2 a 9 abril de 2011
Semana internacional de apoio à Guerra Popular na Índia
Em meados de março, o Comitê Internacional em apoio à Guerra Popular na Índia publicou uma convocatória exortando o proletariado e revolucionários de todos os países a se empenharem em uma campanha internacional de apoio à Guerra Popular na Índia.
“Esta campanha é e deve ser a expressão do internacionalismo proletário e do avanço da unidade do proletariado internacional, dos revolucionários, das forças democráticas, das nações e povos oprimidos do mundo”, dizia a convocatória.
Atendendo a essa convocação, organizações revolucionárias de diversos países se manifestaram expressando seu apoio à Guerra Popular dirigida pelo Partido Comunista da Índia (maoísta).
Listamos aqui algumas das atividades da campanha divulgadas por revolucionnaxalita.blogspot.com.
Bolívia
Na Bolívia, faixas em apoio à Guerra Popular na Índia foram fixadas em locais de grande circulação de trabalhadores.
A Frente Revolucionária do Povo da Bolívia publicou uma nota exaltando que “a luta dos maoístas na Índia tem um grande significado porque desmente todos aqueles que negam a possibilidade da revolução, os reacionários que falam da ‘caducidade’ do marxismo, os oportunistas e reformistas que rechaçam uma revolução com a direção do proletariado através de um Partido Comunista e buscam meios intermediários, através de reformas dentro do sistema capitalista.
Ao mesmo tempo em que manifestamos nosso apoio a este grande processo revolucionário, reafirmamos nosso compromisso de trabalho pela revolução em nosso próprio país, porque é a forma mais efetiva de apoiar a revolução no mundo.”
Galícia
Uma declaração conjunta assinada pelo Comitê de Luta Popular Manolo Bello, o Comitê Galego de apoio à guerra popular na Índia e Correo Vermello pontuou:
“Hoje, mais que nunca, em meio desta crise sem precedentes do sistema capitalista, estão criadas as condições para que as organizações comunistas revolucionárias assumam a tarefa de conduzir as massas populares à tomada do poder por meio da revolução proletária. Revolução que, como a gloriosa Comuna de Paris, seja fruto do povo em armas.
A guerra popular na índia, assim como em outros países, é um luminoso exemplo de como quando as massas tomam em suas mãos seu destino, os reacionários se convertem em “tigres de papel”, como dizia o camarada Mao Tsetung.”
Alemanha
Em Hamburgo, a Liga Contra a Agressão Imperialista organizou uma série de atividades em apoio à Guerra Popular na Índia. Panfletos defendendo a guerra popular na Índia foram distribuídos nos bairros de Altona, Barmbek e St. Pauli, bem como no campus universitário, onde foram pregados grandes cartazes em defesa da luta do povo indiano.
Um ato político foi realizado na estação do metrô de Sternschanze (bairro St. Pauli) e contou com a presença de cerca de 40 ativistas.
Equador
O Partido Comunista do Equador — Sol Rojo — publicou um comunicado saudando os maoístas indianos, que foi distribuído em universidades e escolas, assim como em diversos setores da população.
“Enviamos uma saudação vermelha de todos os nossos setores de trabalho partidário aos camaradas da Índia. Nosso partido tem compreendido nesta campanha de apoio à guerra popular na Índia que o fundamental está em brigar por impor o maoísmo, deslindar campos com o revisionismo, aplastá-lo contundentemente. Colocar como tarefa do proletariado internacional a construção de Partidos Comunistas, o desenvolvimento da guerra popular e sobretudo o novo poder, poder do proletariado.”
Espanha
O Movimento pelo Internacionalismo Proletário – Comitê España enviou uma saudação “ao Partido Comunista da Índia (maoísta) e ao Exército Guerrilheiro Popular de Libertação, às massas da Índia e todas as organizações e revolucionários que tem se empenhado neste importante acontecimento para todos os povos do mundo.”
Itália
O Movimento Feminino Proletário Revolucionário da Itália declarou que “aproveita esta oportunidade para enviar suas saudações e abraços às massas femininas indianas e às mulheres que participam e apoiam a guerra popular e o Partido Comunista da Índia (maoísta). Toda a imprensa internacional tem destacado que as mulheres estão na linha de frente, guiando a revolução indiana.
A luta das companheiras indianas é uma fonte de inspiração e exemplo para o movimento de mulheres em todo o mundo”.
O Comitê de Apoio à Guerra Popular na Índia da Itália também promoveu uma série de atividades nas portas de fábricas e praças na capital.
Panamá
O Comitê Panamenho de Apoio aos Povos em Luta declarou que “as massas indianas, dirigidas pelo Partido Comunista da Índia (maoísta) estão escrevendo uma página histórica da luta de classes no mundo atual. O desenvolvimento da gerra popular na Índia confirma que hoje a revolução é a tendência principal no mundo e que o maoísmo assume o papel de mando e liderança na nova onda da revolução mundial.”
Áustria
A Organização das Juventudes Comunistas Revolucionárias da Áustria — RKJV — publicou uma declaração, que diz:
“A luta pela libertação dos povos da Índia põe em sério risco a consecução dos projetos pelos quais o governo reacionário, por meio do terror sangrento, lança operações do exército, genocídio, deslocamentos forçados de povoações, violações etc. A luta de libertação, a guerra popular, seguem seu curso. Cada vez mais, as pessoas reconhecem as perspectivas positivas que se trata de uma luta justa. Também para o movimento revolucionário na Europa, a luta na Índia é importante, já que se opõem aos mesmos inimigos que exercem domínio e exploração que temos aqui, portanto, um inimigo comum.”
Colômbia
A União Operária Comunista (MLM) promoveu uma semana de atividades em apoio à Guerra Popular na índia. Entre as atividades foram realizados:
Uma convocatória através da revista Revolución Obrera, também enviada a todos os marxistas-leninistas-maoístas, revolucionários e massas do país. Foi realizada massiva difusão de um boletim em apoio à Guerra Popular destacando sua importância para a revolução mundial. No dia 6 de abril, foram organizados atos internacionalistas e revolucionários simultâneos nos principais centros urbanos. Nos dias 8 e 9 de abril, ocorreram conferências públicas e várias cidades sobre a revolução na Índia.
França
O Comitê Francês de Apoio à Revolução na Índia convocou operários e estudantes a aderirem à campanha em solidariedade à luta do povo indiano. Os membros do comitê interviram em um ato político na Universidade de Nanterre sobre a Guerra Popular na Índia e falaram em programas de rádio locais sobre o tema.
México
A Liga da Juventude Classista publicou comunicado e colou cartazes na capital com o motivo da semana de apoio à guerra popular na Índia. Centenas de cópias do comunicado foram distribuídos nos meios estudantis e proletários.
Canadá
A Casa Norman Bethune organizou, no dia 8 de abril, um ato político com a exibição do documentáiro “Uma jornada da revolução indiana” e reuniu dezenas de pessoas que debateram o apoio à guerra popular naquele país.
Agitação e propaganda revolucionária
Destacaram-se, também nessa semana de apoio à Guerra Popular na Índia, o trabalho das páginas e blogs revolucionários na internet, que se dedicaram a traduzir e difundir essas atividades. Entre eles, destacam-se odiodeclase.blogspot.com, dazibaorojo08.blogspot.com e revolucionnaxalita.blogspot.com.
Prisioneiros políticos em greve de fome no presídio de Malkangiri
Com informações de odiodeclase.blogspot.com
Maoístas, do EGPL, explodiram linha férrea durante o bandh, greve geral
Em 11 de abril, os presos políticos do presídio de Malkangiri iniciaram uma greve de fome exigindo o cumprimento de sua carta de 14 demandas, incluídas as relativas à libertação de um agente da reação que estava em poder dos maoístas em fevereiro.
Os prisioneiros exigem a regirada das forças de repressão do estado de Orissa e a libertação dos líderes tribais e pessoas detidas sob a acusação de apoiar as atividades maoístas.
Os prisioneiros, entre eles cinco mulheres, afirmam que a greve de fome será mantida até que as demandas sejam cumpridas.
A sub-penitenciária de Malkangiri tem 210 presos, entre eles 22 presos políticos maoístas.
Bandh contra demolições nos bairros pobres
Com informações de Dazibao Rojo
O Partido Comunista da Índia (maoísta) convocou um Bandh (greve geral) para o dia 23 de abril contra a demolição criminosa de casas nos bairros pobres que está em curso no estado de Jharkhand.
Nos últimos meses, mais de 4.600 construções foram demolidas, afetando mais de 100 mil pessoas. Nas três primeiras semanas do mês de maio, a campanha levada a cabo pelo Tribunal Superior de Jharkhand poderia atingir outras 500 mil pessoas, que ficariam sem ter onde morar.
Os naxalitas qualificaram essas medidas como um ataque contra os pobres e convocam as massas para resistir e reagir às demolições.
Boicote à farsa eleitoral em cinco estados
O Comitê Central do Partido Comunista da Índia (maoísta) convocou as massas para boicotarem as eleições legislativas nos estados de Assam, Tamil Nadu, Kerala, Pondichery e Bengala Occidental.
O comunicado, assinado por Abhay, porta-voz do Comitê Central do PCI (maoísta) concita:
“Boicotemos as eleições legislativas nos cinco estados! Rechacemos essa farsa de democracia parlamentar podre e corrupta! Bem vinda seja a alternativa do poder político, democrático e popular que, dia a dia, vai se estabelecendo ao nível de base em Dandakaranya, Jharkhand, Bihar, Odisha, Bengala e outros lugares sob a direção de nosso partido e que avança com a finalidade de estabelecer o poder popular em todos os rincões de nosso país!”
Greve geral de 48 horas contra atrocidades policiais
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Protestos e greve contra ação da polícia
O Partido Comunista da Índia (maoísta) convocou um Bandh contra as atrocidades policiais em Dantewada, distrito de Chhattisgarh (região central do país).
O Bandh começou no dia 16 de abril com a distribuição de milhares de boletins denunciando a “Operação Caçada Verde”.
Durante a greve, um grupo de trinta combatentes do Exército Guerrilheiro Popular de Libertação — EGPL — implodiram uma torre de telefonia celular. Outro grupo de guerrilheiros interrompeu uma estrada na fronteira entre Chhattisgarh e Andhra Pradesh. Por último, cerca de 150 combatentes do EGPL atacaram e destruíram a maquinaria de uma empresa de construção no distrito de Surguja, também em Chhattisgarh.
Desastre tira a vida de cinco combatentes do povo turco
Um comunicado à imprensa emitido pelo Partido Comunista da Turquia / Exército de Libertação Marxista-Leninista dos Operários-Camponeses da Turquia (TKP/ML – TIKKO) noticiou a morte, em 2 de fevereiro último, de cinco guerrilheiras que perderam suas vidas em decorrência de uma avalanche. As combantentes vítimas da fatalidade são: Sefagul Kesing (camarada Eylem): nasceu em Erzurum em 1977. Se uniu ao movimento guerrilheiro em 2007. Era comissária política da região de Dersim. Nursen Aslan (camarada Emel): nasceu em Tokat (Mar Negro) em 1981. Se uniu à luta guerrilheira em 1999. Era uma simpatizante avançada do TKP/ML e era comandante na região de Dersim. Gulizar Ozkan (camarada Ozlem): nasceu em 1967 em Dersim. Se uniu à luta guerrilheira em 2005. Era uma simpatizante avançada do partido e foi uma comandante do TIKKO. Fatma Acar (camarada Dilek): nasceu em 1983 em Dersin. Se uniu à luta guerrilheira em 2006. Era uma simpatizante avançada do TKP/ML e comandante do TIKKO. Derya Aras (camarada Sevda): nasceu em 1979 em Erzincan e se uniu à guerrilha em 2009. Era uma simpatizante avançada do TKP/ML e combatente do TIKKO. Apesar do imediato socorro prestado pelos seus camaradas após a avalanche, eles só puderam retirar os corpos sepultados e sem vida das cinco combatentes. O comitê regional do TKP/ML publicou nota afirmando que as cinco camaradas “deixaram uma nota na página da história. Cumpriram, com isso, um papel dirigente em nossa guerra, ensinando às mulheres oprimidas o caminho da liberdade”. |