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Greve de mineiros no Chile

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Greve paralisa os trabalhos na maior jazida de cobre do mundo

No dia 5 de novembro mais de 1.500 mineiros entraram em greve por melhorias salariais na mina de Collahuasi, no norte do Chile — a terceira maior jazida de cobre do mundo — na primeira ação de maior envergadura dos trabalhadores deste setor após o fanfarronesco resgate dos 33 mineiros que ficaram presos a 700 metros de profundidade na mina de San José.

Da mina de Collahuasi, que é explorada pelas transnacionais Xstrata Copper e Anglo American, sai o equivalente a 10% da produção anual de cobre do Chile, ou cerca de 500 mil toneladas de cobre por ano, com planos para duplicar essa quantidade nos próximos dois anos.

Tentando minimizar a greve e salvaguardar-se de maiores prejuízos, a mineradora fez circular a notícia de que suas operações no Chile seguiam na mais absoluta normalidade graças a um “plano de contingência” posto em prática pela direção da empresa, que contratou trabalhadores substitutos para o lugar dos grevistas. O estratagema é permitido pelo Estado chileno. Estado que às mineradoras garante tudo, e aos mineiros não garante sequer o cumprimento de medidas de segurança nos locais de trabalho. Mesmo assim, a direção da greve afirmou que a mina de Collahuasi estava operando a apenas 20% da sua capacidade.

Cameron quer ‘pena alternativa’ para desempregados

A nova gerência da Grã-Bretanha, chefiada pelo reacionário David Cameron, esmera-se para economizar dinheiro a custa do povo, a fim de financiar a sobrevida dos bancos e monopólios britânicos moribundos e chafurdados na crise geral, endurecendo cada vez mais a vida das classes populares, a cada dia mais pauperizadas, precarizadas e assoladas pelo crescente desemprego. E a bola da vez em se tratando da destruição de direitos e garantias historicamente conquistados pela classe trabalhadora da Inglaterra é justamente o seguro-desemprego.

Cameron quer que as pessoas sem trabalho há mais de um ano façam “serviços comunitários voluntários”, como jardinagem, coleta de lixo e consertos em escolas, como condição para receberem aquilo que na verdade lhes é de direito. E mais: no projeto de Cameron, caso alguém lhes acuse de “negligência” no cumprimento das tarefas, o pagamento do seguro-desemprego fica suspenso por três meses. Qualquer semelhança com as penas alternativas impostas a delinquentes não é mera coincidência. Para a direita, o desemprego é no mínimo uma vergonha passível de penitência. A administração Cameron diz que o objetivo da medida é evitar que os desempregados vivam a custa do Estado, como se a burguesia que o Estado representa não vivesse, e bem, a custa das massas trabalhadoras.

USA: mais de 40 milhões recebem senha para se alimentar

No USA, 15 milhões de pessoas estão desempregadas, e quatro em cada 10 destas estão sem trabalho há mais de sete meses. Somando-se os desempregados àqueles que só conseguem empregos de meia jornada, o número sobe para 30 milhões de trabalhadores. Isto é o que revelam as estatísticas oficias divulgadas pela administração ianque no final de outubro.

Isso sem contar as pessoas que recorrem aos subempregos para sobreviver, o que estes números convenientemente não abarcam. Entre os jovens na faixa etária dos 16 aos 20 anos de idade, a taxa de desemprego alcançou os 27%. Segundo dados do departamento ianque da Agricultura, no último mês de agosto 42,35 milhões de pessoas só conseguiram comer mediante o recebimento de senhas de alimentação, um número 17% maior do que no mesmo mês de 2009 e 58,5% a mais do que há três anos, em 2007.

São os efeitos da crise capitalista sem um fim a vista. Segundo dados da Corporação Federal de Seguro de Depósito, o fundo garantidor ianque, só durante o ano de 2010 nada menos do que 139 pequenas e médias instituições do setor financeiro, como bancos e seguradoras, já declararam falência. Sete bancos fecharam as portas só nos últimos dias de outubro. O índice da atividade industrial na região de Nova Iorque despencou em novembro, bem como o índice de novas encomendas ao setor manufatureiro.

 

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