Questão agrária
Conheci A Nova Democracia através de um colega que cursa agronomia no núcleo de ciências agrárias da UFMG, em Montes Claros, Norte de Minas Gerais.
Como são excelentes as matérias! Aqui, na escola técnica em agro-pecuária do núcleo, já colocamos um cartaz divulgando o jornal, enquanto isso, vou colocar meu exemplar na biblioteca para que mais colegas possam vê-lo.
Aproveitamos bastante um artigo de AND nº 1, que fala sobre a questão agrária e a revolução agrária.
Acreditamos que AND auxiliará muito nossa batalha diária para que a ciência sirva ao povo e à libertação dos camponeses pobres.
Admiramos o apoio que AND dá aos pobres do campo, e sabemos que eles, mesmo não sabendo ler e, assim, não podendo (ainda) desfrutar da instigante leitura de A Nova Democracia, têm nele já um importante aliado em sua luta por terra, pão, justiça e uma nova e verdadeira democracia!
Abraços e sucesso
Alessandro
Estudante técnico em agropecuária
Montes Claros – MG
Segurança máxima
… Muito boa também foi a página sobre matemática, que critica os enunciados do 1° e 2ª graus, complicados e feitos para quem vive no mundo da lua. Por sinal, aqui em casa fizemos uma conta para, de forma bem didática, dizer o que uma família de quatro pessoas pode fazer com o salário mínimo instituído pela nova prefeitura do FMI.
Considerando que o salário mínimo destina-se a um trabalhador e sua família, e que a Constituição registra, hoje, que a média é de quatro pessoas por família, e tomando por base uma mercadoria de baixo valor como referência, podemos criar o seguinte enunciado:
Imagine se uma família, também vitimada pelo salário mínimo, para reduzir suas despesas, resolvesse substituir todas as refeições por um lanche de pão (mais conhecido nas rodas policiais como bromato de potássio) com manteiga e média de café (pó de serragem ou coisa do gênero) com leite (água mais ou menos potável). Esse pão com manteiga e café com leite está por volta de R$1,50. Se quatro pessoas se servissem desse recurso, quatro vezes ao dia (pela manhã, ao meio dia, à tarde e à noite), teríamos:
- 1 lanche x 4 pessoas (um casal e dois filhos) x 4 oportunidades
- 1,50 x 4 x 4, é o mesmo que R$1,50 x 16 = R$ 24
- Em um mês, teríamos: 24 x 30 = R$ 720.
Falta ao "governo":
- restituir R$ 480 (duas vezes R$ 240) a cada vítima;
- arrumar uma vaga em Bangu I, para cada um dos ministros;
- dizer que o trabalhador come pão demais.
Saudações
Mariana de Souza Múrcia
Professora da rede privada de ensino
Curitiba – PR
Luta no campo
É bastante gratificante para o sentimento progressista de um brasileiro pegar um jornal e ler um pequeno resumo das lutas de massas que acontecem no campo. Vivemos num país dominado pelo latifúndio e este tipo de informação não chega ao povão. Fico imensamente agradecido por este veículo estar trabalhando em prol da luta do povo do campo.
Sugiro que o jornal busque mais acontecimentos da luta no campo e em uma de suas edições posso expor as milhares de lutas coletivas que acontecem nessa imensidão camponesa chamada Brasil. No estado em que vivo existem muitas outras lutas. Que sejam catalogadas todas as possíveis, até mesmo as direcionadas por líderes ou organizações atreladas ao estado ou a serviço do latifúndio.
Um abraço a todos da imprensa combativa do Brasil.
Leonel Onofre Santana
Sindicalista e trabalhador rural
Espigão do Oeste – RO
Primeiro aniversário
Caros colegas
Primeiramente venho parabenizar A Nova Democracia por atingir o seu primeiro ano de vida, fazendo o jornalismo independente, corajoso, sem máscara, enfrentando todas as formas de imperialismo que amesquinham o ser humano. O sucesso alcançado pelo jornal, não só aqui, no Rio de Janeiro, mas em todo Brasil, mostra que as massas anseiam por um contraponto à imprensa mercenária que está a serviço dos piores interesses. Aproveito, ainda, para agradecer o importante apoio que A Nova Democracia dá ao nosso trabalho de radialista pela arte, pela cultura popular, por um rádio sério, conforme o vaticínio de Edgard Roquette Pinto, seu pioneiro no Brasil. O programa Vamos Ouvir a Banda, que produzimos e apresentamos na Rádio Bandeirantes do Rio de Janeiro desde 2001, é também uma referência nacional, prendendo ao rádio, às sextas-feiras, de 22 às 23 horas, milhares de ouvintes. Na imprensa ou no rádio, temos que ir ao encontro do povo, levando-lhe aquilo que o eleve, esclareça, valorize e liberte das nefastas dominações em todos os setores.
Cordialmente
Zair Cançado
Jornalista e radialista
Rio de Janeiro – RJ
Realizações socialistas
Excelente o jornal A Nova Democracia. Para quem realmente almeja ver o nosso país mais justo e igualitário, esse jornal é um colírio. Camaradas, espero ver esse jornal sempre na banca. Além disso, vocês devem mostrar sempre os grandes feitos do socialismo em todos os países onde existiu (como a União Soviética), para desmentir os demagogos neoliberais.
Saudações democráticas
Gustavo Medeiros
Sindicalização responsável ou irresponsável
Estava, no domingo, dia 26/ 01/2003, procurando participar das oficinas que estavam se realizando na PUC. Já havia tentado me acomodar em duas oficinas que, embora os temas fossem bons, não despertaram nenhum interesse. Resolvi sair do prédio nº 11 para ver um pouco do artesanato que estava sendo exposto, quando encontrei com um pequeno grupo da UFRJ, uns alunos de história, outros de ciências sociais, que me convidaram a participar de uma oficina com o pessoal do PSTU sobre sindicalismo.
Acreditei que o assunto fosse interessante e resolvi seguir o grupo. Chegamos ao local no horário marcado pelos coordenadores, porém o atraso foi grande. Tinha alguma coisa me incomodando, mas preferi acreditar que era minha ansiedade. O evento começou com mais de 30 minutos de atraso.
O primeiro participante era um perfeito antipalestrante, pediu desculpas muitas vezes e não conseguiu, afinal, informar a que veio. A segunda palestrante começou a dissertar sobre como captar pessoas para se sindicalizarem e como fazer para que elas permaneçam sindicalizadas, pagando a anuidade ao sindicato. De início, fiquei achando que não estava entendendo, pois a palestrante falava em inglês e havia um tradutor simultâneo. Continuei achando que era o tradutor que não estava fazendo uma boa tradução, mas com o continuar ela foi explicando nos mínimos detalhes, e o tradutor falando pausadamente sobre todos os pontos onde um operário pode ser induzido a participar de um sindicato e de que formas o sindicato pode conseguir com que este operário se mantenha fiel ao sindicato.
Em nenhum momento foram expostos os motivos que levam um trabalhador a buscar a filiação a um sindicato, em nenhum momento foi colocada a necessidade que o sindicato tem de ajudar este trabalhador a resolver os seus problemas trabalhistas. Foram repetidos, por vezes, os motivos que levam um trabalhador a se desligar ou a não se filiar ao seu sindicato, porém não foi falado o que o sindicato estava buscando oferecer a este trabalhador para a conquista de seus direitos. Fui ficando irritada, pois gostaria de ouvir algo que colocasse amparo às reivindicações dos trabalhadores. Olhei em volta e percebi que a maioria das pessoas estava eufórica com o desenvolvimento do tema, e que eu era uma andorinha fora de meu habitat.
Percebi que, naquele instante estava se formando uma ideologia. Tudo era inverso. Peguei minha bolsinha e sai de fininho. Pensei: "Será que estou errada? Será que as pessoas não estão percebendo que estão sendo treinadas para serem mercenárias? Será???" Pelo sim, pelo não, prefiro ficar com a minha opinião, porém a sensação que senti naquela sala foi de estar numa daquelas reuniões de "pirâmide", onde conseguir status social e financeiro é fácil, só depende de você trapacear um pouquinho. E isso foi em pleno III Fórum Social Mundial, pasmem.
Maria de Fátima Farias
Estudante
Rio de Janeiro – RJ