Rebelião de soldados
Tel-Aviv – Quinze reservistas da unidade de elite do Exército de Israel, especializada em operação de comando, comunicaram ao primeiro ministro israelense, Ariel Sharon, que a partir de 21 de dezembro não participarão de missões nos territórios palestinos ocupados.
“Não daremos mais nossas vidas pela opressão nos territórios, pela negação dos direitos humanos de milhões de palestinos e não serviremos mais de escudos nos assentamentos judeus nesses territórios.”
A medida adotada pelos reservistas chega três meses depois que 25 pilotos militares israelenses firmaram uma petição dirigida ao comandante chefe da Força Aérea, que rejeitavam executar missões nos territórios palestinos.
Também, em 25 de janeiro de 2002, 52 oficiais e soldados da reserva do Exército se recusavam a servir nos territórios ocupados a partir desse dia. Sua petição logo se fez acompanhar de várias centenas de assinaturas.
O exército israelense está composto por 190 mil homens e mulheres no serviço ativo e 450 mil reservistas, segundo o centro Jaffee de estudos Estratégicos da Universidade de Tel Aviv.
Aumenta a resistência
Bagdá – Um ataque com morteiro a uma base militar ianque, a oeste de Bagdá, no início de janeiro provocou o saldo de 35 baixas entre soldados, todos membros do comando de apoio. A extensão dos ferimentos não pode ser conhecida de imediato, mas os funcionários admitiram que os militares foram transportados a um hospital de campo. Segundo fontes ianques, cerca de seis projéteis de morteiros atingiram a base por volta das 18h45, hora local, e confirmaram que, nos últimos meses, a resistência vem intensificando os ataques com morteiros às bases das forças ocupantes.
Franco-terroristas
Washington – “The New York Times” publicou declarações e fotos de dois franco-atiradores da brigada Stryker, baseada em Fort Lewis (Washington), que se dedicam a liquidar suspeitos líderes da resistência iraquiana com certeiros disparos efetuados a centenas de metros de distância. O uso de franco-atiradores, em duplas ou em trios, vem aumentando nas últimas semanas. Ocupam posições em edifícios, em núcleos urbanos, ou em terra, a espera de seus objetivos, utilizando armas que permitem precisão de pontaria de até 800 metros, no mesmo estilo israelense, confessou a dupla.
Contratação de mercenários
Bagdá – Segundo a agência Reuters e The Guardian, a administração Bush pretende dispor de um total de 207 mil efetivos iraquianos de diversos corpos de segurança, com o intuito de aliviar sua própria presença militar no Iraque durante as eleições promovidas pelas forças de ocupação. Desse efetivo, somente 35 mil soldados formarão parte do exército ‘iraquiano’. Para o Segundo Batalhão, que está sendo treinado agora, o Pentágono estima destinar U$ 2 bilhões. O centurião Richard Sánchez, máximo comandante militar do USA no Iraque, reconheceu a existência de deserções de soldados iraquianos nas tropas pró-ianques e informou que será revisada a escala salarial para o novo exército ‘nacional’.