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Choque de ordem fascista

Ao A Nova Democracia,

Leitora assídua desse excelente jornal, acabo de ler no nº55, pg. 06, a matéria sobre o "choque de ordem" promovido pelo conjunto de gerentes, como vocês usam para designar os mandantes de turno no Rio de Janeiro. Tenho lido também outras matérias sobre o mesmo tema em edições passadas que tem me causado profunda revolta e me levado a profundas reflexões sobre o assunto.

A meu ver essas ações são típicas do fascismo que vem sendo implantado em todo o país. Aproveito a oportunidade para informar-lhes sobre a matéria que vi na televisão, para ser precisa na RedeTV, no dia 20/07/09, às 23h, no programa "Superpop". Foram entrevistadas a ótima atriz Kátia D’Angelo e outras duas senhoras, D. Celsa e Roselene, que tiveram suas casas invadidas, saqueadas e demolidas, e mais três advogados.

Tudo que vocês têm escrito é pura verdade e se completa com os trágicos depoimentos narrados por essas senhoras e por um dos advogados presentes, testemunhas oculares da barbaridade cometida pelos vândalos a soldo dos gerentes fascistas. Muito comovente, também, o depoimento da Kátia D’Angelo, ilustrado com fotos e vídeos, parecia verdadeiro filme de terror, causando verdadeira indignação a quem assistia. Métodos fascistas/nazistas das décadas de 30/40 são reeditados aqui. É preciso impedir que esse estado de coisas continue aterrorizando as famílias como se estivéssemos em plena guerra, ou estamos? Sugiro que o AND entre em contato com a Kátia D’Angelo e os depoentes. Anotei o site: é www.queremosrespeito.com

Saudações

Sônia M. Marques Fausto
Professora


 

AND de casa nova

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Apoiadores de AND presentes na inauguração da nova sede

No dia 30 de julho, AND teve a grata satisfação de receber seus leitores, assinantes, apoiadores e colaboradores em sua nova sede no Rio de Janeiro.

O novo endereço da redação de A Nova Democracia é o quarto andar do prédio da antiga e renomada Ebal, à Rua General Almério de Moura, 302, Bairro de São Cristóvão (zona Norte da cidade). A Ebal, que um dia já foi uma das maiores, senão a maior editora de quadrinhos do Brasil, que já publicou tantas histórias de super-heróis ianques traduzidas para o português, finalmente poderá sediar uma publicação que narra a história e luta dos verdadeiros heróis brasileiros: os operários, camponeses, a gente laboriosa do nosso país.

A nova sede, com um espaço mais amplo e bem equipado, poderá, além de comportar a redação do jornal, propiciar um espaço dedicado a debates e outros eventos em um espaçoso salão. Os planos da direção do jornal são transformá-lo em um centro cultural e espaço para exibição de filmes, reuniões e outras atividades.

A cerimônia de inauguração, que contou com a presença de mais de 60 pessoas, foi marcada por vibrantes depoimentos políticos, como o do Sr. José Maria de Oliveira, um dos fundadores de AND, que narrou os primeiros passos do jornal em uma pequena sala em Copacabana, a conquista dos primeiros apoiadores e os desafios enfrentados para produção do jornal.

O professor Fausto Arruda, presidente do Conselho Editorial do jornal, fez uma exposição sobre o atual momento político e a importância da imprensa popular e democrática nessa crise geral do sistema imperialista e de uma situação revolucionária em desenvolvimento em nosso país.

Tomaram a palavra franca o recém-criado Comitê de Apoio do jornal no Rio de Janeiro, estudantes, operários, professores e um representante da Liga Operária, que transmitiu uma saudação especial da Liga dos Camponeses Pobres, que não pôde enviar um representante à inauguração, pois estava preparando um encontro nacional de delegados em outra região do país.

O artista plástico Gontran Guanaes Netto, painelista popular exilado na França durante o gerenciamento militar, velho militante das causas populares, doou gentilmente quatro grandes painéis, uma "árvore de figuras" representando operários e camponeses trabalhando, que foram fixados no salão da nossa nova sede.

O cartunista Carlos Latuff, um dos nossos valorosos colaboradores, famoso por seus desenhos de protesto contra as agressões do imperialismo aos povos do mundo e dedicadas à resistência popular, exibiu seus desenhos durante a inauguração e prestigiou AND com a sua presença. A mostra de desenhos também contou com a produção de Alex Soares, ilustrador de AND, e Diego Novaes, chargista e colaborador do jornal.

O cavaquinista Ney, morador do morro da Providência e ativo divulgador do jornal entre os moradores da comunidade, também esteve presente e fez uma apresentação musical.

Após a solenidade, um modesto, porém apetitosíssimo, aperitivo preparado por um dos amigos de AND foi servido acompanhado de refrigerantes. Diferente das cerimônias enfadonhas e repletas do mais abjeto puxa-saquismo da burguesia, nossa inauguração não teve espaço (tampouco combinaria) para bebidas alcoólicas. Prevaleceram os bate-papos, as histórias de luta, as brincadeiras das crianças trazidas pelas apoiadoras, as sugestões para novos trabalhos e o sentimento de uma etapa cumprida, que abre as portas para novos desafios ao A Nova Democracia.

Gostaríamos de compartilhar a vibração e ânimo emanados da cerimônia de inauguração a todos os nossos amigos.

Ao longo das últimas duas décadas, o jornal A Nova Democracia tem se sustentado nos leitores operários, camponeses, estudantes e na intelectualidade progressista. Assim tem mantido inalterada sua linha editorial radicalmente antagônica à imprensa reacionária e vendida aos interesses das classes dominantes e do imperialismo.
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