Índia
Ações armadas contra a presença de Obama
Na primeira semana de novembro o PCI (maoísta) convocou o Bharat bandh (greve geral) de 24 horas contra a passagem do presidente ianque Barack Obama pela Índia.
Durante a paralisação geral, o EGPL empreendeu uma série de ações armadas.
No estado de Bengala Ocidental, quatro informantes policiais foram executados no distrito de Midnapore. Já no distrito de Bankura, uma coluna guerrilheira enfrentou forças policiais no bosque Lithla, próximo à estação de Ranibandh.
No estado de Bihar, dois policiais morreram e quatro ficaram feridos durante um ataque de bombas lançadas pelos guerrilheiros maoístas no distrito de Gaya. Outros dois membros das forças especiais da polícia também ficaram feridos durante este taque. No distrito de Muzaffarpur, dez vagões de um trem de mercadorias descarrilaram após explosões realizadas pelos combatentes do EGPL na linha férrea. O tráfego ferroviário ficou interrompido durante toda a noite.
No estado de Orissa, os combatentes do EGPL justiçaram pessoas acusadas pelas massas de extorquir dinheiro dos camponeses enquanto faziam-se passar por “maoístas”.
O Comitê Central do Partido Comunista da Índia (maoísta) publicou um comunicado para todos os povos da Índia declarando: “Obama não é bem vindo, volte para o lugar de onde veio!”.
O comunicado dizia ainda: “O Comitê Central do Partido Comunista da Índia (maoísta) exorta a todo o povo, às organizações democráticas e revolucionárias e a todas as forças patrióticas da Índia a que expressem seu protesto das formas mais variadas e que façam ressoar a uma só voz, bem alto, a consigna: ‘Obama, volte para o lugar de onde veio!'”
Naxalitas bombardeiam delegacia
O EGPL tem intensificado os ataques contra postos policiais e estruturas do governo em todo o país.
Em 15 de novembro, no distrito de Koraput, estado de Orissa, cerca de trinta guerrilheiros fortemente armados atacaram um posto policial com granadas de mão.
Agitando consignas contra o velho Estado indiano e contra as forças de repressão, os maoístas atearam fogo em um veículo policial que estava estacionado em frente ao prédio e retiraram-se, desaparecendo na selva. Reforços policiais foram enviados para perseguir os maoístas e não foram capazes de encontrar vestígios do destino tomado pelos naxalitas.
Resposta contundente às atrocidades do governo
No dia 19 de novembro, um grupo de combatentes do Exército Guerrilheiro Popular de Libertação — EGPL, dirigido pelo Partido Comunista da Índia (maoísta), atacou um prédio do governo no distrito de Midnapore, estado de Bengala Ocidental.
“Pelo menos vinte rebeldes maoístas montados em motocicletas lançaram bombas contra o edifício governamental que fica próximo ao posto de polícia de Sankrail durante a madrugada”, informou o superintendente de polícia Mukesh Kumar. “Saquearam documentos do governo, destruíram móveis e equipamentos e queimaram arquivos. Pintaram consignas e colaram cartazes assumindo a responsabilidade pelo ataque”, completou Kumar.
Os cartazes colados pelos maoístas relatavam à população que aquela ação se tratava de uma represália pelas atrocidades cometidas pelo revisionista PCI-Marxista, que governa Bengala Ocidental. No último dia quatro de novembro a polícia de Bengala, cumprindo ordens do governo do PCI-Marxista, havia levado a cabo uma incursão de repressão contra uma aldeia na região e assassinou um camponês.
Peru
Justiça popular executa informante policial
No dia 18 de novembro, combatentes do Exército Guerrilheiro Popular – EGP, dirigidos pelo Partido Comunista do Peru — PCP, executaram Segundo Nuñez Terán, acusado de fornecer informações às forças de repressão sobre militantes revolucionários em Aucayacu.
Nuñez Terán, ex-dirigente cocalero, era esposo da tenente governadora (instância governamental) do povoado de Campo Grande.
Sobre o corpo do agente policial foi colocado um cartaz com os dizeres: “Assim morrem os delatores e aqueles que traficam com o nome do Partido Comunista do Peru”.
Efetivos das forças de repressão fizeram intensas buscas em toda a região e não foram capazes de detectar a presença dos combatentes do EGP.
Emboscada em Tocache
Na segunda quinzena de novembro, o suboficial da polícia peruana, Cano Espinoza, foi morto durante um ataque do EGP na região de Guacamayo, distrito de Pólvora, província de Tocache (San Martín). Nesse mesmo ataque o suboficial Luis Alberto Castillo Díaz ficou ferido após receber um disparo na perna.
O ataque do Exército Guerrilheiro Popular se deu logo após a ação de agentes governamentais do projeto Cora, que combate os plantios da coca na região.
Filipinas
Choques com o exército reacionário no sul
No dia 17 de novembro, combatentes do Novo Exército do Povo — NEP, dirigido pelo Partido Comunista das Filipinas, executaram um soldado das Forças Armadas daquele país e feriram um outro jovem oficial durante um confronto na região sul do arquipélago. O tenente-coronel Randolph Cabangbang, porta-voz regional do exército reacionário, declarou à imprensa filipina que o choque entre os combatentes do NEP e o exército durou cerca de 40 minutos, e que os guerrilheiros maoístas se retiraram em ordem para a mata, desaparecendo em seguida sem deixar rastros.
Ataque contra veículos de grande empreiteira
No dia 19 de novembro, combatentes do NEP incendiaram três caminhões e dois tratores de uma grande empreiteira no sul das Filipinas.
O tenente-coronel do exército reacionário filipino, Medel Aguilar, porta-voz da 10ª Divisão de Infantaria, declarou que cerca de quarenta combatentes do NEP ingressaram na aldeia de Las Arenas, na cidade de Pantukan Compostela Valley e atacaram rapidamente, incendiando os veículos. O porta-voz militar acrescentou ainda que o ataque teria sido uma medida de represália contra a empreiteira, que teria desrespeitado os reiterados avisos do NEP para que não explorasse a região.
NEP atua em todo o arquipélago
Dois soldados das Forças Aéreas das Filipinas foram feridos no dia 20 de novembro em uma emboscada empreendida pelo Novo Exército do Povo — NEP, na província de Batangas.
— Os soldados se dirigiam para Lipa City a bordo de um veículo militar quando foram atacados pelos guerrilheiros — declarou o comandante da polícia provincial, Alberto Supapo, a uma rádio local.
As forças armadas das Filipinas estimam que o NEP seja composto por mais de cinco mil combatentes e atue em mais de sessenta frentes guerrilheiras em todo o arquipélago.
Lutas de libertação Nacional
Povo da Caxemira não se rende
Dois policiais foram mortos em um ataque das forças populares pela libertação da Caxemira no dia 10 de novembro. O fato ocorreu durante um ataque da resistência em um mercado da cidade de Pattan. Um policial morreu no momento do ataque e o segundo não sobreviveu aos graves ferimentos sofridos.
Protestos massivos e radicalizados estalam em toda a região e são saudados pelos povos da Índia, que apoiam firmemente a luta de libertação empreendida pelos caxemires.