II Semana Internacional de Apoio à Guerra Popular na Índia
Atendendo à convocação do Comitê Internacional de Apoio à Guerra Popular na Índia, entre os dias 14 e 22 de janeiro, partidos e organizações democrático-revolucionárias em todo o mundo realizaram uma série de mobilizações e atividades na II Semana Internacional de Apoio à Guerra Popular na Índia.
Em Ottawa, Canadá: combativa manifestação em frente à embaixada indiana
Segundo o balanço do Comitê, mais de cem ações ocorreram em cerca de 30 países. Comitês foram conformados e diversas novas organizações e forças antiimperialistas aderiram à Semana.
“Kishenji vive nesta campanha!”- exaltou o Comitê, destacando que as figuras dos dirigentes do Partido Comunista da Índia (Maoísta), Kishenji e Azad, brutalmente assassinados pelas forças de repressão do velho Estado indiano, foram impressas em milhares de faixas, resgatando sua memória e seu exemplo heroico aos proletários e povos oprimidos do mundo.
Em uma saudação de agradecimento pela adesão, o Comitê Internacional de Apoio à Guerra Popular na Índia destacou que “agora o trabalho deve ser continuado em todos os países. Todos os comitês, cada força pode fazer proposições. Que cem flores desabrochem no jardim da solidariedade. Marchamos para a Conferência Internacional de Apoio à Guerra Popular na Índia, que deverá se realizar este ano. Em abril, uma reunião do Comitê Internacional decidirá o local e a data desta Conferência.
Muito obrigado, camaradas!”
Algumas atividades da campanha divulgadas nas páginas revolucionnaxalita.blogspot.com, dazibaorojo08.blogspot.com, indiavermella.blogspot.com e odiodeclase.blogspot.com:
Alemanha
Entre os dias 18 e 22 de janeiro foram realizados debates, concentrações e cerca de 2 mil cartazes e três mil panfletos foram colados e distribuídos em Berlin, Hamburgo e Colônia.
Espanha
O Comitê Proletário Internacionalista e outras organizações democrático-revolucionárias realizaram importantes atividades durante a semana. Entre elas destacou-se a palestra/ato em apoio à guerra popular na Índia, realizada em 21 de janeiro no início da tarde, e a concentração em frente à embaixada da Índia contra a “Operação Caçada Verde”, realizada no final da tarde desse mesmo dia. Essas organizações também realizaram colagens de milhares de cartazes e fizeram pichações em dezenas de muros com dizeres em apoio à guerra popular.
Canadá
No dia 21 ocorreu uma combativa manifestação em frente à embaixada da Índia, em Ottawa, capital do Canadá. Segundo informe do Partido Comunista Revolucionário (PCR) do Canadá, principal organizador do ato, alguns dos presentes viajaram mais de 450 km para participar.
Durante toda a II Semana ocorreram reuniões de solidareidade à guerra popular na Índia e mais de 5 mil exemplares de um jornal especial para a ocasião foram distribuídos em bairros operários e de imigrantes em Toronto, Ottawa, Montreal e Quebec, assim como outras cidades com altas concentrações do proletariado.
Brasil
A Frente Revolucionária de Defesa dos Direitos do Povo (FRDDP) também tomou parte na campanha produzindo milhares de cartazes com as consignas ‘Apoiar a Guerra Popular na Índia’, ‘Abaixo o genocida Estado indiano’ e ‘Viva a resistência popular’. Pichações em apoio à guerra popular na Índia, assinadas pela FRDDP, também foram vistas nos muros de diversas cidades.
PCI (Maoísta) agradece manifestações de apoio
Em um comunicado veiculado em janeiro pelo Comitê Central do Partido Comunista da Índia (Maoísta), Abhay, porta-voz da direção do partido, resgatou a memória heroica de Azad e Kishenji, dois proeminentes dirigentes do partido e da guerra popular na Índia, e concluiu sua declaração com uma saudação especial aos apoiadores da guerra popular e da luta das massas exploradas e oprimidas da Índia:
“Nossa saudação vermelha a todos os escritores e intelectuais que escreveram artigos e relatórios que condenam inequivocamente os assassinatos desses dirigentes. Nosso Comitê Central expressa a sua saudação revolucionária a todos os partidos revolucionários e organizações democráticas de vários países que condenaram o assassinato do camarada Kishenji e a guerra travada pelo governo indiano contra o povo, e àqueles que enviaram mensagens de condolências ao nosso partido.
Nossa direção central está comprometida, uma vez mais, em nome de todo o partido, do Exército Guerrilheiro Popular de Libertação, das organizações das massas revolucionárias da Índia, para avançar além de todos os obstáculos no caminho da realização da Revolução de Nova Democracia, com o objetivo de construir o socialismo e o comunismo, para dar prosseguimento aos objetivos de milhares de mártires, incluindo o companheiro Kishenji, até à sua conclusão.
Nós asseguramos às massas oprimidas da Índia e do mundo que não vamos descansar o feudalismo, a grande burguesia e o imperialismo, bem como todos os reacionários, sejam para sempre enterrados.”
Ações guerrilheiras aniquilam policiais na Índia
Com informações de odiodeclase.blogspot.com
Blindado da polícia fica destruido em ação do EGPL
Em 25 de janeiro, noticiou-se uma ação do Exército Guerrilheiro Popular de Libertação que resultou no aniquilamento de 13 agentes da polícia que viajavam em um veículo blindado. Outros dois agentes das forças de repressão do velho Estado ficaram feridos no mesmo ataque realizado com uma bomba ativada por controle remoto na região de Garwha, oeste do país. Entre os mortos se encontra o subinspetor de polícia Rajbali Chaudary.
Lutas de libertação nacional
Afeganistão
A resistência não descansa
Com informações da agência AFP
No dia 3 de janeiro, na província de Kandahar, sul do Afeganistão, apesar de detido pela polícia, um guerrilheiro conseguiu detonar os explosivos que transportava junto a uma viatura policial matando cinco pessoas e ferindo outras 16, dentre as quais vários policiais.
Entre os dias 3 e 6 de janeiro, cinco membros das forças da Otan foram aniquilados durante ataques a bomba da resistência no sul do país. Dias depois dois policiais foram eliminados e um ficou ferido em uma ação guerrilheira contra a sede da direção de comunicações de Sharana, província de Paktika, no sudeste do Afeganistão.
Em 21 de janeiro, aproximadamente cinco policiais da guarda fronteiriça afegã foram eliminados por uma bomba lançada pela resistência, no oeste.
Um helicóptero de uma empresa ianque, que abastece as tropas de invasão, caiu no sul do Afeganistão, segundo o governo, devido a problemas mecânicos. A resistência, no entanto, afirma tê-lo derrubado.
Outra queda de helicóptero foi registrada no mês de janeiro, dessa vez resultando na morte de seis militares ianques. As causas da segunda queda não foram esclarecidas.
Baixas francesas fazem Sarkozy cogitar retirada
Quatro baixas e outros 17 feridos nas forças invasoras francesas fizeram com que o presidente Sarkozy ordenasse a suspensão de todas as atividades de treinamento e a participação em combates no Afeganistão. Ele ainda cogitou retirar as tropas antecipadamente do solo afegão, tendo mandado o ministro da defesa avaliar a situação in loco. Ele afirmou que essas baixas e feridos foram causados por um Talibã infiltrado no exército títere afegão.
Iraque
A opressão não gera herois
A volta para casa dos combatentes das forças populares é aclamada e comemorada e os combatentes são herois, pelo simples fato de terem combatido, independentemente de feitos cinematográficos em que tenham tomado parte. Foi assim com o Exército Vermelho soviético, ao final da II Guerra Mundial, e de tantos exércitos de libertação, revolucionários ou de resistência contra invasões.
Com os exércitos reacionários, agressores dos povos, a história é muito diferente. Os ‘Rambos’ e ‘Bradocks’ do cinema não apagam nem a vergonha nem a humilhação daqueles que voltam para casa depois de uma invasão a um país distante, nem tampouco conseguem esconder os monstros criados por esse processo.
No dia 2 de janeiro um jovem membro das forças invasoras ianques no Iraque, Benjamin Colton Barnes, teria matado uma guarda florestal após ter sido parado pela mesma por estar em alta velocidade. Fatos como esse se tornaram comuns durante e depois do Vietnã e novamente assombram o USA. O que fazer com os monstros que eles geram na opressão a outros povos?
Outro monstro, com quem os ianques terão que lidar em casa e torcer para que as saudades do combate não o levem a praticar atrocidades em alguma escola ou praça da terra natal, é o atirador de elite reformado Chris Kyle, conhecido como “a lenda”, “o exterminador” e “o diabo de Ramadi”, que afirma ter assassinado 255 pessoas no Iraque. Suas palavras falam por si só: “Adorei o que fiz. Ainda adoro. Se as circunstâncias fossem diferentes – se minha família não precisasse de mim – eu voltaria em um piscar de olhos”, escreve o atirador. “Não estou mentindo nem exagerando quando digo que foi divertido”. [fonte: BBC Brasil]
Sorte ainda pior é a daqueles que se curvam e colaboram com o invasor. Se não conseguem, nem querem, lidar com os veteranos, quem dirá com os colaboracionistas. Iraquianos que colaboraram com as forças de ocupação se queixam de terem sido abandonados pelos ianques e têm sofrido represálias da população no Iraque.
Paquistão
Militares paquistaneses executados pela guerrilha
Com informações Reuters
Em 5 de janeiro noticiou-se a execução de 15 soldados paquistaneses que teriam sido capturados em 23 de dezembro pela guerrilha, quando foi tomada uma fortaleza no distrito de Tank, próximo à fronteira com o Afeganistão. Informa-se que a execução teria sido uma retaliação aos maus tratos e assassinatos que as forças do Paquistão impingem aos guerrilheiros.
Já no dia nove outros dez corpos de soldados foram encontrados na região de Orakzai, no noroeste do país.
USA retoma assassinos “virtuais”
Com informações das agências EFE e AFP
No dia 11, o USA voltou a atacar a guerrilha paquistanesa com os drones, aviões assassinos não tripulados, que permitem aos imperialistas laçarem bombas e promoverem matanças sem arriscarem seus militares. Pelo menos quatro pessoas foram assassinadas nesse ataque realizado próximo a fronteira com o Afeganistão.
Enfurecida, a população paquistanesa saiu às ruas e protestou contra os ataques.
Num novo ataque, realizado no dia 23, quatro pessoas foram assassinadas por mísseis disparados por um drone no Waziristão do Norte, perto da fronteira com o Afeganistão.