Índia: policiais aniquilados em ataques
Com informações de Revolución Naxalita
Em 20 de setembro, um paramilitar da Central de Reserva da Polícia Federal identificado como Mahadev Minj foi aniquilado e outros dois ficaram feridos quando combatentes do Exército Guerrilheiro Popular de Libertação – EGPL, dirigido pelo Partido Comunista da Índia (Maoísta), abriram fogo contra uma patrulha na região de Bastar, em Chhattisgarh.
Os policiais foram atacados próximos à um heliporto no distrito de Sukma. Os feridos foram levados ao hospital de Jagdalpur.
Em outra ação do EGPL, um subinspetor da polícia identificado como SI JK Singh foi aniquilado e mais três foram feridos em Bihar. O ataque ocorreu quando os policiais estavam num jeep, a caminho de uma investigação.
Veículos de construtora incendiados
Com informações de Revolución Naxalita
Em 10 de setembro, sete veículos de uma grande empresa dedicada a construção de estradas foram incendiados no distrito de Rajnandgaon por uma unidade do EGPL.
A ação ocorreu próxima ao povoado de Temri, na zona da estação de polícia de Gatapar. O motivo da ação é o fato de o velho Estado indiano estar construindo estradas em Chhattisgarh para facilitar o deslocamento das tropas paramilitares no combate à guerrilha do EGPL.
Brutal repressão contra protestos na Índia
Hugo R C Souza
Brutal repressão contra protesto popular na Índia
A Índia foi mais uma vez palco de brutais episódios de repressão contra protestos populares nas últimas semanas.
Chamou a atenção especialmente a ferocidade com que as forças de repressão avançaram sobre o povo insubordinado no estado de Tamil Nadu, no sul indiano, a fim de abrir caminho para a entrada em operação da maior usina de energia nuclear do país.
Recentemente o gerenciamento da Índia anunciou que se iniciaria a produção de energia nuclear na usina de Kudankulam, a despeito da reiterada oposição do povo local a este tipo de atividade na área litorânea onde vivem, por temerem que a usina não tenha segurança suficiente para suportar um tsunami, o que poderia, em caso de “maremotos” futuros, levar evacuação em massa, doenças e morte às famílias da região, a exemplo do que aconteceu recentemente no Japão.
Na verdade, o plano dos gerentes indianos era de ligar os reatores de Kudankulam ainda em 2011, o que acabou sendo impedido por uma retumbante ação organizada na população local.
Mas neste ano o Estado indiano voltou à carga, insistindo em colocar a usina em operação. Em agosto, o Conselho Nacional Regulador de Energia Atômica liberou o abastecimento de combustível em um dos dois reatores de Kudankulam, o que representa um dos últimos passos antes da produção de energia começar.
Em sua insistência em colocar em operação uma usina nuclear perigosa para o povo, os gerentes da Índia contam com a prestimosa cumplicidade do judiciário do país, que garante pela “via legal” os preparativos para o começo do funcionamento de Kudankulam. Exemplo disso foi a decisão de um tribunal de Chennai, capital do estado de Tamil Nadu, permitindo o abastecimento de um reator com urânio, o combustível da fissão nuclear.
Terrorismo de Estado
Pois no último dia 9 de setembro, cumprindo as promessas de lideranças comunitárias de que o povo iria barrar a famigerada usina nuclear, milhares de pessoas, incluindo mulheres e crianças, marcharam em direção a Kudankulam. Instantaneamente o velho Estado indiano mobilizou uma força repressiva de cinco mil policiais açulados contra a massa e proibiu os protestos populares na região.
Na manhã do dia 10 de setembro eram cerca de 20 mil pessoas acampadas na frente da usina de Kudankulam, sob a liderança do Movimento Popular contra a Energia Nuclear (Pmane). No dia 11 de setembro foi dada a ordem para que os agentes da repressão rompessem o cerco à usina, o que acabou sendo levado a cabo mediante o uso de muita violência contra os manifestantes.
Os policiais avançaram contra a multidão empunhando varas e sprays de gás lacrimogêneo, enquanto o povo se defendia atirando pedras. As pessoas foram sendo encurraladas contra o mar. Para escapar da violência repressiva, muitos entraram na água ou entraram em barcos de pesca. Eles ficaram acuados nas ondas agitadas enquanto os policiais fincaram pé na areia, à espreita. Milhares de pessoas ficaram feridas, sendo que muitas delas tiveram que ser hospitalizadas. Outras tantas foram presas. Um manifestante foi morto pelos cães de guarda da propriedade privada.
Nem sequer são atendidas as reivindicações de que uma comissão nacional independente estude a sismicidade da zona, os efeitos da usina sobre os solos, as águas e os mares próximos, e que se realizem simulacros de evacuação em caso de desastre.
As violentas ações da polícia do estado de Tamil Nadu não pararam por aí. As casas e outros bens de pessoas que participaram da grande manifestação do início de setembro foram atacados e destruídos, escancarando que na Índia o regime em vigor é de um autêntico terrorismo de Estado em nome da causa dos monopólios.
Peru: 20 anos da captura de Abimael Guzmán
Com informações de vnd-peru.blogspot.com.br e edicionesvanguardiaproletaria.blogspot.com.br
Equador: apoio à Guerra Popular no Peru
Por ocasião do vigésimo aniversário do discurso proferido por Abimael Guzmán, o presidente Gonzalo, dirigente do Partido Comunista do Peru, em 24 de setembro de 1992, foram promovidas diversas atividades em defesa do dirigente comunista em diferentes países.
Na Alemanha, a Associação Nova Democracia divulgou a realização de um evento em 26 de setembro que debateu a importância do Presidente Gonzalo para o Partido Comunista do Peru e a revolução peruana, a campanha para defender a sua vida e para que se rompa o confinamento e incomunicabilidade em que ele é mantido desde a sua prisão, e as contribuições do presidente Gonzalo para a ideologia do proletariado. A atividade foi realizada em Hamburgo.
A Associação também promoveu palestras em Estocolmo, na Suécia, e Palermo, na Itália.
O Comitê de Reconstrução do Partido Comunista do Equador organizou uma campanha de agitação e propaganda em torno da celebração do vigésimo aniversário do discurso histórico de Abimael Guzmán. Pichações em muros, estudos e debates da biografia do Presidente Gonzalo, fixação de bandeiras e de faixas, entre outras ações foram realizadas.
Ataque fere oficiais do exército
Com informações da AFP
Segundo informações das Forças Armadas reacionárias peruanas, no dia 26 de setembro, três sargentos do exército foram feridos em um ataque do Exército Guerrilheiro Popular, dirigido pelo Partido Comunista do Peru no distrito de Vilcabamba, província de La Convención, região de Cuzco. Após o ataque os oficiais foram removidos para um hospital em Lima.
Confrontos entre mineiros e polícia
No dia 22 de setembro, operários de minas que trabalham para a empresa canadense Barrick Gold Mine Pierina bloquearam uma estrada que liga a mina à cidade de Huaraz.
Os mineiros, em sua maioria membros da comunidade vizinha de Mareniyoc, acusam a empresa de provocar falta d’água em toda a região devido ao desenvolvimento de suas atividades e exigem que ela forneça uma fonte de água para os moradores. As forças de repressão do velho Estado reprimiram brutalmente o protesto. Pelo menos quatro manifestantes foram feridos. Desde julho de 2011, 19 pessoas foram assassinadas pelas forças policiais durante protestos populares em defesa dos recursos naturais e contra a destruição promovida pelas grandes empresas estrangeiras no país.