Opiniões – 14

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A greve e o peleguismo

(…) Muito embora a greve tenha se configurado em um movimento de resistência e indignação dos servidores contra a política neoliberal do governo Lula, as direções nacionais dos sindicatos dos servidores, totalmente atreladas ao governo, apenas deflagraram a paralisação em vista da pressão se suas bases, para justificar perante as mesmas a sua própria existência e para o desencargo de suas consciências, em sua maioria nada fazendo de concreto para dar corpo à greve.

A CUT (Central Única dos Trabalhadores), posicionou-se a favor da reforma apenas emendando-a, enquanto a FASUBRA (Federação de Sindicatos de Trabalhadores das Universidades Brasileiras) chegou ao cúmulo de enviar ao PT e PC do B, covis da pseudo-esquerda e pilares do governo de traição nacional, uma carta dizendo: “A agenda do novo governo, em nosso entendimento, deve seguir no caminho da busca das reais soluções para os problemas históricos de nossa sociedad e”(boletim sindical de 18/ 08/03), aconselhando e alimentando esperança numa mudança de rumo na política do governo a favor da classe trabalhadora, tal como os partidos e correntes pseudo-revolucionárias (PSTU, CST, OT), co-responsáveis pela eleição deste governo, que pregam a idéia de que este está em disputa entre capital e trabalho.

Na UFAM (Universidade Federal do Amazonas) a greve teve caráter muito superficial. Deflagrada no fim do período letivo, dia 16/08/03, contrariando a orientação nacional, que era 06/08/03, o movimento confundiu- se com o período de férias e distanciou os estudantes dos debates em torno de suas razões. Além disso, várias atividades acadêmicas e administrativas foram consentidas pelo comando de greve, como sendo supostamente essenciais, contrariando critérios históricos das greves (defesa da vida, patrimônio e segurança). Visto que se faziam presentes na direção da ADUA e SINTESAM pessoas filiadas a partidos do governo (PT e PC do B), a greve foi orientada no sentido de evitar o confronto com Brasília, coisa muito bem evidenciada no discurso dos presidentes das duas entidades, eximindo o governo Lula das críticas merecidas, como se a reforma da Previdência fosse uma filha bastarda. A postura das seções locais dos sindicatos nacionais foi marcada por um vergonhoso silêncio em relação aos parlamentares traidores do povo que votaram na Câmara dos Deputados Federais a favor do governo, visto que a todo custo a direção do SIN TESAM tentou evitar a denúncia nominal da deputada Vanessa Grazziotin (PC do B/AM) — que votou contra os trabalhadores e a favor da reforma — em painéis publicitários nas vias públicas, ainda que tal deliberação tenha sido decidida em assembléia legítima.

Se a direção do movimento sindical da UFAM trabalhou para que a greve fosse meramente figurativa, a direção do movimento estudantil trabalhou para que fosse a imagem do demônio. Em apoio à reforma da Previdência, os dirigentes do DCE, Bonifrates de Vanessa, e o deputado estadual Eron Bezerra (PC do B/AM), mobilizaram um grupo de estudantes individualistas que, motivados pelo falso argumento de que poderiam determinar com seus votos o fim da greve em uma assembléia comunitária, compareceram em peso ao auditório Dr. Zerbini, caracterizando-se como uma massa de manobra, enganada por uns poucos oportunistas, cujo único objetivo é dar visibilidade à sua gestão fraudulenta.

Em verdade, vivemos uma greve de faz de conta, em que direções oportunistas — tentando disfarçar a postura traidora — não temem cair no ridículo, como fez o presidente do SINDSEP-AM (Sindicato dos Servidores Públicos do Amazonas) Walter Matos, da corrente petista OT (O Trabalho), ao afirmar durante seu pronunciamento em ato público que “a paralisação é contra a reforma, mas a favor do governo Lula”. Pergunta-se: a reforma tem vida própria? Se não é o governo que a está implementando, quem é então? Deus? O diabo? Ou será que não há responsável nesta terra do sol?

Indubitavelmente, as greves que ora se apresentam são um avanço político, visto que revelam a indignação popular. Todavia, a hodierna conjuntura exige que os trabalhadores avancem na luta, rompendo com os líderes sindicais vacilantes e construindo uma greve geral, não somente para barrar as reformas em curso, mas para fazer oposição à gerência de Lula-FMI. É mister, igualmente, caracterizar não apenas de neoliberais, mas acima de tudo traidores, os partidos que compõem o governo (notadamente PT e PCdo B), assim como todos os partidos e tendências pseudo-revolucionários (v. g. PSTU, CST, OT) que insistem em dar apoio crítico ao governo, iludindo as massas com cínicos apelos de mudança de rumo na gestão desta enorme senzala tropical, olvidando que o feitor Lula é um competente sevandija da casa-grande de Washington. (…)

Coletivo Mobilização e Luta
Manaus/AM


As garras do Imperialismo

Quero parabenizar o jornal AND pela excelente matéria sobre a Grande Sabotagem contra o Brasil, referente à tragédia de Alcântara. Realmente, AND deu um baile nos outros meios de comunicação porque mostrou a verdade nua e crua do perigo que nos cerca, uma vez que estamos na mira das garras da águia imperialista ianque, sem ninguém para nos defender, a não ser o povo esclarecido e pronto para lutar e resistir. É lamentável que, em um momento crucial em que vivemos, não possamos contar com o nosso presidente, já que o mesmo foi cooptado para o lado do inimigo, traindo toda uma nação que acreditava nele. Quanta decepção!

Aproveito para elogiar, também, a matéria sobre Clara Nunes, que fez os leitores recordarem dessa ilustre brasileira que, em vida, procurou dar o melhor de seu talento, em prol de nossa cultura de raiz. Salve Clara! Salve o Brasil!

Alex Acioli
Macapá/AP


O critério da verdade

Amigos da redação,

Achei simplesmente fantástico o artigo sobre a sabotagem ao Programa Espacial Brasileiro! Bautista Vidal e Schlichting fizeram um excelente trabalho ao dispor cronologicamente os fatos e a associá-los aos “servis voluntários” que ajudaram e ajudam a prejudicar a nação e o povo brasileiro.

Michael Collins (um dos líderes do IRA) já disse, há 80 anos: “Nosso problema não são os ingleses, mas os irlandeses traidores.” Enquanto aceitarmos o que nos é imposto, nunca seremos uma nação justa e soberana! Temos que resistir e recusar toda espécie de imposição dos países poderosos. E mais: estar atentos àqueles compatriotas (?) que estão a serviço das nações poderosas a troco de migalhas, como homenagens e citações.

Gostaria de ressaltar também a qualidade dos artigos sobre o petróleo e sionismo. Um grande abraço a todos, continuem trabalhando a favor do povo brasileiro!

Rogério Atem de Carvalho
Campos/ RJ


Contra a desinformação

Olá amigos,

Seu jornal é excelente, adorei as matérias deste mês, vocês falam tudo aquilo que deveria ser dito. A mídia hoje representa um vácuo na informação, para não dizer na desinformação. AND está preenchendo um lugar único no jornalismo brasileiro. Vão em frente! Abraços,

Yasmin Anukit
Rio de Janeiro/RJ


Uma análise justa

Companheiros do A Nova Democracia, É muito bom ter um jornal como A Nova Democracia, que serve para iluminar o nosso caminhar em direção à revolução socialista. É bom existir essa nossa crítica contida nas matérias do jornal. Fico feliz de ver a minha maneira de pensar nas linhas ideológicas desse grande jornal. Tenho crescido em função das análises políticas encontradas nas matérias desse meu jornal A Nova Democracia. Sou um nicaraguense, com 38 anos de Brasil, trabalho na Associação dos Professores Públicos de Minas Gerais e sou responsável político do movimento dos serventes das Escolas Públicas. Aquele abraço fraternal.

Abraham Somarriba Castillo

Ao longo das últimas duas décadas, o jornal A Nova Democracia tem se sustentado nos leitores operários, camponeses, estudantes e na intelectualidade progressista. Assim tem mantido inalterada sua linha editorial radicalmente antagônica à imprensa reacionária e vendida aos interesses das classes dominantes e do imperialismo.
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