Filipinas: remoção violenta de favela em Manila
No confronto com os moradores, 12 policiais foram hospitalizados
No dia 24 de setembro, centenas de filipinos enfrentaram as forças de repressão do velho Estado filipino contra a demolição de casas e remoção de famílias de uma favela em Manila.
Cerca de 80 famílias ocupavam um lote de terreno abandonado do governo. O governo emitiu uma ordem de remoção das pessoas e ordenou a repressão policial.
Os moradores ergueram barricadas e resistiram com paus, pedras e garrafas à investida policial.
A polícia reprimiu os moradores com brutalidade atirando bombas de gás, com canhões de água e disparos de armas de fogo. Uma retroescavadeira escoltada por forte aparato policial destruiu as barricadas e várias moradias.
Vários moradores ficaram feridos e pelo menos 12 policiais foram hospitalizados.
Cerca de 400 pessoas viviam no local. O governo os removeu para uma área degradada a cerca de 80 quilômetros da capital.
África do Sul: mineiros de Marikana arrancam direitos e prosseguem na luta
Com informações da agência AFP
Mineiros de Amplats saem vitoriosos seis semanas após o massacre
Os mineiros grevistas da mina de platina de Marikana, alvo de bestial violência policial que resultou na matança de pelo menos 36 trabalhadores pelas forças policiais em 16 de agosto não recuaram em sua luta e levaram a greve adiante até a conquista de grande parte de suas reivindicações.
O presidente sulafricano, Jacob Zuma, teve que fazer um apelo aos patrões para que a greve chegasse rapidamente a um acordo devido ao impacto econômico provocado pela paralisação. O setor da mineração é responsável por 9% do PIB ou até mesmo por 19%, se considerar outras atividades que dependem da mineração.
Seis semanas após o massacre perpetrado pelo velho Estado sul-africano, a combativa luta dos mineiros foi encerrada. A greve arrancou entre 11 e 22% de reajuste para as diferentes funções desempenhadas na mina. Esse reajuste se estenderá para cerca de 25 mil operários empregados da empresa Lonmin PLC, que explora a de platina em Marikana.
Ao todo 45 pessoas morreram durante a greve iniciada em 10 de agosto. Segundo as notícias veiculadas pelas agências internacionais, cinco dessas seriam policiais mortos durante confrontos.
A luta e resistência dos mineiros de Marikana animou a classe operária de toda a região. Em Rustemburgo, grande região produtora de platina, ocorreram greves e mobilizações em protesto contra a matança de operários da Lonmin e em apoio à greve. Lá, cerca de cinco mil mineiros da Amplats, propriedade da transnacional Anglo American, entraram em greve em 13 de setembro exigindo melhores salários e melhores condições de trabalho.
Guiné: Vale teria patrocinado massacre
Artigo publicado em exame.abril.com.br em 2 de setembro cita artigo publicado em o Estado de S. Paulo que dizia: “a maior mineradora brasileira cedeu veículos, no início de agosto, para que policiais e milicianos do país africano atacassem manifestantes contrários às políticas trabalhistas da empresa”.
As notícias são de que a insatisfação dos operários é com a política de contratação de trabalhadores, que deveriam ser, em sua grande maioria, de povos locais. Esses termos estariam sendo desrespeitados e estariam gerando grande revolta e protestos.
O ataque contra os manifestantes, ocorreu na madrugada de 4 de agosto, após a incursão de uma delegação do governo da Guiné para intermediar o conflito entre operários, policiais e seguranças da mina da VBG, em Zagota, da qual a Vale é sócia e explora minério de ferro.