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Um distrito diz não à farsa eleitoral

02-1.jpg (300×225) No dia 28 de agosto o jornal Hoje Em Dia, de Minas Gerais, publicou uma reportagem de capa sobre a valente campanha de boicote às eleições desenvolvida pelos moradores de Fonseca, um distrito de Alvinópolis, localizado na região central de Minas.

Os moradores da cidade denunciam a falta de água, a precariedade do saneamento básico, a poeira e os buracos nas ruas.

Em resposta ao descaso do Estado e dos gerenciamentos de turno com a população, os moradores da pequena cidade de três mil habitantes decidiram protestar boicotando as eleições.

A reportagem relata que os muros de várias casas estão pintadas com palavras conclamando o povo a não votar.

“Vivemos uma completa falta de assistência do poder público. Então, agora chegou a nossa vez de dar o troco nos políticos”, declarou Maria do Carmo Carioca à reportagem de Hoje Em Dia.

“O distrito não vem sendo beneficiado pelas políticas públicas. E os políticos não têm compromisso com o lugar. Então, também não teremos compromisso com nenhum político nas próximas eleições” acrescentou Taís Ribeiro dos Santos.

A mobilização popular fez com que o gerente municipal de Alvinópolis, João Batista Mateus de Moraes (PTB) gastasse mais da metade da reportagem para tentar justificar o descaso e inoperância da prefeitura e do gerenciamento estadual, o que não convenceu nem um pouco os moradores de Fonseca, que denunciam o não cumprimento de promessas de campanha.

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Números da desindustrialização do Brasil

No segundo trimestre deste ano a participação das importações no consumo doméstico de bens industriais chegou ao seu patamar mais alto desde 2002, refletindo o amplo processo de desindustrialização do Brasil semicolonial, ora agravado pela gerência oportunista do PT.

De abril a junho, o número ficou em 18%, bem acima dos 14,9% do mesmo período do ano passado, o que significa que o volume de bens industriais importados cresceu 46,1% em relação ao segundo trimestre de 2009. A tendência é especialmente forte nos setores de têxteis, de veículos automotores, materiais eletrônicos e aparelhos de comunicação, metalurgia básica e máquinas, aparelhos e materiais elétricos. No Brasil dos juros entre os mais altos do mundo, multiplica-se a especulação e se esvai a produção. São as classes dominantes e seus sabujos gerentes estatais fazendo o país cada vez mais honrar sua condição semicolonial, ao cada vez mais exportar os grãos produzidos pelo latifúndio de novo tipo, os minerais, e aumentando a taxa de produtos acabados que vêm de fora para abastecer o mercado nacional.


Desemprego recorde entre jovens

No dia 12 de agosto a Organização Mundial do Trabalho (OIT) divulgou mais um dado contra o qual os evangelistas do fim da crise terão que brigar: no início de 2010, 80,7 milhões de jovens com idades entre 15 e 24 anos estavam sem trabalho em todo o mundo. É a maior taxa mundial já registrada de desemprego entre pessoas dessa faixa etária. Destes mais de 80 milhões de desempregados precoces, 7,8 milhões perderam seus empregos entre os anos de 2007 e 2009 (período no qual nada menos do que 29 milhões de pessoas ficaram desempregadas), justamente o auge da crise financeira que se abateu especialmente sobre o USA. Eles, entretanto, não recuperam suas vagas no mercado de trabalho após a administração ianque dar dinheiro aos bancos a fim de empurrar a bancarrota com a barriga. Que eles não tenham voltado é sintoma de que a crise é estrutural e profunda. No Brasil, onde os oportunistas ora pedem o voto do povo, mas desfilam empavoados oferecendo seus serviços para os inimigos do povo, 17% dos jovens não acham emprego, índice muito superior à média mundial e acima da média da América Latina.

Ao longo das últimas duas décadas, o jornal A Nova Democracia tem se sustentado nos leitores operários, camponeses, estudantes e na intelectualidade progressista. Assim tem mantido inalterada sua linha editorial radicalmente antagônica à imprensa reacionária e vendida aos interesses das classes dominantes e do imperialismo.
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