Opiniões – 25

Opiniões – 25

Só se vende quando já não se tem

Em que pese toda a ordem de denúncias e todo o entreguismo petista, vamos lembrar que o PT nunca afirmou ser um partido de defesa do socialismo científico. Quando muito, tentava cooptar as pessoas que simpatizam com o socialismo dizendo que “havia em seu programa pontos comuns com os de um programa socialista, e ademais, que mesmo tais programas necessitavam de uma revisão que os atualizassem”. Pura casualidade de verniz do seu socialismo social democrata.

Alguns membros do PT eram, e talvez alguns ainda sejam, crentes na possibilidade de tornar o PT socialista e até quem sabe comunista sem que esse fosse sectário como os outros partidos ou em outras palavras um partido de frente.

Vale ressaltar que essa tal “revisão” do programa socialista equivale a seu sepultamento e que mesmo os que se iludiram em desenvolver um programa socialista para o PT não fizeram mais do que dar a este uma oportuna fachada avermelhada, encobrindo sua essência eclética de amarelo fosco do sindicalismo à la trade unions e verde mofo ao estilo social-democracia.

Inclusive desses eternos teóricos “ingênuos” se destacam o grupo dos ex-guerrilheiros arrependidos, trotskistas maduros, anarquistas disciplinados e os padres hereges. Desenvolver e atualizar um programa socialista significa traçar um caminho de tomada do Estado burguês e implementação de um Estado revolucionário do proletariado que assegure a transição ao comunismo. Desenvolver um programa político de conciliação de classes, chame isso de pacto social se quiser, e querer vendê-lo como socialista não passa de falsificação barata.

Crise do Estado burguês é bom e qualquer comunista gosta. Toda essa ordem de escândalos só vem trazer uma vantagem à sociedade, que é a do descrédito do sistema diante das amplas massas. Se o governo Lula ontem foi a personificação da esperança em algo intangível, hoje já começa a se desmascarar. O Estado brasileiro se encontra hermeticamente fechado a qualquer possibilidade de forças de esquerda governarem e para se chegar à administração deste já se deve de antemão deixar de lado qualquer intenção de transformação. Antes de qualquer corrupção financeira o PT já estava moralmente corrompido.

Cabe agora as forças progressistas de nosso país ajudar a queda da máscara, não só desse governo mas também a de todo o Estado. Não permitamos que esses fatos se transformem em uma campanha de moralização às portas de mais uma eleição burguesa.

Carla Soares
Rio de Janeiro – RJ


Ensinar a verdade

Prezados Amigos,

Sou professor de Ciências na rede estadual de Minas Gerais, em Itaguara, lugar que não tem banca de jornal.

Apesar de estar mais de 10 anos sem aumento, ainda me esforço para ler e procuro saber a verdade de meu “país”.

Vivo indignado com o tratamento que os governantes dão à educação neste país. É muita falta de patriotismo porque a educação é a base, o suporte que alavanca um país soberano. Um país sem educação séria e tratamento especial à ciência e tecnologia não passa de colônia.

Enquanto se pagar esta impagável dívida externa e seguir os tratados do FMI, o que será de nós trabalhadores?

Desde já agradeço e parabenizo pelo conteúdo deste jornal.

Atenciosamente,

Camilo Joaquim de Oliveira Rezende
Professor
Itaguara – MG


Nova cultura

Prezado Redator,

Em tempo de descenso os movimentos, às vezes, nos surpreendem. E como ainda não esquecemos a história, precisamos exercitar idéias, críticas e projetos com os elementos formadores da cultura refletindo, se possível, a totalidade de uma realidade formadora. E não temendo os sujeitos dessa realidade. E A Nova Democracia tem sido assim; um exemplo, próximo ao do movimento das artes em seus experimentos.

Ocupar algum espaço, com segurança, é o que nos resta.

Sindoval Aguiar
Cineasta
Rio de Janeiro – RJ
Imprensa popular e democrática


Como vão amigos?

Sou aqui de São Paulo e trabalho como jornalista em um jornal comunitário daqui, e fiquei muito admirado pelo trabalho que vocês desenvolvem e como desenvolvem, meus parabéns. Espero poder de alguma forma colaborar com esta publicação democrática a que vocês estão propondo, ainda não temos site e nossa publicação é ainda muito restrita, mas tudo bem, vamos à luta.

Nelson Rodrigo
Jornalista
São Paulo-SP

Ao longo das últimas duas décadas, o jornal A Nova Democracia tem se sustentado nos leitores operários, camponeses, estudantes e na intelectualidade progressista. Assim tem mantido inalterada sua linha editorial radicalmente antagônica à imprensa reacionária e vendida aos interesses das classes dominantes e do imperialismo.
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