Notícias da Guerra Popular

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Notícias da Guerra Popular

Índia

Ações durante greve de 24 horas

Com informações de revolucionnaxalita.blogspot.com

Em 27 de junho, o Exército Guerrilheiro Popular de Libertação- EGPL, dirigido pelo Partido Comunista da Índia (Maoísta), realizou uma série de ações durante o bandh (greve) de 24 horas, no estado de Jharkhand, no leste do país. O bandh foi um protesto contra a detenção de dirigentes populares em Odisha, a condenação de alguns quadros em Uttar Pradesh e contra as operações das forças policiais voltadas contra os camponeses e maoístas na região.

Um policial foi aniquilado e 15 ficaram feridos em um tiroteio com os guerrilheiros. Em Dhanbad, os combatentes do EGPL dispararam contra uma patrulha da polícia na rodovia Grand Trunk e provocaram explosões em vias ferroviárias. Em Latehar, combatentes naxalitas (como são conhecidos os maoístas na Índia) detonaram uma estação de trem em construção, uma torre de telefonia e um gerador elétrico.

Polícia promove terror em Chhattisgarh

Com informações de odiodeclase.blogspot.com e agência AFP

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Civis massacrados em Sarkeguda. Entre eles, crianças entre 9 e 15 anos

Em 29 de junho, o monopólio da imprensa indiana e a polícia informaram o resultado de uma operação genocida das forças de repressão no estado de Chhattisgarh, leste do país. A agência de notícias AFP afirmou que a operação teria terminado com o assassinato de pelo menos 21 naxalitas e a captura de outros 19 numa região florestal.

No dia 1° de julho, o blog Odio de Clase desmascarou essa farsa afirmando que o que ocorreu de fato foi o assassinato cruel de mulheres, crianças e outros civis desarmados. Em 3 de julho, o blog Revolución Naxalita também confirmou a denúncia.

Mais de 200 agentes da polícia teriam realizado uma matança nas aldeias de Sarkeguda, Kottaguda e Rajpenta. As forças policiais da Índia, ao longo dos últimos anos, vêm desencadeando feroz repressão contra os adivasis (minorias nacionais) usando como pretexto o combate ao EGPL e forjando falsos “enfrentamentos”.

Liberdade para Seema e Vijav!

Trechos do comunicado da Comissão para Libertação de Presos Políticos

Em 13 de junho último, a Comissão para Libertação de Presos Políticos lançou uma carta intitulada ‘O veredicto sobre Seema Azad e Vijay Vishwa, casal preso no ano de 2010 em Khuldabad, Allahabad, pela força tarefa especial da polícia e, posteriormente, entregue ao esquadrão “anti-terrorismo”.

Membros da Organização da União Popular pelas Liberdades Civis (PUCL) se opõem às suas detenções denunciando que eles haviam sido enquadrados quando estavam trabalhando intensamente contra as máfias das terras e as políticas antipopulares do governo. Por mais de dois anos e meio o caso está sendo julgado no Tribunal de Recursos pelo Chefe dos Magistrados Judiciais, em Allahabad. O juiz que tinha ouvido todo o processo do caso foi transferido pouco antes do veredicto ser dado. Assim, enquanto sentenciava Seema e Vishwa Vijay à prisão perpétua sob a acusação de ‘conspiração criminosa’, de ‘travar guerra’ e sob várias disposições da draconiana Lei de Prevenção de Atividades Ilegais (UAPA), o juiz substituto Sunil Kumar Singh ainda impôsu uma multa de cerca de $70.000 sobre o casal. 

Conforme o secretário da PUCL e editor da recista Dastak, Seema Azad vinha consistentemente descrevendo e dando voz à crescente discordância das pessoas contra as políticas antipopulares do governo, como a Expressway Ganga, que fazia o nexo entre políticos, burocratas e a máfia da terra. O Expressway Ganga pode resultar no deslocamento de milhares de camponeses e foi a sua iniciativa que ocasionou o aumento arbitrário das prisões, torturas e encarceramentos de jovens muçulmanos em Azamgarh. A revista Dastak tornou-se um veículo para expressar a voz dos sem voz. E é precisamente isso que o governo quer que a gente acredite como “travando guerra contra o Estado”! Diante das políticas reacionárias travadas pelo governo torna-se inevitável que eles tentem calar vozes como as de Seema Azad e Vijay Vishwa .

O veredicto contra Seema Azad e Vijay Vishwa é contra a natureza dos direitos fundamentais do povo do subcontinente, na medida que avança num longo caminho para criminalizar o perfil de qualquer dissidência política, ou opinião, ou mesmo espalhando  como “travando guerra” contra o Estado. A necessidade de se levantar contra o veredicto de Seema Azad e Vijay Vishwa é uma necessidade da luta por nossos direitos fundamentais, nossas liberdades, nosso direito de pensar criticamente e escolher a vida que bem entendemos no interesse e bem-estar dos vastos setores do povo. O Estado e o governo de Uttar Pradesh devem liberar Seema Azad e Vishwa Vijay incondicionalmente!

Peru

Ataques contra base militar

Com informações de correovermello-noticias

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Socorro a suboficial contrainsurgente ferido

Num momento de mobilizações cada vez mais radicalizadas no Peru, em 4 de julho foi confirmada pelo comando das forças armadas reacionárias a notícia, divulgada pelo canal N, de um novo ataque do Exército Guerrilheiro Popular (EGP), dirigido pelo Partido Comunista do Peru, na região dos Vale dos rios Apurímac e Ene (Vrae). Na ação, foi aniquilado um soldado da base militar Canayre,  no distrito de Llochegua, província de Huanta, em Ayacucho. Não foram registrados feridos.

Cinco dias antes, em 29 de junho, um novo ataque contra a base N° 43 de Cachibamba Grande, na região de Huancavelica, Ayacucho, deixou um suboficial ferido.

Velho Estado sequestra onze crianças

Com informações de correovermello-noticias

No dia 7 de julho, a imprensa reacionária peruana apresentou com estardalhaço e como um “exitoso resgate” o sequestro de onze crianças de um assentamento que foi apresentado como “acampamento guerrilheiro” em San Martín de Pangoa, a 450km a leste de Lima, na região do Vale dos rios Apurímac e Ene (Vrae).

A ação conjunta de exército reacionário e forças policiais ocorreu no dia 6 de julho. Na mesma ocasião, além das crianças sequestradas, homens e mulheres foram presos acusados de pertencer ao Exército Guerrilheiro Popular.

Em declarações a uma TV local, o gerente de turno Ollanta Humala disse que “fuzis e outras armas foram apreendidas, e que entre os presos há um dirigente do PCP”.

Os menores, chamados pela imprensa de “pioneritos”, estão em poder do velho Estado, a cargo do Ministério da Mulher temporariamente até que “se estabeleçam as condições jurídicas de suas mães”.

Fatos semelhantes a esses eram bastante comuns durante os gerenciamentos militares fascistas em toda a América Latina entre os anos de 1960-70. Recentemente, um ex-presidente argentino, Jorge Videla, que já cumpria pena por crimes cometidos durante o regime militar naquele país, foi condenado por sequestrar crianças, filhos de militantes revolucionários presos, torturados e assassinados durante seu gerenciamento.

Filipinas

NEP aniquila cinco soldados

Com informações de odiodeclase.blogspot.com

Em 12 de julho, cinco soldados do exército reacionário filipino foram aniquilados em três ataques realizados por combatentes do Novo Exército do Povo (NEP), dirigido pelo Partido Comunista das Filipinas. As ações aconteceram nos distritos de Paquibato, Calinan e Marilog, na cidade de Davao, sul das Filipinas. 

Leoncio Pitao, dirigente do NEP, afirmou que  “as ações foram em represália pelas operações militares e de inteligência  do Batalhão de Infantaria 69 e 84 contra civis na região”. 

Ao longo das últimas duas décadas, o jornal A Nova Democracia tem se sustentado nos leitores operários, camponeses, estudantes e na intelectualidade progressista. Assim tem mantido inalterada sua linha editorial radicalmente antagônica à imprensa reacionária e vendida aos interesses das classes dominantes e do imperialismo.
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