Opiniões

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Aos camponeses a verdade

Frente à luta dos camponeses pobres do Norte de minas, mais precisamente frente à resistência dos acampados da Bandeira Vermelha (Fazenda Guiné, Montes Claros-MG), a indignação humana não se acovarda, nem se amedronta.

Quanto mais revolta, maior o combate e, assim sendo, envio a este jornal, que carrega em suas matérias a verdade, este “modo de viver”.

Tenho certeza que minha voz se materializará junto a outras que gritam a mesma palavra de ordem: “Viva a união camponesa e operária!”

Cláudia S. Santos
Professora da Rede Estadual – Minas Gerais


Um obsceno juramento

Notícia vinda do exterior, na última terça-feira (27/04), deveria deixar de orelha em pé a maior parte de nossas chamadas autoridades: “Centenas de moradores da cidade de Ilave, no sudeste do Peru, atacaram a delegacia local após linchar o prefeito da cidade, Cirilo Fernando Robles Cayomamani, acusado de corrupção. Cayomamani foi retirado à força de seu gabinete, junto com três vereadores e levado pelas ruas da cidade até ser amarrado em um poste. Depois, foi encontrado morto debaixo de uma ponte.”

Isso aconteceu na mesma semana em que a revista Época, edição n° 310, mostrou o ex-presidente FHC vivendo uma “doce vida”, cobrando 50 mil dólares por palestra, depois de afundar o Brasil, desnacionalizar sua economia e comandar a gestão mais corrupta de nossa história republicana. Sua ex-excelência, que já foi conhecido como senador-pavão, mas agora ganhou o epíteto de “o garanhão do Planalto” (embora não tenha assumido o filho que teve com a jornalista da Rede Globo Míriam Dutra), é tido e havido como o mais bem sucedido calhorda produzido por Pindorama nos chamados tempos modernos.

Juntamente com a trupe peessedebista que ajudou a formar, constituiu grupo de saqueadores e salteadores que desmontaram o Estado brasileiro. E agora viaja “prestigiado no mundo todo”, amparado pelos países beneficiados por sua “administração” entreguista e criminosa. Não admira, portanto, que receba tanto. É como se estivesse lavando parte do numerário a que fez jus, no instante em que praticou ações de lesa-pátria, pois não pôde receber diretamente quando ocupava a função de mais alto mandatário.

Márcio Accioly
Brasília, 28/04/04
[email protected]


Prezado José Moreira,

Gostaríamos de parabenizar o jornal A Nova Democracia pela excelente matéria sobre Álvaro Carrilho realizada no número de março.

Precisamos de uma imprensa que trate os assuntos com essa profundidade.

O Instituto Jacob do Bandolim, um dos coordenadores das Oficinas de Choro da Escola Portátil de Musica, onde Álvaro é um dos professores, agradece o cuidado com que o jornal realizou a matéria.

Estamos reproduzindo a matéria em nosso sítio virtual, na Sessão Informe Jacob do Bandolim (Informe IJB), com o devidos créditos, a exemplo do que fazemos com matérias de outros jornais. Ficamos à disposição de vocês para o que precisarem.

Um abraço.

Egeu Laus
Instituto Jacob do Bandolim


Motivo de viver

Vejam a terra.
Está na hora de colher.
Vejam as mãos.
Estão marcadas pela enxada, na labuta diária do plantio
Agora ouçam!
Ouçam o ruído do quebrar dos galhos
Ouçam os gritos de “parem” e “saiam”
Ouçam o choro das crianças provocado pelo terror das fardas
Escutem o barulho ensurdecedor do helicóptero e dos tiros das
balas de “borracha”

Agora sintam!
Sintam a covardia que entra impiedosa sob a terra plantada
Sintam o cheiro do gás jogado na terra pronta para a colheita
e que faz com que as mãos calejadas cubram o rosto
Sintam a força da covardia que vem majestosa, em carros
grandes, trazidas por “homens”
fardados sob o comando da impunidade.

Agora vivam!
Vivam a força da resistência
Vivam a luta de cada criança, mulher e homem, que plantou,
que correu, que apanhou, mas que em momento nenhum desistiu!
Vivam esta resistência, companheiros, renovem esta
resistência, ela dará resultado assim como a terra dá a
colheita que lhes pertence.

Ao longo das últimas duas décadas, o jornal A Nova Democracia tem se sustentado nos leitores operários, camponeses, estudantes e na intelectualidade progressista. Assim tem mantido inalterada sua linha editorial radicalmente antagônica à imprensa reacionária e vendida aos interesses das classes dominantes e do imperialismo.
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