Notícias da Guerra Popular

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Índia: ações contra polícia e construtora

Com informações de revolucionnaxalita.blogspot.com

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Minoria Rabha se manifesta contrária à farsa eleitoral dos que não respeitam seus costumes

Um policial foi aniquilado e quatro combatentes do Exército Guerrilheiro Popular de Libertação – EGPL, dirigido pelo Partido Comunista da Índia (Maoísta), foram presos durante um combate travado no dia 5 de fevereiro em uma região de selva nas proximidades de Matrukha, no distrito de Giridih.

O combate se desenvolveu após um ataque do EGPL contra um grupo de policiais que se deslocava para uma operação contra a guerra popular.

Em outra ação, os guerrilheiros maoístas incendiaram quatro máquinas pesadas de construção de estradas em Dantewada. A imprensa indiana especula que o ataque contra as máquinas pode ter sido levado a cabo por integrantes das Milícias Populares Armadas de Base, compostas fundamentalmente por camponeses e populações tribais nas áreas onde atua o PCI (Maoísta).

Velho Estado promove matança

Segundo a agência Reuters, pelo menos oito camponeses foram assassinados e um número desconhecido ficou gravemente ferido pela polícia durante um protesto na região povoada pela minoria nacional Rabha em 12 de fevereiro.

A população se opõe à imposição do velho Estado, que pretende sujeitá-la à farsa eleitoral. Os Rabha denunciam que os governantes e partidos eleitoreiros são contrários a suas tradições e costumes. Os manifestantes dirigiram-se às aldeias do distrito de Goalpara, região oeste do estado de Assam, empunhando lanças e tochas, e tentaram impedir a abertura dos colégios eleitorais quando foram atacados pela polícia.

A região onde vivem os Rabha está próxima da fronteira com Bangladesh, onde se desenvolve intensa luta de libertação nacional.


Filipinas: baixas entre militares e paramilitares

Um soldado do exército reacionário e um paramilitar foram aniquilados em diferentes ataques do Novo Exército do Povo (NEP), dirigido pelo Partido Comunista das Filipinas, em Compostela Valley e Agusan do Sul. A notícia foi divulgada pelo blog Odio de Clase no dia 8 de fevereiro.

O tenente-coronel Randolph Gabangbang, porta-voz do exército, disse que o soldado morreu em decorrência das graves lesões sofridas em um ataque quando realizava uma patrulha em Compostela Valley. Um número indeterminado de guerrilheiros realizou ações simultâneas nas Bases de Patrulha do Exército em Anitapan e Malamudao.

Já na cidade de Vereuela, em Agusan do Sul, os combatentes do NEP atacaram um posto paramilitar em Sinubong, afirmou o tenente Hazel Tabago, chefe da 41º Companhia Civil de Operações Militares. Testemunhas alegam que os guerrilheiros armados com pistolas calibre 45 entraram na casa do paramilitar Alipon e o aniquilaram.


Peru: médico peruano é preso arbitrariamente na Espanha

Com informações de Correovermello-noticias

No final de janeiro, o médico peruano Luis Enrique Paredes del Pino, pertencente ao Serviço de Emergências de Illescas, no Estado espanhol, foi arbitrariamente detido e mantido preso durante três dias sob a acusação de ter apoiado o “Sendero Luminoso”, nome dado pela reação ao Partido Comunista do Peru, nos anos de 1990.

Ele foi preso quando se dirigia com sua esposa, também médica, para fazer compras e, em seguida, levado a uma delegacia de Madri e teve que esperar três dias para poder prestar seu depoimento e recuperar a sua liberdade.

Fontes ligadas ao Serviço de Saúde espanhol afirmam que o Dr. Paredes foi preso por uma questão completamente alheia ao seu desempenho profissional. Ele vive no país há pelo menos 20 anos e é reconhecido como um profissional discreto e exemplar, que desenvolve seu trabalho normalmente há mais de dez anos.

O médico peruano corre o risco de ser extraditado para o Peru. Há notícias de que as “autoridades” peruanas deverão, em um prazo de 40 dias, remeter a documentação de Luis Enrique Paredes del Pino solicitando a sua extradição. Até o momento, o juiz da Audiência Nacional, Santiago Pedraz, acordou a “liberdade com comparecimentos semanais” do médico, e caberá também a essa instituição a decisão sobre o processo de extradição.

Fontes jurídicas argumentam que o Dr. Paredes tem o direito de permanecer no Estado espanhol e exercer normalmente a sua profissão porque possui dupla nacionalidade, tem emprego e residência fixa. Os vizinhos, conhecidos e colegas de trabalho do Dr. Paredes expressaram grande surpresa por sua prisão. Ele é conhecido por sua tranquilidade, qualidade indispensável às pessoas que prestam auxílio aos feridos em acidentes de trânsito e vítimas de acidentes de trabalho.

“A polícia me conhece, tenho meu passaporte espanhol em ordem, tenho contas em bancos, conhecem meu domicílio. De clandestino não tenho nada”, declarou o médico logo que recobrou a liberdade. Ele foi reincorporado ao seu posto no serviço de urgências do Centro de Saúde de Illescas.

Após sua última detenção, o Dr. Paredes teve acesso a toda a documentação desde sua primeira passagem pela maquinaria judicial peruana e pôde compreender melhor o intrincado processo arquitetado pela reação peruana para incriminá-lo.

Em seu processo constam anotações desde o tempo em que trabalhou no serviço de urgências do Hospital Regional de Huacho, a cerca de 150 km de Lima, capital do Peru. Foi lá que em 1993 ele atendeu um casal que supostamente militava no Partido Comunista do Peru. Soube então que essa mulher, que teria renegado a luta armada e se sujeitado a uma “Lei de Arrependimento” sancionada pelo gerenciamento fascista de Fujimori, teria citado seu nome como membro de uma possível célula do partido. Ele foi detido sob a acusação de “terrorismo”, submetido a um tribunal militar e julgado por um “juiz sem rosto”. Os juízes sem rosto peruanos, com suas caras cobertas, condenaram, entre 1992 e 1995, cerca de dois mil presos políticos. Após 98 dias de detenção, sem ter seu envolvimento com o “Sendero Luminoso” comprovado, o Dr. Paredes foi libertado e retornou às suas atividades médicas, mas continuou sendo alvo de constante perseguição até embarcar, em 1994, para a Espanha, onde passou a viver e trabalhar.

Passados tantos anos, ele se vê mais uma vez envolvido nas tramas do velho Estado peruano, que apesar de haver declarado por inúmeras vezes o “fim do Sendero Luminoso”, jamais deixou de perseguir, prender e assassinar lutadores do povo e trabalhadores alegando “combate ao narcoterrorismo”.

Inúmeras organizações de defesa dos direitos do povo na Europa tem se mobilizado e organizaram uma petição com os seguintes termos:

“Que as autoridades espanholas rechacem qualquer solicitação de extradição do Dr. Paredes del Pino, baseada na presente ordem internacional emitida sob acusações carentes dos devidos procedimentos legais, formuladas na época da ditadura de Fujimori”.

A petição pode ser acessada através do link: www.gopetition.com/petitions/libertad-para-el-dr-paredes-del-pino-liberdade-para.html

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