Índia
Enfrentamento nas montanhas
Com informações de revolucionnaxalita.blogspot.com
Um oficial da polícia indiana foi morto no dia 10 de setembro durante um intenso combate entre combatentes do Exército Guerrilheiro Popular de Libertação — EGPL, dirigidos pelo PCI (maoísta), e as forças de repressão do velho Estado indiano. O enfrentamento se deu em uma região montanhosa do distrito de Jharkhand. Entre os efetivos das forças de repressão feridos estava Ravi Shankar, membro da Força Especial de Tarefas da polícia indiana.
Greve geral e ações guerrilheiras em seis estados
Com informações da revista indiana Outlook
EGPL realizou dezenas de ações durante a greve geral em setembro
Dezenas de ações guerrilheiras empreendidas pelo EGPL marcaram o Bandh(Greve Geral) de 48 horas convocado pelos maoístas em seis estados indianos no dia 13 de setembro. A greve ocorreu em Bengala Ocidental, Bihar, Orissa, Jharkhand, Chhattisgarh, Andhra Pradesh, e se estendeu por Gadchiroli, Bhandara e pelos distritos de Chadrapur, Maharashtra e Madhya Pradesh Balaghat.
O Bandh foi convocado como parte da campanha pela investigação da morte do dirigente maoísta Cherakuri Rajkumar, conhecido pelas massas revolucionárias indianas por camarada Azad, que foi assassinado pelas forças de repressão do Estado indiano em 2 de julho.
Em uma emboscada em Chhattisgarh morreram dois policiais e cinco membros do revisionista PCI (marxista) foram executados em Bengala Ocidental.
Em Dantewada, os guerrilheiros atacaram um posto policial e, após cerrado tiroteio, se retiraram para a selva deixando dois policiais mortos.
Na parte oeste de Bengala Ocidental, no distrito de Midnapore, os naxalitas (como são conhecidos os maoístas na Índia) cercaram e tomaram o povoado de Nachupatina, já próximo à fronteira com o estado de Orissa, e justiçaram cinco membros do reacionário PCI (marxista). Após esta ação, boletins foram deixados esclarecendo à população que todos os mortos eram colaboradores da polícia.
No distrito de Garhwa os maoístas mataram Rajeshar Paswan, um informante da polícia. Outro homem acusado de ser colaborador da polícia foi executado no mesmo distrito, na vila de Panchadumar.
No distrito de Karmavad Giridi, combatentes do EGPL dinamitaram um trecho da via férrea impedindo o transporte de minério. Em Sahapur Hazaribagh, os maoístas queimaram uma máquina escavadora de uma grande mineradora estrangeira.
EGPL provoca mais baixas ao velho Estado
Com informações da imprensa indiana
A Guerra Popular dirigida pelo PCI (maoísta) causou novas baixas às forças de repressão do velho Estado indiano. No último 20 de setembro, três policiais foram mortos e outros três estão desaparecidos após um contundente ataque guerrilheiro contra um comboio policial no distrito de Bijapur em Chhattisgarh.
Após este contundente ataque dos naxalitas, as emissoras de televisão indianas veicularam reportagens sobre o poderio bélico dos maoístas, que, segundo as reportagens, possuem “lança-granadas, fábricas de armas, fuzis AK-47 e muito mais”.
Azad foi executado e não morto em combate
Com informações de revolucionnaxalita.blogspot.com
Um laudo pos-morten recentemente divulgado pela imprensa indiana aponta que Cherukuri Rajkumar, o “camarada Azad”, dirigente do PCI (maoísta), foi assassinado a queima-roupa pelas forças de repressão do Estado indiano.
Contradizendo a versão dada pela polícia de Andhra Pradesh, que alega ter matado Azad em um confronto nas florestas do distrito de Adilabad, entre 23:00 e 23:30 h do dia 1 º de julho, o relatório pos-morten conclui que ele foi assassinado por um disparo a curta distância, desmascarando assim a fria execução do dirigente maoísta cometida pelas forças de repressão do velho Estado indiano.
Logo do assassinato de Azad, O PCI (maoísta) divulgou comunicado afirmando que ele havia sido preso em Nagpur, levado para Adilabad num helicóptero e executado a sangue frio no dia 2 de julho, juntamente com um homem chamado Hemchandra Pandey.
Turquia
Cantora é condenada à prisão por denunciar fascismo
Em setembro último, a jovem cantora Pinar Sag foi condenada a quatro anos de detenção pelo Estado fascista turco, acusada de fazer “propaganda enaltecedora” de Ibrahim Kaypakkaya, fundador e dirigente do Partido Comunista da Turquia / Marxista-Leninista — TKP/ML, assassinado brutalmente pelas forças de repressão em 1973.
Durante o festival musical Baba Düzgün realizado no distrito de Nazimiye Tunceli (Anatólia), em 2009, ela denunciou veementemente o assassinato de 17 pessoas pelas forças de repressão do Estado turco acusadas de “terrorismo”.
— Eram 17 jovens desarmados, camaradas de Kaypakkaya, que sempre se mantiveram de pé contra o poder fascista.
Na ocasião, a cantora fez um apelo contra as incursões armadas das forças de repressão nas regiões montanhosas do país.
— Interrompam as incursões armadas, a paz deve vir e ninguém deveria morrer. 17 jovens desarmados foram mortos nas montanhas Mercan. Temos o direito de viver livremente e em paz em nossa pátria — disse Pinar Sag na ocasião.
Jornalista turca é prisioneira política do velho Estado
Com informações da Associação Internacional dos Advogados do Povo — IAPL
Estima-se que o Estado fascista da Turquia mantenha oito mil presos políticos, sendo a maioria prisioneiros pré-julgados e não sentenciados.
A jornalista Suzan Zengin é um exemplo disso. Ela foi pressa no dia 29 de agosto de 2009 pelas forças especiais da polícia, na sua casa, diante de seu marido e filho. Durante o ataque e prisão eles não disseram o motivo pelo qual a estavam prendendo. Os advogados foram impedidos de ver as acusações do caso mesmo várias semanas depois de sua prisão. Ela encontra-se detida na prisão Feminina em Bakirkoy/Istambul.
Suzan Zengin é acusada de redigir artigos com “elementos e sinais criminosos” e é acusada de pertencer a “uma organização ilegal”. Em 26 de agosto de 2010, ela foi levada para uma audiência que foi adiada para fevereiro de 2011. Suzan apresenta quadro de saúde bastante debilitado e necessita de cuidados médicos que lhe vêm sendo restringidos ou negados.
Filipinas
Estado reacionário viola direitos do povo
Com informações de www.allvoices.com
O Novo Exército do Povo — NEP emitiu um comunicado em setembro último denunciando o recrutamento forçado de crianças pelas forças de repressão do velho Estado e outras violações contra os direitos do povo. O NEP é dirigido pelo Partido Comunista das Filipinas e há mais de quatro décadas empreende a guerra popular naquele país.
O comunicado do NEP acusa o velho Estado de “violar as leis e protocolos internacionais que regem a conduta da guerra e as proibições contra o uso ou exploração de crianças. O NEP não tem combatentes menores em suas fileiras. Ele adere aos princípios e instrumentos da lei internacional humanitária e dos direitos humanos, princípios reiterados pelo Comitê Central do Partido Comunista das Filipinas em seus documentos e pelo Memorando sobre a Idade Mínima de Recrutamento para o NEP”.
O comunicado do NEP ainda denuncia detenções ilegais, tortura, ameaças contra povoados, expulsão de moradores, casas saqueadas, execuções extrajudiciais, estupros, e inúmeras outras violações de direitos dos povos nas filipinas.
“A intensa militarização do país só tem servido para alienar as pessoas de suas terras e meios de subsistência, servir e proteger os saqueadores das grandes empresas locais e estrangeiras. Convocamos o povo para se mobilizar e manter-se vigilante para frustrar estas campanhas genocidas. A verdadeira justiça só poderá ser alcançada através da intensificação da revolução democrática do povo.” — concluiu o NEP em seu comunicado.
NEP intensifica ações militares
Com informações de odiodeclase.blogspot.com
Uma diretiva do Partido Comunista das Filipinas publicada em setembro orientou o Novo Exército do Povo a intensificar as ofensivas em Mindanao, segunda maior ilha localizada ao norte do arquipélago das Filipinas.
— Esta decisão é uma resposta às atividades militares do exército reacionário das Filipinas — explicou Jorge Madlos, porta-voz da Frente Democrática Nacional, organização de caráter popular-revolucionário em defesa da revolução democrática do povo filipino.
Madlos afirmou que a diretiva se estendeu às unidades do NEP em outras partes do país e que nos últimos dois meses o NEP realizou cerca de cinquenta ataques, resultando em 17 mortes entre integrantes das forças de repressão do velho Estado.
Peru
Ianques comandam contrainsurgência no Peru
Com informações da agência Ansa
No início de setembro o ministro da defesa peruano, Rafael Rey afirmou ser “factível” a “ajuda” militar dos ianques ao gerenciamento Alan García, com a presença de tropas no país.
Em entrevista coletiva, Rafael Rey declarou que “aceitará toda a ajuda e colaboração sempre, seja a que solicitamos, a que precisamos e a que desejamos” e que “permitiria o ingresso de soldados do USA para ajudar no controle e combate ao tráfico de drogas”.
O “narcotráfico” é a principal justificativa do velho Estado peruano para atacar o povo e os militantes do Partido Comunista do Peru — PCP, vulgarmente chamado de Sendero Luminoso pela reação. Nos últimos meses tem crescido a contrapropaganda do monopólio da imprensa sobre a ligação dentre o “Sendero Luminoso” e o “narcotráfico”, buscando assim calar as ações da Guerra Popular que vinham ocupando os principais noticiários no Peru, com grande repercussão no estrangeiro.
Alan García dá boas vindas aos ianques
Há pouco menos de um ano das eleições presidenciais no Peru, o atual gerente de turno Alan García deu entrevista à rede televisiva ianque CNN reclamando para si o posto de vendilhão da vez.
— Em todos os assuntos que sejam humanos e universais eu não faço questão de soberania e patriotismo. Se os estadunidenses quiserem colocar tropas em treinamento, como possuem helicópteros e controladores de satélite e de comunicações, chegarão em boa hora — declarou Alan Garcia, acrescentando — Uma vez eu disse ao presidente Obama: “a culpa é sua, porque você colocou todo o dinheiro no Plano Colômbia, enquanto no Peru não colocou nada”.