Índia
Propaganda armada para operários
Greve geral na Índia em protesto contra a prisão de líderes populares
Greve geral na Índia em protesto contra a prisão de líderes populares
A Guerra Popular dirigida pelo Partido Comunista da Índia (maoísta) avança rompendo o cerco militar imposto pela Operação "Caçada Verde" e conquista novas vitórias.
Em 15 de junho, uma ação dirigida pelos naxalitas (como são chamados os combatentes do Exército Guerrilheiro Popular de Libertação – EGPL dirigido pelo PCI (maoísta)), incinerou as máquinas da indústria Adhunik e do Grupo de Indústrias Runta. Durante a ação os combatentes maoístas distribuíram panfletos entre os operários das fábricas.
Alcaguetes revisionistas são justiçados
No dia 19 de junho, combatentes do Exército Guerrilheiro Popular de Libertação – EGPL aniquilaram dois informantes da polícia, membros do revisionista PCI (Marxista). Esse partido revisionista governa o estado de Bengala Ocidental e é uma ferramenta do Estado indiano na repressão à Guerra Popular e às massas daquele país.
Os informantes Nilkanta Mahato e Thakurdas Mahato foram encontrados nas redondezas da aldeia de Garh Salboni em Midnapore, Bengala Ocidental, mortos com tiros. Volantes assinados pelo PCI esclareciam as razões do justiçamento e explicavam que os dois mortos eram informantes da polícia e que agiam contra o povo. O volante ainda relatava que dias antes, justamente em Midnapore, ocorreu uma operação policial na qual oito combatentes maoístas foram mortos graças à ação de informantes que forneceram sua localização aos órgãos de repressão.
Greve geral paralisa vários estados indianos
A greve geral convocada pelo PCI (maoísta) em meados de junho teve grandes repercussões nas regiões selváticas e em várias cidades indianas. Esta greve geral que atingiu os estados de Bihar, Orissa, Jharkhand, Chhattisgarh e Bengala Ocidental foi um protesto contra a prisão de líderes populares nos distritos de Rohtas, Patna, ambos no estado de Bihar.
Combatentes do EGPL incendiaram uma estação de trens e um banco em Gaya, no estado de Bihar. Em seguida os guerrilheiros atacaram um posto policial e um posto avançado da Polícia Auxiliar Especial.
No distrito de Jamui, mais de 50 combatentes maoístas armados cercaram a sucursal Khadi Gram do Banco do Estado da Índia, explodiram o cofre e expropriaram o dinheiro para a Guerra Popular.
Em outra ação, mais de cem guerrilheiros atacaram um acampamento da Polícia Auxiliar Especial no distrito de Rohtas. Ainda durante a greve geral, um destacamento do EGPL executou Sunil Karmakar, membro do revisionista Partido Comunista da India-Marxista (PCI-M) e integrante do governo local.
Himmat Singh, um membro da Força Central de Reserva da Polícia indiana foi aniquilado pelos guerrilheiros maoístas em Chaibasa, distrito de Singhbhum.
Ataque contra delegacia em Dantewada
Combatentes do Exército Guerrilheiro Popular de Libertação dirigiram um contundente ataque contra uma delegacia de polícia na região de Dantewada. Fontes da polícia local informaram que o ataque contra a delegacia ocorreu enquanto os maoístas realizavam uma segunda ação e enfrentavam contra patrulhas policiais em um mercado próximo. Esta segunda ação deixou três policiais mortos.
Renhido combate na selva Kalaboni
Em 27 de junho último uma vigorosa ação do EGPL atacou dispositivos paramilitares na selva Kalaboni, no disstrito de Midnapore. Os enfrentamentos entre os guerrilheiros e as forças paramilitares duraram mais de sete horas e resultou em um policial e um combatente maoísta mortos.
Campanha pela libertação de dirigente
Com informações do Comitê para a Libertação de Presos Políticos
Denúncias veiculadas por organizações de luta pelos direitos do povo e ativistas do Comitê para a Libertação de Presos Políticos na Índia noticiam o desaparecimento do dirigente Subramanyam Varanasi, membro do Comitê Central do Partido Comunista da Índia. O dirigente conta 55 anos de idade, nasceu em Malkapuram e é conhecido entre as massas oprimidas da índia como Srikant, Aman, Saroj ou Vikas. Quando era estudante na Universidade de Andhra, apoiou a luta revolucionária dos camponeses e militou na União Radical de Estudantes, sendo eleito seu presidente. Formou-se em direito e trabalhou como advogado.
Seu compromisso inquebrantável com a causa dos pobres o fez se aproximar dos trabalhadores das minas de carvão de Singareni. A partir de então, Varanasi converteu-se em um líder popular da classe operária. Organizou o sindicato dos mineiros e tornou-se um inimigo declarado do velho Estado indiano. A repressão colocou o sindicato na ilegalidade, bem como o partido do qual era militante: o PCI (marxista-leninista) – Guerra Popular. Subramanyan Varanasi encontra-se desaparecido desde a noite de 6 de junho último. Durante dias seguidos buscaram contatá-lo sem obter sucesso.
As denúncias das organizações de luta pelos direitos dos povos na Índia afirmam que Varanasi foi detido em uma operação conjunta da Oficina Central de Inteligência e o Centro de Investigações Especiais da polícia.
Campanha por sua apresentação pública
Varavara Rao, um conhecido poeta revolucionário indiano vem liderando uma ampla campanha pela defesa da vida e integridade física de Subramanyam Varanasi. Ele denuncia que desde esta data o dirigente perdeu todo o contato com o restante do partido. Supunha-se que ele deveria comparecer a um encontro com seus camaradas em Badayun, em Bengala Ocidental em 17 de junho, não tendo comparecido a este encontro.
O Comitê para a Libertação de Presos Políticos manifestou grande preocupação pela integridade física de Subramanyam Varanasi, afirmando que existe uma ameaça real de que ele possa ser eliminado pelas forças de repressão do velho Estado indiano. O Comitê exige, através de uma declaração pública, que Subramanyam Varanasi seja apresentado à justiça e que tenha acesso a um advogado de sua escolha. A demora na sua apresentação é uma flagrante violação dos seus direitos como prisioneiro do velho Estado.
Golpe demolidor da guerrilha elimina 26 policiais
Pelo menos 26 policiais morreram e sete ficaram feridos em uma emboscada do EGPL no estado de Chhattisgarh, Índia central. Em 29 de junho último o Secretário de Interior da Índia, G. K. Pillai, confirmou a morte dos 26 policiais à imprensa indiana. O ataque foi realizado na zona de selva do distrito de Narayanpur, quando uma patrulha de 64 militares da Força da Reserva Central da Polícia fazia uma incursão no local e foi vigorosamente rechaçado pelos guerrilheiros.
Estado peruano aumenta seu arsenal de guerra
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Escalada de provocações à Coreia do NorteHugo R C Souza O USA e o governo títere da Coreia do Sul querem usar o naufrágio de um navio de guerra sul-coreano no mar Amarelo para preparar o terreno para uma nova agressão imperialista, dessa vez contra a República Democrática Popular da Coréia (vulgarmente tratada como Coréia do Norte). A rigor, a acusação de que uma corveta com bandeira da Coreia do Sul foi torpedeada a mando de Pyongyang é mais um episódio da escalada de provocações à Coreia do Norte, país transformado em alvo dos ianques por Bush, reiteradamente difamado por Obama, e que agora, como o Irã, cada vez mais se vê como palco das disputas entre as potências ora no plano do Conselho de Segurança da ONU, mas futuramente como campo de batalha de mais uma sangrenta guerra pela partilha do mundo. A corveta Cheonan foi bombardeada no dia 26 de março, em episódio no qual quarenta e seis marinheiros sul-coreanos morreram. No dia 20 de maio, apareceu um relatório obscuro assinado por militares e técnicos do Reino Unido, Austrália, Canadá, Suécia e, claro, do USA, acusando Pyongyang de ser responsável pelo ataque. 'Radiação incomum' na fronteiraComo "prova", os "peritos", ou melhor, falseadores a serviço do imperialismo apresentaram um fragmento de torpedo, encontrado como em um passe de mágica "na fase final de investigação", com a inscrição "Nº 1", o que seria compatível com um torpedo norte-coreano encontrado no mar Amarelo sete anos atrás. Dupla sorte (!): após a explosão de 250 quilos de explosivos, os afortunados investigadores acharam, no meio do oceano, o exato pedaço de torpedo que "incrimina" a Coreia do Norte. O que não consta no relatório da "comissão internacional" é o fato de que nenhum barco ou submarino norte-coreano foi rastreado na zona marítima altamente monitorada por radares sul-coreanos e por satélites ianques. Não importa a qualidade das "provas" apresentadas. O imperialismo tratou logo de fazer ouriçar o discurso e os movimentos beligerantes, com a Coreia do Sul, obedecendo o USA, realizando um ostensivo exercício de guerra com 10 navios militares no mar Amarelo, e a Rússia marcando posição ao contestar o relatório que acusa a Coreia do Norte e enviando para o local os seus próprios investigadores a fim de produzir o relatório adequado às pretensões imperialistas gerenciadas desde Moscou. Outra provocação mal ensaiada aconteceu no dia 21 de junho, quando a administração de Seul fez circular nas agências de notícias internacionais, em meio aos desdobramentos do caso da corveta abatida, que seus funcionários haviam detectado níveis incomuns de radiação na fronteira com a vizinha do norte, em mais uma tentativa de implicar Pyongyang na prática do terrorismo nuclear, o que, como se sabe, é uma prática contumaz do USA. Provocadores tentam se fazer de provocadosPouco antes, no dia 18 de junho, coube ao novo chefe militar da Coreia do Sul voltar a rufar os tambores da guerra em nome do imperialismo e de seus lacaios, ao dizer que assumia o cargo de comandante das forças armadas para preparar o país para "lidar com quaisquer provocações vindas da Coreia do Norte". São os provocadores tentando se fazer de provocados. A cúpula militar sul-coreana foi substituída no esteio do caso do navio afundado. Oficialmente, a justificativa para a troca de comando foi a suposta demora para a assunção de uma postura sobre o episódio. Até mesmo a Copa do Mundo vem servindo de mote para os verdadeiros provocadores. Após a derrota da seleção da Coreia do Norte para o time de Portugal pelo placar de sete a zero, o monopólio internacional dos meios de comunicação burgueses fez circular a "notícia" de que os jogadores norte-coreanos poderiam ser mandados pelo presidente do seu país, Kim Jong Il, para campos de trabalho forçado, isso depois de já ter sido bufado pelo cartel da mentira que alguns atletas queriam "desertar". Cada vez mais se confirma que a península coreana será um dos palcos da guerra para a qual a crise do imperialismo empurra os blocos de poder em concorrência. |