Novo crime do imperialismo

Novo crime do imperialismo

Enquanto prossegue o interminável derrame de óleo no Golfo do México após a explosão da plataforma Deep Horizon, da companhia petroleira inglesa British Petroleum, os responsáveis por esse crime continuam sem ter a mínima ideia de como vão resolver (se é que tem solução) o problema.

A ira e o desespero diante da falta de perspectiva já tomou conta da população dos estados próximos perto do delta do Mississipi (tanto mexicanos como estadunidenses) com a dispersão gigantesca e rápida dessa maré negra.

Embora somente a extensa mancha negra sobre as águas do Golfo possa ser visível, os especialistas afirmam que realmente ocorre uma grossa coluna submarina de óleo que se move em direção do Oceano Atlântico, que se não for contida se constitui numa séria ameaça a toda costa atlântica, com o litoral brasileiro igualmente comprometido.

E em breve começará o período marcado por furacões e tornados, estendendo-se até o mês de novembro. Desse modo, quaisquer esforços para conter o vazamento estarão comprometidos pelos temporais que levantam ondas gigantescas e impedirão os trabalhos na profundidade de 1500 metros, onde se encontra o vazamento.

O delta do Mississipi, assim como todo o Golfo do México, já estão com seus recursos pesqueiros e industriais praticamente aniquilados e com a sua vida marinha irremediavelmente comprometida. Isso sem falar nas casas, edifícios, frotas de barcos pesqueiros, veículos, etc. embebidos em óleo inflamável cruzando com linhas de energia derrubadas e gerando incêndios de grandes proporções, segundo previsão de abalizados técnicos.

Barack Obama tem afirmado diariamente que seu governo está “pressionando muito fortemente a BP” para garantir o recolhimento de todo óleo derramado e a limpeza de todas as áreas atingidas, mas o fato é que efetivamente seu governo, confessadamente não sabe (ou finge não saber) quase nada sobre a ocorrência, quantos milhões de litros vertem diariamente para a superfície, e quantos litros a BP está conseguindo recolher.

A British Petroleum, na ânsia de minimizar a grande tragédia que causou diz de forma até ufanista que já gastou 1,25 bilhões de dólares nos esforços de contenção e limpeza, mas a opinião pública no USA condena severamente tanto a petroleira britânica (que vem recebendo contínuas benesses do governo ianque) como o próprio governo de Barack Obama, merecedor de um índice de reprovação popular de quase 70%.

Técnicos da Administração Nacional de Oceanos e Atmosfera, órgão governamental do USA, prevêem a formação de 8 a 14 furacões para esta temporada, e de 14 a 23 tempestades tropicais, estando o local da explosão da plataforma no caminho da passagem de devastadores furacões, tipo Camille em 1969 e o tristemente célebre Katrina em 2005, do qual até hoje o governo ianque não conseguiu reparar os danos até os dias atuais.

E enquanto a BP dá mostras cabais de sua incompetência e sede de lucros, um dos seus principais diretores, Randy Prescott , quando perguntado por um funcionário de uma grande empresa de pesca de camarão prejudicada pelo vazamento, se a ocorrência não acabaria com esse crustáceo na região da Louisiana, respondeu com o sarcasmo típico dos ianques: "Louisiana isn’t the only place that has shrimp", ou seja: A Lousiana não é o único lugar do mundo que tem camarão"!… Esta lamentável resposta foi amplamente divulgada em toda a imprensa internacional.

Ao longo das últimas duas décadas, o jornal A Nova Democracia tem se sustentado nos leitores operários, camponeses, estudantes e na intelectualidade progressista. Assim tem mantido inalterada sua linha editorial radicalmente antagônica à imprensa reacionária e vendida aos interesses das classes dominantes e do imperialismo.
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