De que vale a auto-suficiência
Parabéns pela matéria A falácia da auto-suficiência, publicada em AND 30.
Tem coisas realmente difíceis de entender. Tanta propaganda em volta da auto-suficiência brasileira em petróleo, mas os preços dos derivados continuam seguindo a "tendência" internacional, que é a busca do lucro máximo pelas corporações estrangeiras.
Em julho, um desses telejornais exibiu matéria mostrando que a gasolina na Argentina custa cerca de 1 real a menos que no Brasil. A afluência de brasileiros e paraguaios ao país vizinho para encher os tanques é, claro, duramente reprimida. Multam os motoristas e apreendem o combustível trazido de lá.
Em outra, de um programa esportivo, as cidades da Venezuela próximas à fronteira com o estado de Roraima vendem a gasolina pelo equivalente a dez centavos de real, mas só para venezuelanos. Para brasileiros é mais caro: pagam o absurdo "ágio" de 80 %, desembolsando incríveis 18 centavos de real.
Realmente a auto-suficiência é uma grande conquista do povo brasileiro, mas vamos deixar que as transnacionais comam todas as castanhas que tiramos do fogo?
Artur Domingues
Professor – Campinas, SP
Pois que viva Fidel
A notícia da convalescência de Fidel deixou a reação em alvoroço. Aqui, na colônia, os comentaristas políticos (muitos, estranhos progressistas) se manifestaram, cada um mais excitado que o outro. Eles, que nunca desejaram que o povo cubano (ou qualquer outro) fosse feliz, ao iniciar-se a revoada fascista em direção à ilha para reabrir bordéis, quartéis do esquadrão da morte, bancos, conexões de cocaína etc., farão uma "completa cobertura do retorno à democracia" em Cuba. E na primeira eleição, vão jurar que um candidato do Banco Mundial é de esquerda, à maneira de qualquer desses moleques que ostentam faixa de presidente na A. Latina.
Aquele a quem chamam de "ditador Fidel" (os que não agradam ao imperialismo são ditadores), quando jovem, pegou em armas para libertar seu povo. Sobreviveu, pelo menos, a dez atentados da C.I.A. (ela confessou). Apesar de sérias divergências com o socialismo (via Kruschov) de Fidel, não podemos fazer como esses lambe-botas que atuam na imprensa imperialista, dublada em português, que jamais demostraram uma gota de dignidade para denunciar o cerco comandado pelo USA à Cuba, arrastando-a à pobreza, menos de dois anos após as colunas de Fidel, Guevara e Cienfuegos terem chegado a Havana.
Esses editores e cronistas do servilismo deveriam ser mais solidários com a gente da sua laia, espantando os mosquistos do rosto de Sharon, criminoso de guerra, há vários meses em estado de coma, ou visitando periodicamente o túmulo de uns quatro bandidos gringos que já esticaram a canela, enquanto o Dr. Fidel Castro Ruz vive e é estimado pelo seu povo.
Felipe Teixeira
Aposentado – Rio de Janeiro
AND aplaudida na Praça do Ferreira
Um grupo de estudantes universitários apareceu, de repente, na Praça do Ferreira, na manhã do dia 29 de julho, às 9:00 horas. Conduzindo um megafone e trajando a camisa com a logomarca do jornal A Nova Democracia, o grupo promoveu um alegre comando de venda do jornal enquanto anunciava suas manchetes.
Encontrava-se na praça uma grande barraca ocupada por dezenas de profissionais de optometria. Ao ouvirem o megafone anunciar as manchetes, principalmente a denúncia contra a farsa das eleições, AND foi recebida com aplausos e palmas.
Enquanto isso, o pessoal da CUT, dentro de uma kombi, recebia vaias, sendo obrigado a se retirar apressadamente.
Um misto de tristeza e alegria desabou sobre mim naquele momento: tristeza ao ver a central operária, que eu colaborei para a sua fundação e que teve um passado relativamente ativo na defesa das reivindicações econômicas dos trabalhadores, ser vaiada em praça pública.
Mas, a tristeza fugia. No lugar dela o acontecimento me fazia sorrir de alegria.
O povo que amou a CUT começa, agora, a castigá-la em virtude do comportamento pelego que tomou conta da filosofia e da sua prática, tornando-se um dócil instrumento do imperialismo e de sua gerência populista e revisionista: o governo brasileiro PT/PC do B. Alegria, por ter a convicção de que a classe operária está sabendo reagir contra a traição da CUT abraçando a nova organização proletária, a Liga Operária.
A alegria crescia, à medida que eu constatava a justeza da linha editorial de nosso jornal, levantando as bandeiras de luta do povo brasileiro., fundamentalmente a luta pela destruição do latifúndio cruel que nos domina há 500 anos, aliado ao capital estrangeiro, neste momento, ao imperialismo ianque, transformado em gendarme assassino dos povos do mundo.
Como escritor e poeta, como pessoa que ama o seu povo parabenizo e aplaudo os valentes companheiros e jornalistas de A Nova Democracia. Vocês são a trincheira livre da imprensa brasileira.
De nossa parte, cresce a decisão de cada vez mais apoiar e divulgar o jornal que tanto amamos.
Fraternalmente
Manoel Coelho Raposo
Comitê de apoio de AND
Fortaleza, CE