Notas internacionais

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USA lança maior satélite espião do mundo

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O USA lançou ao espaço, no dia 30 de novembro, em uma operação secreta realizada na base de Cabo Canaveral, na Flórida, o satélite NROL-32, o maior satélite espião do mundo. Em abril de 2009, a administração Obama aprovou a criação de um novo programa de satélites espiões orçado em US$ 10 bilhões. Naquela feita, o diretor nacional de inteligência do USA resumiu assim a importância para o imperialismo ianque da capacidade desses satélites de produzir imagens: “é componente essencial de nossa segurança nacional e sobre a qual se apóiam nossas tropas, nossa política externa e nossa segurança interna”. Em 2005, durante a administração Bush, um programa similar foi vetado por ter sido considerado demasiadamente caro.

No início de dezembro, três satélites russos se despencaram sobre o oceano Pacífico depois de uma pane no foguete que os transportava. Os três satélites entrariam em órbita para completar o sistema Glonass, iniciado em 1980 pelo social-imperialismo da ex-URSS, e que a Rússia diz ser meramente um sistema de “geolocalização” para concorrer com o GPS do USA, mas que na verdade serve às pretensões imperialistas de Putin e Medvedev no contexto dos arranjos e preparativos dos blocos de poder para a guerra inevitável.


Chile: da mina de San José à prisão de San Miguel

No dia 8 de dezembro 83 presos morreram na prisão de San Miguel, no Chile, em um incêndio originado de um protesto dos presos contra a superlotação na cadeia. A prisão de San Miguel tem capacidade para 1100 presos, mas estava com 1961 pessoas encarceradas. As famílias dos presos em San Miguel imediatamente se dirigiram para a porta do cárcere a fim de protestar contra a situação atroz à qual os seus entes são submetidos. O mesmo Sebastián Piñera que esbanjou demagogia quando do resgate dos 33 trabalhadores que ficaram presos na mina de San José, há poucos meses, não se fez de rogado para repetir a alta dose de hipocrisia no caso do incêndio da prisão de San Miguel. Como se o Estado que ele gerencia para os monopólios e contra o povo não tivesse nada com isso, e como se a classe que ele representa não requisitasse o encarceramento em massa das classes populares, ele disse: “Essa deve ser uma tragédia que nos ajude a corrigir os nossos rumos, que ajude a melhorar a qualidade de vida das pessoas que estão privadas de liberdade”. Dois dias depois, os presos da prisão de San Miguel realizaram uma insurreição para protestar contra as condições carcerárias que levaram seus companheiros de cela à morte. Houve forte repressão e mais 20 presos acabaram hospitalizados.

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