Opiniões – 8

Opiniões – 8

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Quarteto em Cy

Fiquei muito feliz ao ler o artigo sobre o Quarteto em Cy. Elas são de uma simpatia fora do comum; uma coisa muito familiar para as pessoas da minha geração, com um significado imenso. E é bom saber o que elas fazem pela nossa música, dando duro para divulgá-la mundo afora. Artista mesmo é isso aí. Espero que vocês voltem a conversar com elas, dessa vez retratando mais a parte poética, o trabalho de escolha do repertório, ensaio, etc. Elas e tantos outros artistas que vocês entrevistam.

Valeu.

Dinorah Pinheiro
São Paulo – SP


Operários e camponeses

O jornal A Nova Democracia é muito importante para o Brasil. Recebi um exemplar promocional na UFES (Universidade Federal do Espírito Santo) e entrei na página da internet para conhecer os números atrasados.

Nenhum jornal, hoje, aborda temas como movimento de massas brasileiro, que todos pensávamos estar morto. O exemplo das lutas de operários e camponeses me fez acreditar que essa história de o tempo de greve já passou é pura bobagem desses sindicalistas profissionais, que se encastelaram nas diretorias da maioria das entidades e pretendem levar as massas a negociações aviltantes com os patrões. A luta dos camponeses, tomando as terras do latifúndio sem esperar as decisões dos governos que se sucedem é encorajadora e demonstra a que grau chegou a miséria e a ânsia dos camponeses por terra, para trabalhar e sustentar seus filhos.

Parabéns pelo grande jornal.

José Mário Carneiro
Estudante, Vitória – ES


A UNE pior que a ONU

Os estudantes do mundo inteiro se levantam contra essa guerra no Iraque. No Brasil, a UNE, que se diz a vanguarda dos estudantes, mais preocupada em arrebanhar possíveis cargos no "governo do PT", não se movimenta. Enquanto os protestos são mais e mais veementes, aqui ainda estão soltando pombinhas brancas e pedindo a paz. Não enxergam que a paz que pedem é a paz entre opressores e oprimidos. Desse jeito, eles estão mais mortos do que a ONU, incompetentes. É necessário recuperamos a energia da nossa juventude, seu espírito de luta.

Artur Moreno
Estudante, Recife – PE


Fim de linha

Conheci o jornal A Nova Democracia em uma banca de Goiânia. Logo me surpreendeu a qualidade das matérias. Concordo com a análise feita sobre a quase certa guerra no Iraque. É, na verdade, uma guerra de rapina, sintoma claro de que o imperialismo está mais decrépito que nunca. Bush não vai atacar o Iraque porque é louco, ou idiota; ele (e quem o financia) percebe o fim de linha em que se acha o império, mas com uma nova partilha do mundo, pode dar uma sobrevida ao sistema.

O caderno reservado à cultura é muito bom. O Rui Guerra é mesmo um gênio. A matéria com o violeiro Téo Azevedo também me deixou feliz. É bom saber que existem pessoas que se preocupam com a verdadeira cultura popular, e que não querem saber apenas o quanto isso pode lhe render.

Finalizo desejando vida longa à A Nova Democracia, que vocês consigam melhorar a cada edição.

Raul Ribeiro
Professor, Goiânia – GO


Mãe gentil, pátria amada

…Contra quem foi o golpe de 64? Jânio ou Jango? E para quê? Nixon caiu. Aqui, só Collor caiu. Costa e Silva foi o autor do AI-5, apoiado pelos civis. Talvez também usado. Houve quem disse que ele já estava semi-morto e levando a culpa de tudo. Mais uma vez o ingênuo útil? Talvez. Médici, o do período mais sombrio, não foi julgado e nunca o será, porque aqui é o Brasil. Geisel, o artífice da anistia e da abertura política tinha a eminência parda, que detinha o poder real na penumbra, Golbery, assim como foi Richelieu, na França. Figueiredo disse aos quatro ventos que gostava do cheiro de cavalo e da truculência. Sobreviveu ao naufrágio.

Santo Al Capone, se você fosse brasileiro seria medíocre; nossa máfia é melhor, sutil como a sucuri. Com certeza, ninguém será julgado, nem os autores da explosão do Riocentro foram. Polila viu o indício do que poderia desembocar no assassinato de Baungarten da revista O Cruzeiro e da sua esposa, mas disseram que ele não era ninguém, que era uma escória. Herzog "se enforcou", foi só ele? Lamarca, "um traidor"; Marighela, "um bandido", mas receberam um julgamento?

Os outros, por conta da anistia, estão agora no poder, não querem julgar. Simples, para que também não sejam julgados. Muito conveniente e lucrativo também. O importante não é só condenar este ou aquele. O importante é fazer justiça igual para todos, não apenas aos ladrões de galinha. Estes são condenados até sem roubar. Como fundo musical. Ouvíamos "Eu te amo, meu Brasil", com Don e Ravel, e o refrão era nada poético: "Brasil, ame-o ou deixe."

Vilson Antônio Coletti
Itatiba – SP


O operário lê

Companheiros,

Gosto muito de ler e o jornal foi um achado.

Sua leitura exige um estudo mais aprofundado, pois tem muita informação e análise, diferente desses jornais de consumo fácil, que existem por aí, grandes e grossos, mas descartáveis, que não se aproveita depois do meio-dia.

As matérias teóricas, como as do professor Fausto Arruda, esclarecem muitas dúvidas que me assaltavam durante toda minha militância no movimento operário. Não podemos ter ilusões quanto à conquista do poder pelo proletariado. A formação de uma grande frente de luta e a Revolução me parece ser mesmo o caminho, e a ditadura do proletariado evitará que a burguesia usurpe novamente o poder das mãos de nossa classe.

A denúncia dos crimes dos governos, atual e passados, é importante para mostrar às pessoas que por mais que afirmem governar com, para, e pelo povo, não passam de gerentes que aceitam, sem ao menos regatear, tudo que os imperialistas da vez impõem.

José Mário S. Araújo
Metalúrgico, Santo André – SP


Basta, ianques!

Este é o jornal que faltava na praça. Gostei muito e espero que continue ampliando a tiragem para chegar aos quatro cantos do país. Vão em frente e sucesso. Olha, a mídia fala em guerra dos ianques contra o Iraque, mas na verdade o que vemos é um atentado terrorista dos EUA e da Inglaterra contra o sofrido Iraque. Quanta bandidagem disfarçada de guerra. É preciso dar um basta nos EUA e Inglaterra. Só com o aniquilamento desses dois bandidos-mor o mundo terá paz.

Juscemir
Goiânia – GO
[email protected]

Ao longo das últimas duas décadas, o jornal A Nova Democracia tem se sustentado nos leitores operários, camponeses, estudantes e na intelectualidade progressista. Assim tem mantido inalterada sua linha editorial radicalmente antagônica à imprensa reacionária e vendida aos interesses das classes dominantes e do imperialismo.
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