colonialismo e neocolonialismo, o governo títere acaba de contratar a empresa privada ianque de consultoria Price Waterhouse Cooper para gerenciar as finanças públicas, ou seja, os recursos que o Estado semi-colonial suga do povo miserável pela via dos impostos gentis cobrados das transnacionais que exploram as massas nigerianas. Inventaram a desculpa de que precisavam de gente capacitada para gerir com "competência" os fundos que o USA está repassando à administração somali ressuscitada há poucos meses pelos próprios ianques para servir de enclave do combate à revigorada insurgência popular na região do Chifre da África. A manifestação mais conhecida dessa maior organização do povo para a luta emancipatória é a Guarda Costeira Voluntária da Somália, brigada marítima de defesa nacional contra a rapinagem pesqueira e a prática das grandes potências de jogar lixo atômico na costa leste do continente africano. Apesar de contar com o apoio da população local, esta brigada vem sendo diuturnamente difamada pelos chefes do imperialismo e pelo monopólio internacional dos meios de comunicação, que acusam seus membros de pirataria em alto mar. A secretária de Estado do USA, Hillary Clinton, já anunciou que Washington planeja uma intervenção militar de fato no Chifre da África.
ONU acena com um tribunal para julgar transnacionais
Explosão de duto de combustível da Shell mata 200 pessoas na Nigéria
Não é de hoje que as Nações Unidas se esmeram em ações hipócritas com a finalidade de simular um sistema internacional garantidor dos "direitos humanos", omitindo que não é possível garantir qualquer coisa parecida com isso em meio à exploração capitalista e sob os Estados burgueses erigidos para gerenciar a opressão perpetrada pelo poder econômico e a repressão política das massas. É para fazer às vezes desta demagogia que volta e meia políticos e militares das semi-colônias se sentam no banco dos réus dos tribunais internacionais da empulhação, que por sua própria natureza teatral, e por funcionarem sob as regras do "direito internacional" (o direito do imperialismo), nem sequer chegam perto de fazer justiça em nome das massas.
Pois usar este direito caro aos monopólios para processar os próprios monopólios é a panacéia proposta pelo relator das Nações Unidas para os direitos humanos, o finlandês Martin Scheinin, e pelo relator para torturas, o austríaco Manfred Nowak. Na hipótese de a idéia ir adiante, o máximo a que se chegará será a crucificação de alguns executivos, por exemplo, da Shell no caso dos assassinatos de militantes no Delta do Níger, ou do laboratório Pfizer, que causou a morte de crianças também na Nigéria quando fazia experiências com novos medicamentos. O capital, verdadeiro algoz do mundo do trabalho, continuará levando devastação impunemente aos quatro cantos do mundo. Só as massas podem fazem com que os monopólios paguem por seus crimes!