Nova onda de agressões na Cisjordânia
No dia 24 de abril, uma milícia de colonos judeus armados e levando cães ameaçou e agrediu pastores palestinos que vivem em terras ao norte do vale do Jordão cobiçadas pelo sionismo para a construção de novos “assentamentos”.
O exército israelense fez a sua parte, confiscando dos palestinos bombas de irrigação, privando-os dos instrumentos necessários para levar água a suas plantações. Não foi um caso isolado. O lugar tem sido palco de constantes emboscadas contra camponeses palestinos. Na mesma região, no dia 8 de abril, duas jovens palestinas, irmãs, de sete e dez anos de idade, foram assassinadas por soldados sionistas, que ainda deixaram seu pais e seu irmão gravemente feridos. A família voltava de um dia de trabalho na lavoura quando foi atropelada por um veículo militar, que seguiu viagem sem prestar qualquer socorro. Os relatos dão conta de que o atropelamento foi proposital.
Na madrugada do dia 3 de maio, uma segunda-feira, colonos sionistas atearam fogo a uma mesquita ao sul da cidade de Nablus, destruindo o edifício, que havia sido construído em 1977, além de tudo o que havia dentro. O crime se deu poucas semanas depois da destruição da mesquita de Howara, e não muitos meses após colonos judeus terem posto abaixo a mesquita de Yusuf, na mesma região. A despeito dos lamentos hipócritas dos chefes do sionismo diante de episódios como estes, as violentas agressões dos colonos se inscrevem, e mesmo fazem parte, do plano estratégico dos invasores (dos seus comandantes e dos seus soldados civis e militares) para tomar a Cisjordânia por completo.
Luiz Inácio confirma-se como joguete das potências
Enquanto o USA mantém, com Obama, sua velha política de “ambiguidade estratégica” quanto às armas de destruição em massa de Israel — o que significa passar ao largo da existência de um mortífero arsenal atômico sionista (construído com muito urânio enriquecido pelos ianques) ao mesmo tempo em que se exige um Oriente Médio livre de bombas nucleares —, Luiz Inácio embrenhou-se em um esforço dito “diplomático” para “convencer” o Irã a acatar as exigências das potências.
Por que não aventura-se para “convencer” as potências a deixarem o Irã em paz? Porque o objetivo de Luiz Inácio é confirmar a confiança que os poderosos do mundo nele depositam, qualificar-se melhor para integrar a linha de frente da geopolítica (a política do imperialismo) logo assim que for rendido no comando do velho Estado brasileiro, em janeiro de 2011.
A prestimosa contribuição de Luiz Inácio para a demagogia nuclear das potências contra o direito de nações soberanas de ter a bomba para se defender — demagogia mascarada pelo pacifismo mais picareta — consistiu em uma grande encenação cujo objetivo não foi o de salvar o Irã das sanções no âmbito do Conselho de Segurança da ONU; foi, isto sim, o de usar a suposta “neutralidade” do Brasil para esgotar oficialmente e de uma vez por todas a “alternativa diplomática”, pavimentando o caminho para as agressões ao Irã previstas na nova estratégia nuclear ianque, há pouco divulgada pela administração Obama. É por essas e outras que Luiz Inácio é “o cara”, é a cara do imperialismo sob a doutrina Obama, a de se mascarar para as semicolônias.
Povo japonês cerca base ianque em Okinawa
No domingo dia 16 de maio, nada menos do que 17 mil bravos japoneses marcharam até a base aérea de Futenma, parte integrante do complexo militar erguido pela marinha ianque na ilha de Okinawa, a fim de exigir a saída dos estrangeiros dali. Não é de hoje que as massas nipônicas exigem que o governo de Tóquio tome uma providência no sentido de colocar um fim à presença do USA na ilha japonesa. A insatisfação entre os próprios habitantes da ilha, que fica no sul do país, só faz crescer, impulsionada por reiteradas denúncias de abusos cometidos pelos “marines”. Os milhares de manifestantes rodearam a base intrusa, formando um gigantesco círculo humano, enquanto gritavam suas exigências em alto e bom som. O tamanho da manifestação pode ser mensurado quando se toma conhecimento do tamanho da referida base: 4,9 quilômetros quadrados. A ação foi levada a cabo no aniversário do retorno do governo de Okinawa a mãos japonesas, o que se deu em 1972, após anos de controle político ianque do território. Em abril, um protesto ainda maior contra a presença do USA na ilha reuniu 90 mil japoneses.