Obama nomeia sionista para chefe de gabinete

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Obama nomeia sionista para chefe de gabinete

Rahm Emanuel, veterano das Forças Armadas de Israel, defendeu a invasão ao Iraque, é contra a universalização do atendimento médico e é um dos principais articuladores do lobby pró-sionista dentro do EUA. Seu pai, Benjamin Emanuel, pertenceu ao bando terrorista do Irgum de Menahem Béguin e da gang Stern, responsáveis por inúmeros massacres contra o povo palestino.

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No dia 5 de novembro, o deputado do Partido Democrata por Illinois Rahm Emanuel, 48 anos, foi anunciado como chefe de gabinete do presidente eleito do EUA Barack Obama. Foi a primeira nomeação do novo governo e trata-se da posição mais poderosa da administração do regime ianque, que não à toa foi entregue ao congressista conhecido como "político pitbull" devido ao seu estilo agressivo, que se soma à predileção por preparar dossiês contra seus inimigos políticos e jornalistas que o desagradam.

Para conhecer melhor o homem forte do governo Obama vale a pena reler seu artigo publicado em março de 2001 no Los Angeles Times, quando ele critica a tentativa de universalização do serviço de saúde no USA. Sua posição é de dar inveja aos "republicanos" mais conservadores:

"Os primeiros tropeções da Administração Clinton (homossexuais no exército e reformas na saúde) deram uma impressão de que éramos mais liberais [mais à esquerda] do que tínhamos dito. Estes foram grandes erros, pelos quais pagamos muito caro, nós e o partido, em 1994".

Uma análise um pouco mais atenta da ficha de Rahm Emanuel é suficiente para derrubar a imagem de bom moço construída pelo monopólio da imprensa em torno da candidatura de Barack Obama. Durante o processo eleitoral já ficava claro que Obama era o escolhido pelo sistema, a julgar pelo maior espaço no monopólio dos meios de comunicação que tinha e pela arrecadação financeira muito superior a dos demais candidatos— a campanha de Barack Obama conseguiu arregimentar cerca de US$ 750 milhões, maior arrecadação de todas as campanhas da história das eleições no USA.

No Brasil, por exemplo, o diretor executivo da TV Globo, Ali Kamel, demonstrou várias vezes em artigos publicados no jornal O Globo que seu favorito era "o candidato negro que não acredita na existência de racismo". A cobertura da Globo, a propósito, é digna de nota. Os apresentadores enchiam a boca para dizer que seus telespectadores assistiam às eleições na "maior democracia do mundo", mesmo quando as matérias que se seguiam viriam a mostrar urnas manipuladas, em que o eleitor teclava num candidato e seu voto era computado para outro. O conceito de democracia da Globo é tão amplo que os dois golpes de Estado que colocaram Bush na Casa Branca não impedem a utilização do termo.

O sionista Rahm Emanuel

Uma informação crucial tem sido omitida pelos meios de comunicação controlados pela ideologia ianque. Segundo se deduz das informações publicadas pelo jornalista Georges Bourdoukan em sua página na internet, o novo homem forte da Casa Branca, Rahm Emanuel, não vê com maus olhos o genocídio causado pelo USA contra os povos árabes:

"Rahm Emanuel é israelense e veterano das forças armadas daquele país. De acordo com o jornal Haaretz, seu pai pertenceu ao bando terrorista do Irgum de Menahem Béguin e da gang Stern, responsáveis por inúmeros massacres contra o povo palestino."

Entre esses atentados estiveram as explosões de hotéis turísticos, estações de trem e prédios públicos na Palestina antes da fundação de Israel. Segundo Sherman Skolnick, jornalista investigativo residente em Chicago, no USA, o pai de Rahm Emanuel "fez parte do grupo de extermínio que assassinou o Conde sueco Folke Bernadotte", mediador do conflito árabe-israelense pela ONU até seu assassinato pelo Irgun em 1948. Recentemente, quando entrevistado pelo jornal israelense Ma’ariv, Benjamin Emanuel confirmou ter servido o Irgun, afirmando ter sido "um simples soldado".

A nomeação de Rahm Emanuel foi negociada em Washington, no dia 4 de julho, durante reunião do Comitê USA-Sionista de Assuntos Públicos (ou America’s Pró-Israel Lobby), considerado o grupo de lobby estrangeiro mais poderoso do país. A entidade tem 60 mil membros que financiam com milhões de dólares congressistas e pessoas influentes de todo o país, com o objetivo de manter a afinidade ideológica entre as linhas políticas dos governos de Israel e USA. Na ocasião Obama teria declarado apoio à aliança e afirmado que "qualquer acordo com o povo palestino deve preservar a identidade de Israel como Estado judeu", sinalizando assim que os territórios ocupados na Palestina jamais serão devolvidos e que os constantes massacres cometidos contra o povo palestino seguirão tendo o apoio ianque.

Os que consideram a vitória de Barack Obama um grande avanço para a humanidade, sobretudo em razão da baixíssima popularidade de Bush e dos genocídios cometidos em seu governo, é bom colocar as barbas de molho. Com relação à atual administração Bush, a eleição de Obama deu mais cinco assentos para políticos judeus no Senado e outros 18 deputados. Como publicado em manchete pelo jornal israelense The Jerusalem Post, na edição de 5 de novembro, "temos um número recorde de judeus no Congresso". E como disse o pai de Rahm Emanuel ao Ma’ariv, em 13 de novembro, "obviamente ele [Rahm] irá influenciar o presidente para ser pró-Israel. Por que não?".

De acordo com a revista Fortune, Emanuel é negociador hábil e especialista em arrecadar fundos para suas campanhas e para as de seus aliados. Foi conselheiro político de Bill Clinton durante seis anos, esteve próximo a George W. Bush durante seu governo e é amigo de Georges Soros e outros mega-especuladores. Durante dois anos e meio usou seus contatos políticos para ganhar dinheiro no mercado de ações, tendo conseguido nada menos que US$ 18 milhões. Sobre a invasão ao Iraque, em 2003, declarou que mesmo sabendo que não existiam armas de destruição em massa naquele país ele teria votado a favor da intervenção. Não seria exagero especular que o lobby sionista continuará exercendo grande influência no governo ianque com o presidente Barack Obama — e talvez até seja ampliado — se depender de Rahm Emanuel.

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