Nova direção na UPE/Campus Petrolina

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Nova direção na UPE/Campus Petrolina

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Cerimônia de posse da nova diretoria

Em 17 de dezembro aconteceu a cerimônia de posse da nova direção da UPE/Campus Petrolina, eleita em novembro, composta pelos professores Moisés Diniz Almeida (diretor) e Marta Solange Albuquerque (vice-diretora).

O momento mais aguardado da noite foi o discurso do professor Moisés, que saudou os presentes, a mesa acadêmica, a mesa de honra e sua companheira de chapa, Marta Solange. Na sua lista de agradecimentos, foi feito um destaque para o processo de luta pela gratuidade. Em relação ao pleito, agradeceu aos funcionários, estudantes e professores e reconheceu o significado da votação massiva dos estudantes no resultado final.

Um antigo desejo de mudança…

Em 2002, contra a cobrança de mensalidades pela UPE, foi desencadeado um boicote às taxas e mensalidades, com grandes mobilizações. No processo, dois estudantes foram presos e um foi expulso. As novas turmas sentem-se orgulhosas ao falarem do papel que Petrolina teve para a conquista da gratuidade na UPE. Nas eleições de 2004, os estudantes votaram massivamente na chapa de oposição. A vitória não se concretizou, mas a pequena diferença de votos entre as chapas indicava que os ventos da mudança chegavam a Petrolina. Em 2008, um clima frio marcou as eleições de chapa única.

Em 2011 os problemas da Unidade Petrolina atingiram o ápice, falta de energia, atrasos na entrega das novas instalações e falta de professores, desencadearam uma greve estudantil, com manifesto apoio da maior parte dos professores. Seria o prelúdio da primavera. Chegaria ao fim uma oligarquia que, em 16 anos, perseguiu professores e estudantes?

Nas eleições de 2012, concorriam a chapa 1, que tinha à frente o professor Carlos Eduardo Romeiro Pinho, membro da antiga gestão, professor do curso de história, e o professor Edivaldo Xavier Silva Júnior, do curso de fisioterapia.

A chapa 2, a oposição, tinha a frente Moisés Diniz Almeida, professor do curso de história desde 1993.Por duas vezes coordenador do curso, também exerceu a função de representante sindical local da ADUPE – Associação dos Docentes da UPE. Ocupou ainda outras funções na área educacional em Petrolina como membro do Conselho Municipal da Educação e Superintendente Geral da Educação do município.

Embora houvesse equilíbrio entre as duas chapas em alguns segmentos da universidade, a campanha da chapa 2 já era vitoriosa pela receptividade que encontrou, tendo a ela aderido vários professores, que durante as passagens em sala faziam questão de externar seu apoio.

22 de novembro de 2012: a chegada da primavera  

O sistema de eleições na UPE é paritário, ou seja, cada segmento equivale a 33,3%. Ou seja, o voto de 27 funcionários equivale ao voto dos 100 professores e dos 3200 alunos.

Após a apuração, Moisés e Marta foram aplaudidos de pé e receberam os abraços pela vitória. O resultado final foi: chapa 1 – 40%, e chapa 2 – 59%.

Estudantes externaram sua alegria criando e cantando músicas, inventando coreografias e soltando rojões, enquanto percorriam os corredores da faculdade. Ao saírem e cruzarem o portão da faculdade, entoaram a música de Geraldo Vandré, Pra não dizer que não falei das flores, hino de luta da juventude durante as décadas de 1960 e 70.

Ao longo das últimas duas décadas, o jornal A Nova Democracia tem se sustentado nos leitores operários, camponeses, estudantes e na intelectualidade progressista. Assim tem mantido inalterada sua linha editorial radicalmente antagônica à imprensa reacionária e vendida aos interesses das classes dominantes e do imperialismo.
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