Pelo fim das prisões e perseguições políticas – Ativistas depõem no Rio

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Pelo fim das prisões e perseguições políticas – Ativistas depõem no Rio

No último dia 5 de agosto, ativistas realizaram um ato-panfletagem em frente ao Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, no Centro da cidade, em defesa do direito de manifestação e contra as perseguições e prisões políticas.

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Ato em frente ao Tribunal de Justiça

Na ocasião, era realizado o depoimento das ativistas Elisa Quadros — a Sininho — e Karlayne Moraes — a Moa —, ambas forçadas a viver seis meses na clandestinidade por supostamente descumprirem uma arbitrária medida cautelar imposta pelo juiz Flávio Itabaiana. No mesmo período em que estiveram “foragidas”, o ativista Igor Mendes permaneceu preso resistindo no Complexo Penitenciário de Bangu. Os três são alvos dos processos movidos contra os 23 ativistas presos e perseguidos na véspera da Copa da Fifa de 2014 e das campanhas de criminalização levadas a cabo pelo poder judiciário e pelo monopólio da imprensa, que, de forma provocativa (como é de seu costume), anunciava a “reaparição de Sininho”.

O ativista Igor Mendes, em texto publicado pela Tribuna da Imprensa em 7 de agosto, destacou a “postura altiva das companheiras, entretanto, sobretudo de Elisa, que defendeu-se com firmeza e serenidade em Juízo”, e “frustrou esses objetivos obscuros” do judiciário.

E prosseguiu: “Deixo aqui registrada, aliás, minha saudação a essa posição corajosa, intransigente com o fascismo e os métodos de manipulação e perseguição política, usados à exaustão ao longo desse processo. Quem deve explicações ao povo são aqueles que valeram-se de provocações, grampos ilegais, deturpação de fatos e frases, ademais de prisões inconstitucionais, que violaram acintosamente os direitos fundamentais de expressão e manifestação, pelo menos em tese assegurados a todos os brasileiros. A sentença da história impor-se-á implacável, sem dúvida, sobre os que tentam calar as vozes das jornadas de junho e particularmente da nossa juventude”.

Enquanto Elisa e Karlayne estavam no Tribunal, ativistas realizavam uma manifestação ao lado de fora e panfletavam para a população.

— Temos obtido várias vitórias da campanha pela liberdade dos presos políticos. A atuação dos lutadores do povo, tanto dentro como fora dos tribunais, tem surtido efeito. Destacamos a atuação de advogados como o Dr. Marino D’Icaray e dos familiares dos 23 processados. Nós estaremos presentes nas manifestações sempre que for preciso. Esse ato-panfletagem que está sendo realizado aqui é mais um dos que são realizados todas as vezes que houveram audiências no TJ. A função deles é denunciar as prisões de ativistas para toda a população carioca. E é assim que a campanha tem crescido e obtido repercussão — disse um ativista da Frente Independente Popular (FIP-RJ).

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