Partido único ganha uma nova fração

Partido único ganha uma nova fração

Foi fundada em fevereiro no Rio de Janeiro uma nova legenda eleitoreira: o Partido Novo, projeto que estaria sendo financiado por baixo dos panos pelo bilionário Eike Batista (o oitavo homem mais rico do mundo, segundo a revista Forbes).

O novo partido, mais uma fração do partido único, foi criado eminentemente por altos executivos de transnacionais e grandes empresas nativas, que desde logo se apresentaram como alternativa aos “políticos profissionais” para gerenciar os interesses dos monopólios na semicolônia Brasil, sob os slogans “um partido que nasce sem políticos” e “Se o Brasil fosse uma empresa, você seria o cliente”.

Não é novidade para o povo que os partidos eleitoreiros são aglomerações de ricos oligarcas e industriais ou de oportunistas de carreira, com seus expoentes Luiz Inácio e Dilma. A aposta dos artífices desta nova fração do partido único é marcar posição ante outros grupos da elite nacional na busca pela primazia da administração do Estado burocrático brasileiro.

O programa do Partido Novo foi redigido seguindo as linhas mestras da ladainha liberal. Está lá, por exemplo, que os mandatos políticos devem ser ocupados por pessoas com qualificações técnicas e comprometidas a seguir metas, como na iniciativa privada. Diante da completa desmoralização dos sufrágios junto às massas, tenta-se um velho Partido Novo e uma velha empulhação nova para manter as velhas estruturas.

Ao longo das últimas duas décadas, o jornal A Nova Democracia tem se sustentado nos leitores operários, camponeses, estudantes e na intelectualidade progressista. Assim tem mantido inalterada sua linha editorial radicalmente antagônica à imprensa reacionária e vendida aos interesses das classes dominantes e do imperialismo.
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