Índia
Bandh e ações guerrilheiras: êxitos maoístas
Greve geral: povo atendeu maciçamente à convocação do PCI (maoísta)
O Partido Comunista da Índia (maoísta) teve retumbante êxito na greve geral (Bandh, no idioma hindi) que havia convocado para o dia 7 de fevereiro último contra a corrupção, a carestia de vida e o terror de Estado.
A greve geral afetou amplas zonas de Orissa, estado localizado no Golfo de Bengala, onde os transportes e o comércio foram paralisados.
A greve atingiu profundamente os distritos de Malkangiri, Koraput, Rayagada, Gajapati, Kandhamal, Ganjam e Sundargarh. Em Motu, Chitrakonda, Padilla e Mthili surgiram inúmeros cartazes com consignas maoístas e bandeiras vermelhas foram hasteadas em diversos pontos das vilas e bosques.
Os trabalhadores não se apresentaram para o serviço nas minas de Kalta Koida, bem como no distrito de Sundargarh, limítrofe com Jharkhand, no Nordeste da Índia.
Durante o Bandh, combatentes do Exército Guerrilheiro Popular de Libertação – EGPL, dirigido pelo PCI (maoísta), explodiram vias férreas em diferentes localidades de Jharkhand. Combatentes do EGPL também queimaram um caminhão que transportava minério de ferro no município de Jhargram.
Guerrilheiros atacam postos policiais
Um destacamento guerrilheiro do EGPL reduziu a escombros um posto policial em construção em Chitrakote. O ataque repentino com bombas não permitiu reação das forças de repressão. Rapidamente, os naxalitas (como são conhecidos os maoístas na Índia) retiraram os trabalhadores da construção que estavam dormindo no edifício, instalaram os artefatos explosivos e os acionaram batendo em retirada. Testemunhas locais revelaram que os maoístas deixaram panfletos explicando as razões da ação: se trata de uma resposta contra a exploração de minerais pela companhia transnacional Tata Stell, em Lohandiguda, a 10 km de Chtrakote, que vem enfrentando forte resistência dos camponeses da região e dos povos adivasi, dispostos a defender suas terras.
Em outro ataque os combatentes do EGPL incendiaram um posto policial no distrito de Kandhamal, estado de Orissa. O comandante de polícia de Kandhamal declarou que cerca de 50 guerrilheiros, entre eles mulheres, atacaram o posto policial recém-construído e atearam fogo.
Os guerrilheiros gritavam consignas contra o velho Estado enquanto realizavam a ação e deixaram panfletos responsabilizando o governo pelas graves consequências das operações contra os maoístas, camponeses e povos tribais na região.
Peru
Ataque guerrilheiro no VRAE
Militar ferido em ataque guerrilheiro
No dia 10 de fevereiro, militantes do Partido Comunista do Peru atacaram a base contrasubersiva nº 42, situada na região conhecida como VRAE – Vale dos rios Apurímac e Ene.
Os guerrilheiros atacaram a base com explosivos e tiroteio cerrado que durou várias horas. Um cabo do exército reacionário ficou ferido e foi transferido para o hospital de campanha de Pichari.
Para quem dizia que o PCP estaria morto…
O comandante geral da Força Aérea do Peru, Carlos Samamé, declarou que o Estado reacionário peruano receberá dois helicópteros MI-35 de fabricação russa para combater os combatentes do PCP no VRAE.
Em 2010 as forças aéreas peruanas já haviam recebido seis helicópteros de transporte MI-17 e dois de combate MI-35.
Os helicópteros russos são aeronaves com grande poder de fogo e têm sido empregados contra as populações de camponeses e produtores da folha de coca, tradicional cultivo andino e meio de vida de milhares de camponeses naquele país, sob o pretexto de combater o “narcoterrorismo”.
Nos últimos dois anos os combatentes do Exército Guerrilheiro Popular derrubaram pelo menos dois helicópteros das forças armadas reacionárias do Peru.
Filipinas
Novas ações da guerra popular
Com informações de agências de notícias internacionais
Informes policiais revelaram que, na primeira quinzena de fevereiro, aproximadamente 70 guerrilheiros fortemente armados atacaram o Departamento de Meio ambiente e Recursos Naturais no estado de Barangay Pulang Lupa. Um militar do exército reacionário foi morto e outros dois feridos.
Dias depois deste ataque, guerrilheiros atacaram um posto de controle de entrada de produtos florestais em Agusan do Sul deixando dois funcionários do governo reacionário mortos e dois policiais feridos.
Os combatentes do NEP também provocaram baixas no exército reacionário em uma exitosa emboscada na cidade de Libuangam, província de kalinga.
Um caminhão do exército reacionário filipino foi atacado com minas na noite de 13 de fevereiro na cidade de Maco de Compostela, na província de Valle, 960 km ao sul da capital Manila. A explosão deixou um militar morto e seis pessoas mortas entre soldados e civis colaboradores das forças armadas filipinas. Este ataque do Novo Exército do Povo, dirigido pelo Partido Comunista das Filipinas, ocorreu poucas horas antes de o velho Estado filipino ter anunciado “conversações” entre o governo e o Partido Comunista das Filipinas.
O Partido Comunista das Filipinas havia decretado um cessar fogo temporário entre os dias 15 e 21 de fevereiro. Em comunicado, o PCF reiterou que esse sessar fogo não significa claudicação ou abandono da luta armada, mas uma medida para negociar a libertação de dirigentes comunistas e de organizações democráticas prisioneiros políticos do velho Estado. Notícias veiculadas pela imprensa filipina e agências de notícias internacionais falam de “negociações de paz” e ao mesmo tempo noticiam ações armadas em diversos pontos do arquipélago.
Em 15 de fevereiro, desrespeitando o cessar fogo, o exército reacionário filipino aprisionou o dirigente do PCF, Alan Jazmines, no norte de Manila e desencadeou uma onda de perseguições. Tal medida fez com que o PCF anunciasse o fim do cessar fogo a retomada das ações armadas.
Turquia
Jornalista é presa política do velho Estado turco
Com informações de www.bianet.org
A 10ª Côrte Penal de Istambul rejeitou, em fevereiro último, o pedido de libertação da jornalista e intérprete, Suzan Zengin. Ela é mantida presa há quase dois anos e foi condenada a 15 anos de detenção.
Zengin é colaboradora do jornal İşçi Köylü (jornal Operário-Camponês) e está detida na prisão para mulheres Bakirkoy. Sua próxima audiência está marcada para 14 de junho. Dentre as acusações contra Suzan Zengin constam: a sua suposta participação no Partido Comunista da Turquia / Marxisxta-Leninista – TKP/ML e no Exército de Libertação Marxista-Leninista dos Operários-Camponeses da Turquia – TIKKO.
Os advogados de Zengin alegam que a sua prisão constitui uma violação da liberdade de imprensa e repelem a acusação de que a jornalista “pertença a uma organização ilegal”.