Índia: emboscada e justiçamento de reacionários
Dois soldados da Força Central de Reserva da Polícia – CRPF foram aniquilados na região de Midnapore Ocidental por combatentes do Exército Guerrilheiro Popular de Libertação – EGPL, dirigido pelo Partido Comunista da Índia (Maoísta). A notícia foi divulgada pelo blog Revolución Naxalita no dia 1° de outubro.
O superintendente da polícia, Sunil Chowdhuri, declarou que o subinspetor RN Mahakud e o xerife Vijay Bhaskar Reddy foram gravemente feridos num tiroteio com os maoístas e morreram mais tarde no Hospital de Midnapore.
Os combatentes do EGPL surpreenderam os policiais quando estes ingressavam em um acampamento dentro de uma floresta em Midnapore. Esse acampamento do batalhão CRPF 184 era voltado para o treinamento especial de combate à chamada “ameaça maoísta”.
Também foi noticiado que, no final de setembro, combatentes do EGPL justiçaram Umesh Singh, deputado e vice-chefe da aldeia de Sukki, no distrito de Vaishali-Bihar, conhecido por suas práticas reacionárias. Sahis Girish, membro do Congresso Trinamool, teve o mesmo fim. Após o seu justiçamento, os maoístas deixaram um cartaz acusando Sahis Girish de ser um informante da polícia e exigindo a retirada das forças de “segurança” conjuntas da Selva Mahal.
EGPL ocupa reunião do governo
Com informações de revolucionnaxalita.blogspot.com
Segundo informações do jornal The Times of India, em 8 de outubro guerrilheiros do EGPL ocuparam o local onde se realizava uma reunião do governo local, chamado Palli Sabha, no estado de Odisha, e retiveram agentes governamentais por várias horas.
Um grupo composto por cerca de 10 guerrilheiros maoístas ocupou o espaço e manteve cerca de 13 agentes detidos.
Antes de se retirar, o EGPL entregou uma lista de exigências e advertiu os funcionários do governo para que não se reúnam novamente.
Essas reuniões governamentais fazem parte do chamado programa de capacitação “Gram Sabha”. Tal programa visa o controle total dos recursos florestais e engloba um pacote assistencialista para as populações tribais. Somado a isso, é aplicado um conjunto de medidas, inclusive militares, para o combate aos naxalitas (como são conhecidos os maoístas na Índia).
O EGPL já havia advertido o governo que não realizasse reuniões desse tipo.
Peru: ataque a aeroporto
Com informações de dazibaorojo08.blogspot.com
Ação da EGP destrói helicópteros que serviam à mineradora
Em 6 de outubro, uma coluna do Exército Guerrilheiro Popular – EGP, dirigido pelo Partido Comunista do Peru – PCP, atacou o aeródromo comercial de Kiteni, localizado em uma área florestal de Cusco. O ataque destruiu três helicópteros que prestavam serviços para as empresas do complexo de Camisea, que explora os recursos minerais da região.
Os guerrilheiros tomaram as armas dos seguranças do local antes de se retirarem para a mata.
A ação coincidiu com a visita ao país do Secretário de Defesa do USA, Leon Panetta, para tratar da colaboração do Estado ianque visando o “combate aos traficantes de drogas e guerrilheiros”.
Filipinas: massacre de camponeses
Em uma incursão realizada em 29 de setembro na zona rural da província de Sultan Kudarat, o exército reacionário filipino assassinou Datuwata Andy, de 24 anos, pequeno proprietário rural, e Ronald Malley, estudante, de 16 anos. Ambos eram Teduray, população tribal originária do arquipélago. Para tentar justificar esses assassinatos, as forças armadas sanguinárias afirmaram que os dois pertenciam ao Novo Exército do Povo (NEP) e ao Partido Comunista das Filipinas, que há décadas dirige a guerra popular no país.
Os camponeses e a população local denunciam essa ação, realizada em uma área que é alvo da cobiça de grandes empresas mineradoras transnacionais que pretendem explorar a região.
