Peru
Povo de Cajamarca rechaça mineradora
Com informações de dazibaorojo08.blogspot.com
Milhares de peruanos marcharam contra a mineradora Yanacocha
No dia 11 de abril, milhares de moradores de Cajamarca, no norte do Peru, marcharam pelas ruas agitando as palavras de ordem “Não ao projeto Conga” e “Não à militarização de Cajamarca” em protesto contra o projeto de implantação da mineradora Yanacocha na região.
Uma paralisação geral de 24 horas promovida pela Frente de Defesa de Cajamarca foi deflagrada às 9 horas da manhã, envolvendo em torno de 12 mil pessoas nos distritos de Celedín e Bambamarca.
Moradores da cidade denunciam que um veículo da mineradora Yanacocha se ocupou durante todo o dia em transportar militares e policiais pela cidade e, além disso, teria financiado o transporte, alojamento e alimentação dos efetivos das forças de repressão.
Na manhã do dia 10, diversos veículos da imprensa peruana já haviam noticiado que, na Universidade Nacional de Cajamarca, um grupo de estudantes havia protestado contra o projeto “Conga”, interrompendo as aulas de 6 da manhã às 8 da noite. Cerca de 90% dos oito mil estudantes da universidade estiveram a favor da paralisação.
Cerco e agressão militar em Vizcatán
Com informações de Correo Vermello notícias
Militares peruanos se preparam para atacar EGP em helicópteros
Mais de 1.500 efetivos das forças combinadas do Comando Especial Militar e da Frente Policial do Vale dos rios Apurímac e Ene – Vrae, realizaram, a partir do dia 12 de abril, buscas por ar e terra de combatentes do Exército Guerrilheiro Popular, dirigido pelo Partido Comunista do Peru – PCP.
A alegação do Estado reacionário para a operação militar foi o suposto sequestro de 36 trabalhadores de uma construtora sueca por guerrilheiros. Segundo notícias veiculadas pelas agências internacionais, tal sequestro teria ocorrido e todos os reféns já teriam sido libertados. Veículos da imprensa popular-revolucionária que há anos acompanham a guerra popular no Peru asseveram que este sequestro de trabalhadores não tem ligação com o PCP e que ações desse tipo não condizem com a linha do partido.
Tal incursão das forças de repressão é, de fato, parte da chamada operação “Libertad”, em curso já há algum tempo na área onde está situada a base ‘Unión Mantaro’ das forças armadas reacionárias, considerada estratégica para o velho Estado peruano por estar situada “nas portas de Vizcatán”, região que compreende Ayacucho, no limite com as províncias de Junín e Huancavelica, região central do país. Esta é uma zona montanhosa onde historicamente atua o Exército Guerrilheiro Popular.
Há denúncias de atrocidades cometidas pelas forças de repressão em toda a zona, de dezenas de camponeses desaparecidos e de famílias desalojadas.
No dia 13 um ataque do EGP derrubou um helicóptero tipo UH-1H da Polícia Nacional do Peru – PNP nessa mesma região. A notícia foi dada pelo Ministério do Interior: “os fatos aconteceram quando a aeronave sobrevoava a zona de Lagunas, setor Alto Postakiato, distrito de Echarate, na província de Convención – Cusco”. Um agente da Divisão de Operações Especiais e uma capitã do exército reacionário foram aniquilados pelos guerrilheiros que se retiraram em ordem da área sem baixas do seu lado. Especialistas do exército reacionário afirmaram que se tratou de uma emboscada e que os guerrilheiros utilizaram armamento anti-aéreo para derrubar o helicóptero.
No dia 17 circularam notícias de que helicópteros Mi-17, UH-1H e aviões das forças armadas reacionárias sobrevoavam as regiões de Alto Kepashiato, Alto Lagunas e Alto Postakiato e bombardearam povoações camponesas matando animais de criações e destruindo benfeitorias. O ataque contra essas povoações foi justificado pelo velho Estado como sendo dirigido contra a coluna do EGP que teria derrubado o helicóptero da PNP.
No dia 20, a agência Reuters noticiou que as forças armadas reacionárias realizaram uma ofensiva e expulsaram várias famílias camponesas que vivem e trabalham nessa mesma região.
Nepal
Manifestantes enfrentam revisionistas
Com informações de Correo Vermello notícias
Manifestantes queimam retrato do Primeiro Ministro Baburam Bhattarai
No dia 8 de abril, militantes maoístas da fração liderada por Mohan Baidya (Kiran) ocuparam e fecharam um escritório do Partido Comunista do Nepal – Unificado (Maoísta) – PCN-U (M), dirigido pelo grupo do revisionista Prachanda, no distrito Kailali.
Documentos foram queimados e houve enfrentamentos entre as duas partes.
Há notícias de confrontos entre militantes das diferentes frações e, ao longo do mês de abril, circularam notícias e vídeos na internet de protestos de massas sustentando tochas e bandeiras vermelhas e agitando palavras de ordem em defesa da retomada da guerra popular e contra os revisionistas Prachanda e Bhattarai (dirigentes do PCN-U (M)).
Filipinas
Agentes da reação são justiçados
Com informações de agências internacionais de notícias
Em 10 de abril cerca de 40 combatentes do Novo Exército do Povo – NEP, dirigido pelo Partido Comunista das Filipinas, atacaram um posto policial em Zamboanga do Sul e conquistaram armas para a guerra popular. Os guerrilheiros bloquearam a estrada que dava acesso ao posto policial durante o ataque, impedindo a chegada de reforços policiais.
Três dias depois, guerrilheiros aniquilaram Kewalrao Atkamwar, líder do Partido Nacionalista do Congresso das Filipinas. Ele já havia sido advertido pela guerrilha devido a sua atividade policialesca e antipovo.
No dia 14 de abril, o NEP justiçou a advogada reacionária Melody Delamansi, uma destacada agente anticomunista, além de ferir um policial na província de Bukidnon.
Melody era escoltada por quatro policiais quando os guerrilheiros abriram fogo. Ela já havia sido advertida de que seria alvo da justiça popular caso persistisse com suas atividades anticomunistas.
Guerrilheiros atacam comboio militar
Com informações de odiodeclase.blogspot.com
Em 24 de abril as forças da reação sofreram onze baixas militares e uma civil em uma emboscada empreendida pelo NEP no norte da ilha de Luzón.
Segundo o porta-voz do comando militar nessa região, o coronel Miguel Puyao, os militares foram atacados quando viajavam em um comboio de três veículos na localidade de Tinoc, na montanhosa província de Ifugao. O comboio foi atacado com disparos de armas longas pelos combatentes do NEP que se retiraram para a mata em seguida.